terça-feira, 8 de julho de 2014

A direita sem rumo

Eu sou do contra. À mínima faísca, mesmo que esta não dê para causar um mínimo incêndio, eu sou do contra. Só que antes de expor as minhas contrariedades eu procuro subsídios que as embasem e, quando não os encontro, penso umas dez vezes antes de manifestá-las. Se raciocino bem ou mal, são outros quinhentos.

Com o passar do tempo, nós podemos até nos mostrar incoerentes com os valores pregressos. Isso não tem importância e nem é um erro, na medida em que se mostre evolução de pensamento, mais conhecimento e adaptação a uma certa ética vigente, mas sem deixar de sempre observar a nossa moral, imutável, e mãe da dita cuja, que nada mais é do que o relógio da moral transcodificado em regras.

Eu sou do contra, mas não especulo e nunca uso dois pesos e duas medidas para diferenciar o que eu gosto do que eu não gosto. Meus parâmetros mudam ao sabor do tempo, mas são fixos, imutáveis e idênticos com relação aos Chicos e Franciscos.

Infelizmente há hoje uma direita, assanhadinha pela caquexia petralha, que anda usando os mesmos artifícios que a esquerda sempre usou: a crítica inconsequente, a irresponsabilidade nas acusações, a argumentação tendenciosa e, sobretudo, a histrionice como meio de sair bem na foto.

O patrono desse novo modus operandi da direita é Olavo de Carvalho, um sujeito dotado de cultura inversamente proporcional ao seu juízo, e que, com seu discurso repleto de rancores e chulices, à la Lula, consegue angariar um séquito invejável de gente insatisfeita com a situação do Brasil do PT, mas que não tem um mínimo de capacidade de pensar por si, seja por preguiça ou deslumbramento diante de tanta prolixidade de vitupérios supostamente inteligentes.

A minha direita, ou o que eu entendo por direita, não tem lugar para esse tipo de gente. Lugar de palhaço é no circo ou então no PT. Combater o mal que é esse governo usando a mesma droga que eles usam é homeopatia e, como todos sabem, homeopatia não serve para nada.

No frigir dos ovos, eu nem sei mais em quem confiar, visto que até os meus antigos e diletos parâmetros direitistas, como Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino andam patinando perigosamente em Malafaias e Everaldos, sem contar que também assumiram a postura infeliz de donos da verdade.

8 comentários:

  1. Repeteco:

    (argento) Falando sério. Para a Religião há Três palavras Mágicas, Medo, Culpa e Ganância. Para o Poder, também três, Fome, Medo e Esperança - o SISTEMA Manipula os Seis!!! ... não há "direita" nem "esquerda", só há Conveniência!
    (argento)

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    1. (argento) ... DEUS Descansou no sétimo dia da Criação ... o(s) deus(s) são Deuses do Sistema ...
      (argento - ATEU desde criancinha)

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  2. Quando o assunto é sobre esquerda e direita, eu me posiciono contra as duas, ou seja, sou a favor da razão, não de idealismos fantasiosos e ideias pré concebidas que acham que estão certas por que existe outras ideias erradas. Ser de direita é não ser de esquerda, ser de esquerda é não ser de direita, são os dois lados de uma mesma ficção.

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    1. (argento) ... acertou: (...) "são os dois lados de uma mesma FICÇÃO." - qualquer nome serve, "Sistema" é, apenas, um dos nomes para "o coiso", se quiser dar uma "personalidade" à coisa; e, se quiser, pode chama-Lo de Deus, com direito as pompa e theologia. (argento)

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    2. Eu não tratei de direita e nem de esquerda, apenas de palhaços.

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    3. (argento) , isto é, de "nóis tudo", com a "copa das copas" atravessada na garganta, atrapalhando o grito
      (argento)

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    4. A direita sem rumo e o buraco no centro

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