terça-feira, 15 de julho de 2014

O Conar e impressionante falta do que fazer dos consumidores

Ao ler a notícia de uma reclamação da Sociedade Vegetariana do Brasil ao Conar sobre um anúncio da Friboi, resolvi dar uma catada rápida nos arquivos do Radar Online sobre alguns absurdos “politicamente corretos” reclamados ao órgão por gente que não tem mais o que fazer.

  • A Sociedade Vegetariana do Brasil se incomodou com o comercial “Pergunta se é Friboi – Rio de Janeiro”, protagonizado por Tony Ramos, e fez uma reclamação ao Conar. Uma nutricionista aparece na propaganda conversando com o ator e, em dado momento, diz que “carne é essencial”. Os vegetarianos questionaram a comprovação científica da afirmação da profissional. A defesa mandou bem afirmando que não houve desmerecimento do vegetarianismo e, de quebra, ainda deu uma chinelada nos veganos, lembrando que o Ministério da Saúde recomenda o acompanhamento médico a quem adota a dieta vegetariana. O caso foi arquivado por unanimidade.
  • O Conar recebeu aproximadamente cem reclamações contra duas propagandas do próprio Conar. O slogan das peças é “o Conar recebe dezenas de reclamações, muitas são justas, outras, nem tanto”. Em um dos comerciais, um palhaço sofre críticas estapafúrdias de um homem. Os consumidores acusam o Conar de desmerecer e ridicularizar o palhaço em sua atividade, além de desmerecer a reclamação do homem. Na outra peça publicitária, em que um casal reclama da divisão de uma feijoada a um garçom, as acusações são de que o Conar desmerece quem defende as minorias. O Conselho arquivou o caso.
  • Um consumidor do McDonald’s levou ao pé da letra o conceito de cheeseburger para fazer uma representação ao Conar. Segundo a reclamação, o Triple Cheeseburger vendido pela rede de lanchonetes não poderia ser anunciado como tal porque, apesar de ser montado com três hambúrgueres, o sanduíche tem apenas duas fatias de queijo. Como sem queijo não há cheeseburger, o hambúrguer solitário não poderia entrar na conta, na visão do reclamante. O Conar arquivou a representação.
  • Um caminhão de reclamações femininas não foi suficiente para fazer o Conar punir a marca Vanish, usada em produtos para remoção de manchas. As campanhas que receberam reclamações de consumidoras foram a “Não fique com Inveja, seja uma delas” e “Precisa de um cara que te ajude a tirar manchas das roupas? Esse cara sou euuuuuuu”. As mulheres consideraram desrespeitosas as propagandas veiculadas no Dia Internacional da Mulher por mostrar homens musculosos sem camisa ajudando em tarefas domésticas. As consumidoras chegaram a dizer que a ação publicitária ‘desmerecia a luta feminina’. O Conar arquivou o caso.
  • Uma propaganda do cigarro Malboro colocada em vários pontos de venda pelo Brasil foi suspensa pelo Conar. Um cartaz mostrava um jovem como se estivesse fazendo uma mudança com a frase “Desta vez vou ser independente”. O Conar considerou que o anúncio associava a palavra independência ao consumo de cigarro e proibiu a propaganda.
  • A Sadia foi punida pelo Conar por causa da campanha Sadia Mini Chefs. A propaganda usava a frase “Comida nutritiva ficou uma delícia”. O Conar encrencou porque acha que a frase induz as crianças a concluírem que comida não nutritiva não é gostosa. Para continuar no ar, a frase terá que ser trocada.
  • A campanha “Brahma Feliz 2013” foi alvo de reclamações por ter um gorila supostamente atrativo para crianças. O conselho discordou do apelo e a campanha pode seguir no ar. Já a propaganda “Skol – Peixe” foi acusada de ser de mau gosto por mostrar um homem urinando em um riacho e duas mulheres que gostariam de beber a água. Prevaleceu o bom humor e o comercial pode continuar no ar.
  • O comercial “Tenha sua primeira vez com Devassa”, que apresentou Alinne Moraes como nova musa da cerveja, foi autorizado a continuar no ar e na internet pelo Conar. O processo, aberto no dia 21 de janeiro, surgiu após denúncias de dez consumidores que questionaram a “associação da cerveja à iniciação sexual”, e acusaram a peça de estimular jovens a “assumir um comportamento de risco”. O Conar arquivou a denúncia por não concordar com as acusações.

3 comentários:

  1. Assim caminha Umanidade (sic)... se tem mulher pelada é ofensivo por explora o corpo da mulher... se não tem é preconceituoso por que quer esconder o corpo de mulher. O jeito é tomar mais uma.

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  2. Veganos pensam melhor, hahahahaha; mal sabem que se não fosse a "descoberta" da caça com a consequente inclusão de proteína e gordura animal na sua dieta há alguns milhares de anos, o nosso cérebro ainda seria do tamanho do de Lucy

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    1. É exatamente por isso - falta de proteína animal - que os veganos têm essa dificuldade de raciocínio.

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