Maitê Proença ontem, no programa Extra Ordinários, mesmo sem
entender xongas de futebol, mandou uma boa. Se futebol é um jogo coletivo, é
muito estranho que a seleção do Brasil não tenha conseguido isso nos cinco jogos
anteriores, mas só ontem, contra a Alemanha, com o tal “apagão coletivo”.
Mudando de assunto, mas nem tanto, Confederação Brasileira
de Futebol (CBF) é uma associação
privada cuja principal atividade econômica é a produção e promoção de
eventos esportivos. A ela respondem as Federações estaduais (e distrital, no
caso do DF), responsáveis pelos campeonatos em cada Unidade da Federação. A CBF
é responsável pela organização de campeonatos de alcance nacional, como o
Campeonato Brasileiro das séries A, B, C e D, além da Copa do Brasil. Também
administra a Seleção Brasileira de Futebol Masculino e Feminino.
Eu pergunto: as seleções brasileiras de futebol masculino e
feminino representam oficialmente o
Brasil?
Em caso negativo, tudo bem. Otário é quem paga para ir ao
estádio e encher o bolso dos ladravazes que desde que eu me entendo por gente
comandam essa espelunca.
Em caso positivo, outra pergunta: como pode uma associação privada representar o
Brasil? E continua valendo a observação acima: otário é quem paga para ir ao
estádio.
Pois é, acontece que a Constituição Federal de 1988 tem como
“Cláusula Pétrea do Direito Desportivo”
o seguinte:
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas
formais e não-formais, como direito de cada um, observados:
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e
associações, quanto a sua organização e funcionamento;
II - a destinação de recursos públicos para a promoção
prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto
de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional
e o não-profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas
de criação nacional.
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à
disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da
justiça desportiva, regulada em lei.
§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta
dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de
promoção social.
Ora, esse artigo, além de vago, legitima a “intimidade” de o
poder público com as entidades desportivas privadas, o que resulta em uma
grande promiscuidade entre políticos corruptos e oportunistas, que nadam em um
oceano de dinheiro gerado - Campeonato Brasileiro de Futebol: mais de R$ 3 bi -
sem dar satisfação a ninguém.
Enquanto isso, cadê a “destinação de recursos públicos para
a promoção prioritária do desporto educacional”? Cadê a “proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação
nacional”? Cadê o Poder Público incentivando o lazer, como forma de promoção
social?
E cadê a seleção sendo realmente brasileira, e não uma vitrine
de jogadores escalados por seus empresários que deixam uma grana preta na mão
desses dirigentes de araque que escolhem técnicos coniventes e partícipes dessa
roubalheira?
Ah, se João Saldanha fosse vivo...
Pois é Ricardo, a coisa foi tão feia que o Galvão Bueno percebeu (comentei em outra postagem), a Maitê Proença percebeu e... a Ana Maria Braga percebeu. Por motivos que não cabe comentar aqui, eu estava vendo a Ana Maria Braga, ela fez o seguinte comentário: foi uma gentileza da Alemanha não ter feito mais gols.
ResponderExcluirEu concordo plenamente com, com os três que citei, em outro comentário que fiz aqui no TMU onde chamei a seleção de grupo e coloquei entre parêntesis que não era uma equipe.Sobre a CBF o Ricardo disse tudo, é vitrine de jogadores escalados por empresários.
Apenas para lembrar, o Leão (quando técnico da seleção) foi desclassificado na Copa das Confederações e foi demitido por telefone, mesmo tendo sido proibido de escalar certos jogadores, sob a alegação de que a disputa não era importante. Quando o Falcão foi técnico da seleção, também foi proibido de escalar jogadores que atuavam no exterior. O esquemão é explícito, quando o técnico não é do esquema, são proibidos de escalar quem eles querem e são responsabilizados por qualquer resultado ruim, quando são do esquema podem fazer o fiasco que for e saem como "profissionais". Na copa de 1998 o Parreira foi demitido durante a competição pela Arábia Saudita, mas consegue estar como auxiliar técnico da "Seleção Brasileira". É mole?
... enquanto brazileiros discutem lágrimas, a economia Contabiliza LUCROS ...
ResponderExcluir(queria descobrir para qual seleção o Fafana torcia, se é que torcia para alguma)
... destinos da "seleção canarinho", por aí:
ResponderExcluirhttp://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/copa-2014/noticia/2014/07/tite-e-favorito-para-assumir-selecao-brasileira-depois-da-copa-4547027.html ..
..."rei morto rei posto, vivas ao (novo) Rei!" - os Negócios continuam! ... "os Cães Ladram, a Caravana (da realeza) passa"
... , agora fala o "homem envolvido": não seria bacana um banho, de 10 a zero na Argentina?
ResponderExcluir... (temos seleção pra isso?)
Por falar em Negócios, copiado da net:
ResponderExcluirJúlio César (R$ 530 mil/mês);
Victor (R$ 235 mil/mês);
Jefferson (R$ 250 mil/mês);
Thiago Silva (R$ 3,2 milhões/mês);
David Luiz (R$ 418 mil/mês);
Dante (R$960 mil/mês);
Henrique (R$ 100 mil/mês);
Daniel Alves (R$ 600 mil/mês);
Maicon (R$ 1,2 milhão/mês);
Marcelo (R$ 830 mil/mês);
Maxwell (R$ 1,08 milhão/mês);
Fernandinho (R$ 1,2 milhão/mês);
Luiz Gustavo (R$ 660 mil/mês);
Paulinho (R$ 1 milhão/mês);
Hernanes (R$ 800 mil/mês);
Ramires (R$ 656 mil/mês);
Oscar (R$ 475 mil/mês);
Willian (R$ 625 mil/mês);
Hulk (R$ 2 milhões/mês);
Bernard (R$ 1,1 milhão/mês);
Fred (R$ 750 mil/mês);
Jô (R$ 150 mil/mês);
Neymar (R$ 5 milhões/mês).