A desembargadora Luislinda Valois, o apresentador Pedro Bial e a procuradora Roberta Fragoso, antes da gravação do Na Moral |
Roberta Fragoso Kaufmann, que tive o prazer de conhecer no falecido
Observador Político, onde ela, eu e mais uma meia dúzia, debatíamos contra as
cotas raciais, é inteligentíssima e tem uma clareza de pensamentos insuperável.
Além de tudo é simpática e linda (desculpem, mas é inevitável dizer e nunca
demais repetir). Pois bem, a virulência dos idiotas militantes do racismo, nos
impossibilitou de ver toda essa clareza de pensamento, transformando o “Na
moral”, programa de debates do Pedro Bial que versaria sobre as cotas raciais,
em um verdadeiro campo de batalha. Afinal, era muito otimismo do Bial querer
que esses militantes do racismo que espumam de ódio pelos cantos da boca se
comportassem como gente civilizada.
Deu no UOL:
A Globo cortou em cima da hora um debate sobre cotas para
negros no programa Na Moral de anteontem (10), que abordou o racismo. A
discussão apareceu nas chamadas exibidas algumas horas antes de o programa ir
ao ar, mas foi eliminada da edição final. De acordo com participantes, o debate
foi “violento”, virou um grande barraco, mas o motivo do corte foi outro.
Segundo a Globo, a produção descobriu que uma das
participantes está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como
candidata nas eleições deste ano e não poderia aparecer na TV, conforme a
legislação eleitoral. A emissora alega não ter sido informada sobre a
candidatura dos convidados.
Na verdade, dois convidados do programa serão candidatos: a
desembargadora Luislinda Valois, primeira juíza negra do Brasil, e Douglas
Belchior, militante do Movimento Negro, ambos favoráveis às cotas. Contra as
cotas, foram convidados a procuradora Roberta Fragoso e o estudante negro Éder
Souza.
O debate sobre cotas foi cortado no início da noite de
quinta-feira. O programa que foi ao ar se limitou a mostrar uma conversa entre
atores da Globo sobre a representação do negro nas novelas. A rigor, não houve
debate e os contrapontos que caracterizam o Na Moral.
A edição do Na Moral sobre racismo foi gravada no dia 28 de
junho. A proposta inicial era ter duas partes, uma sobre o negro nas
telenovelas e outra com o debate sobre cotas raciais. Em função do corte, o
programa ficou menor (cerca de 10 minutos mais curto do que as edições
anteriores).
Na primeira parte do programa, participaram as atrizes Taís
Araújo e Zezé Motta, o ator Aílton Graça, o diretor Daniel Filho e o cineasta
Zito Araújo.
Barraco
Durante a gravação do bloco sobre cotas, que acabou não indo
ao ar, o debate esquentou e virou bate-boca com muita gritaria. Pedro Bial teve
que intervir em diversos momentos e pediu a Thiaguinho para cantar e acalmar os
ânimos.
“O debate no programa foi violento. Eles [pró-cotas] começam
a gritar até você se calar, são extremamente violentos. Creio que tenha
prejudicado a exibição. Não fiquei chateada, mas o público perdeu muito”, diz a
procuradora Roberta Fragoso, contrária às cotas, que lamenta o debate não ter
ido ao ar: “O programa ficou péssimo. Não teve debate nenhum, só a opinião de
atores da Globo sobre o negro nas novelas”.
Para a procuradora do Distrito Federal, que é branca, os
convidados aproveitaram o Na Moral para fazer campanha eleitoral: “Eles agiram
de má-fé. Sabendo que são candidatos, não poderiam aceitar o convite do
programa”.
Candidato a deputado federal pelo PSOL-SP, Douglas Belchior
se defende: “Não havia candidatura oficial na gravação do programa, que foi no
dia 28 de junho. Os registros se deram apenas no dia 5 de julho. Mas,
independentemente disso, não havia nenhuma orientação de que pudesse gerar
algum problema. Eu mesmo desconhecia a tal regra e, afinal, sabemos que ela é
seletiva, não é?”.
O militante do Movimento Negro lamenta o corte do debate no
Na Moral, mas não ficou espantado: “O debate foi acalorado desde o início. Uma
pena não ter ido ao ar. Não estou frustrado, tampouco surpreso. A Globo é a
Globo, jamais deixará de ser. Só lamento não ter podido levar para milhões de
brasileiros nossa mensagem de combate ao racismo. O país ainda se nega a
debater e enfrentar este assunto”.
A Globo disse apenas que o debate teve de ser cortado em
cumprimento à Lei Eleitoral.
Para matar as saudades:
(argento) Puta Que Pariu!!! - É possível ser mais claro que os argumentos de Roberta Fragoso Kalfmann? - basta ir em uma escolinha onde convivam Crianças de "raças" variadas, todas convivem, brincam, se relacionam em Harmonia. O Comportamento Racista é manifestado depois que uma uma Sociedade Racista Globalizada O Ensina.
ResponderExcluirHehehehehe - como pode um País Crioulo legislar sobre Crioulos e Brancos?; não é semear ódios?, não é Segregar?
Vão Tomar no Cu!!! - perdão, não deu pra conter. (argento)
(argento) ... claro que é possível fazer cota para atender às necessidades especiais de Pobres, Cegos, Aleijados, ... (politicamente correto é o cacête!), neste País Crioulo (argento)
ResponderExcluirEla tinha um blog excelente, o "NoRaceBR: Contra a Racialização do Brasil", que saiu do ar. Eu não sei o que de fato houve e confesso que sinto muita falta dela.
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