sábado, 12 de julho de 2014

Roberta Fragoso Kaufmann, por onde andas, minha musa?

A desembargadora Luislinda Valois, o apresentador Pedro Bial e a procuradora Roberta Fragoso, antes da gravação do Na Moral
Roberta Fragoso Kaufmann, que tive o prazer de conhecer no falecido Observador Político, onde ela, eu e mais uma meia dúzia, debatíamos contra as cotas raciais, é inteligentíssima e tem uma clareza de pensamentos insuperável. Além de tudo é simpática e linda (desculpem, mas é inevitável dizer e nunca demais repetir). Pois bem, a virulência dos idiotas militantes do racismo, nos impossibilitou de ver toda essa clareza de pensamento, transformando o “Na moral”, programa de debates do Pedro Bial que versaria sobre as cotas raciais, em um verdadeiro campo de batalha. Afinal, era muito otimismo do Bial querer que esses militantes do racismo que espumam de ódio pelos cantos da boca se comportassem como gente civilizada.

Deu no UOL:

A Globo cortou em cima da hora um debate sobre cotas para negros no programa Na Moral de anteontem (10), que abordou o racismo. A discussão apareceu nas chamadas exibidas algumas horas antes de o programa ir ao ar, mas foi eliminada da edição final. De acordo com participantes, o debate foi “violento”, virou um grande barraco, mas o motivo do corte foi outro.

Segundo a Globo, a produção descobriu que uma das participantes está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como candidata nas eleições deste ano e não poderia aparecer na TV, conforme a legislação eleitoral. A emissora alega não ter sido informada sobre a candidatura dos convidados.

Na verdade, dois convidados do programa serão candidatos: a desembargadora Luislinda Valois, primeira juíza negra do Brasil, e Douglas Belchior, militante do Movimento Negro, ambos favoráveis às cotas. Contra as cotas, foram convidados a procuradora Roberta Fragoso e o estudante negro Éder Souza.

O debate sobre cotas foi cortado no início da noite de quinta-feira. O programa que foi ao ar se limitou a mostrar uma conversa entre atores da Globo sobre a representação do negro nas novelas. A rigor, não houve debate e os contrapontos que caracterizam o Na Moral.

A edição do Na Moral sobre racismo foi gravada no dia 28 de junho. A proposta inicial era ter duas partes, uma sobre o negro nas telenovelas e outra com o debate sobre cotas raciais. Em função do corte, o programa ficou menor (cerca de 10 minutos mais curto do que as edições anteriores).

Na primeira parte do programa, participaram as atrizes Taís Araújo e Zezé Motta, o ator Aílton Graça, o diretor Daniel Filho e o cineasta Zito Araújo.

Barraco

Durante a gravação do bloco sobre cotas, que acabou não indo ao ar, o debate esquentou e virou bate-boca com muita gritaria. Pedro Bial teve que intervir em diversos momentos e pediu a Thiaguinho para cantar e acalmar os ânimos.

“O debate no programa foi violento. Eles [pró-cotas] começam a gritar até você se calar, são extremamente violentos. Creio que tenha prejudicado a exibição. Não fiquei chateada, mas o público perdeu muito”, diz a procuradora Roberta Fragoso, contrária às cotas, que lamenta o debate não ter ido ao ar: “O programa ficou péssimo. Não teve debate nenhum, só a opinião de atores da Globo sobre o negro nas novelas”.

Para a procuradora do Distrito Federal, que é branca, os convidados aproveitaram o Na Moral para fazer campanha eleitoral: “Eles agiram de má-fé. Sabendo que são candidatos, não poderiam aceitar o convite do programa”.

Candidato a deputado federal pelo PSOL-SP, Douglas Belchior se defende: “Não havia candidatura oficial na gravação do programa, que foi no dia 28 de junho. Os registros se deram apenas no dia 5 de julho. Mas, independentemente disso, não havia nenhuma orientação de que pudesse gerar algum problema. Eu mesmo desconhecia a tal regra e, afinal, sabemos que ela é seletiva, não é?”.

O militante do Movimento Negro lamenta o corte do debate no Na Moral, mas não ficou espantado: “O debate foi acalorado desde o início. Uma pena não ter ido ao ar. Não estou frustrado, tampouco surpreso. A Globo é a Globo, jamais deixará de ser. Só lamento não ter podido levar para milhões de brasileiros nossa mensagem de combate ao racismo. O país ainda se nega a debater e enfrentar este assunto”.

A Globo disse apenas que o debate teve de ser cortado em cumprimento à Lei Eleitoral.

Para matar as saudades:


3 comentários:

  1. (argento) Puta Que Pariu!!! - É possível ser mais claro que os argumentos de Roberta Fragoso Kalfmann? - basta ir em uma escolinha onde convivam Crianças de "raças" variadas, todas convivem, brincam, se relacionam em Harmonia. O Comportamento Racista é manifestado depois que uma uma Sociedade Racista Globalizada O Ensina.

    Hehehehehe - como pode um País Crioulo legislar sobre Crioulos e Brancos?; não é semear ódios?, não é Segregar?

    Vão Tomar no Cu!!! - perdão, não deu pra conter. (argento)

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  2. (argento) ... claro que é possível fazer cota para atender às necessidades especiais de Pobres, Cegos, Aleijados, ... (politicamente correto é o cacête!), neste País Crioulo (argento)

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  3. Ela tinha um blog excelente, o "NoRaceBR: Contra a Racialização do Brasil", que saiu do ar. Eu não sei o que de fato houve e confesso que sinto muita falta dela.

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