Segundo a Veja, na noite desta segunda-feira, sem alarde, a
defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu encaminhou ao Supremo Tribunal
Federal um pedido para que os ministros da corte amenizem a pena pelo crime de
corrupção cometido no esquema do mensalão. A defesa do petista argumenta, em um
memorial de sete páginas, que a trama criminosa teria ocorrido entre 2002 e 2003.
Na prática, os advogados colocaram no papel a tese sustentada no plenário na
semana passada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que foi repelida com
virulência pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa. Ou seja, pedem textualmente
que os ministros do STF considerem o “debate estabelecido na sessão plenária de
15 de agosto”.
O que na prática quer dizer que Lewandowski teria
aproveitado um recurso apresentado pelo ex-deputado Carlos “Bispo” Rodrigues
para preparar terreno em benefício do trio petista José Dirceu, José Genoino e
Delúbio Soares. Nesta segunda, os advogados de Dirceu comprovaram que Barbosa -
pelo menos no mérito - estava certo.
Aliás, virulência de Barbosa é o cacete! Repito aqui Roberto
Damatta:
“Como ter democracia sem conflito? Se passamos a mão na
cabeça dos mais gritantes conflitos de interesse nesta nossa sociedade de
vizinhos de bairro e de parentelas adocicadas pelos compadrios, porque temos de
nos sentir aporrinhados porque um juiz confrontou de modo direto um colega cujo
objetivo óbvio era o de protelar o arremate de um processo que, no meu
entender, vai definir o caráter de nossa democracia liberal e representativa?”
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