Deu no Globo:
Dois homens podem se abraçar, se beijar, se masturbar juntos
e até praticar sexo oral eventualmente, mas isso não significa que eles são
gays. Assim pensam os g0ys (com um zero no lugar do “a”), um grupo surgido nos
Estados Unidos em meados da primeira década dos anos 2000 e que vem expandindo
sua filosofia pelo mundo, inclusive com muitos adeptos no Brasil. No Facebook,
o grupo “Espaço g0y e afins” tem mais de 640 membros (êpa!).
Tempos atrás dizia-se que não existia meio viado: ou era ou
não era. E não é que agora inventaram o cara que não sai do armário, mas fica
na porta esperando o macho?
Fala sério! Tá parecendo a piada do gaúcho - que me perdoem
os gaúchos pela incorreção política - cujo navio naufragou e ele foi parar numa
ilha deserta junto com um negão - que me perdoem os negões pela incorreção
política - que também tinha escapado a nado.
Depois de alguns dias sem ter o que fazer e sem mulher,
bateu o tesão em ambos. Como não havia ninguém para contar, resolveram fazer um
pacto de segredo e tiraram a sorte para ver quem comia quem primeiro. Deu o
negão, que acabou começando o rève d’amour carcando o gaúcho, que, de repente,
dá um berro:
- Êpa! Beijo no pescoço não! Tás pensando que eu sou viado,
chê?
Nem a sexta-feira santa escapa ahahahahahhahahahahahahahahahahahah
ResponderExcluirTá certo, tecnicamente lá trás tudo bem,beijo no pesco é abuso.
Lembrei do copo meio cheio meio vazio.
ResponderExcluirMeio viado ou meio macho?
Esses Rin Tin Tins são Lassies...
ResponderExcluirEu lembrei do Pablo Neruda, que não era viado nem meio viado, mas teve um episódio correlato. Depois que Neruda tornou-se um sucesso, surgiram boatos dizendo que não era ele quem escrevia, ele utilizava as poesias de outra pessoa que recebia pagamento para ficar no anonimato. Isso aconteceu com outros escritores e compositores, mas Neruda deu a melhor resposta de todas:
ResponderExcluir- Na verdade não sou eu quem escreve as poesias, é outra pessoa que nasceu no mesmo dia que eu, na mesma cidade e coincidentemente também se chama Pablo Neruda.
Veinte poemas de amor y una cancion desesperada.
ResponderExcluirSao todos lindos, lindos, que sensibilidade tinha o Neruda, não me importa que era comunista, fazia poemas assim como o sol faz amor com os morangos e os deixa doce.
https://www.youtube.com/watch?v=Q1-Yr4QyFWw
Que maravilha, que maravilha, é tao gostoso como o luar.
Grande Neruda, grande.
Neruda foi um "inocente útil", assim como Jorge Amado, mas o segundo conseguiu perceber a besteira que estava fazendo e mandou o comunismo às favas.
ExcluirO Jorge Amado mandou o comunismo as favas?
ResponderExcluirNão somos perfeitos e o Neruda não era, mesmo assim escrevia com as estrelas na ponta do lápis, era magistral, não sei de onde saíram palavras tao lindas.
ResponderExcluirNeruda fazia amor com as palavras.
Não aprecio a literatura do Jorge Amado, tenho reservas as personagens que aparecem nos livros dele, fictícios ou não.
Talvez não aprecie por não fazer parte do meu mundo, eu cresci lendo romances como Clarrisa, Olhai os lírios do Campo, obras do Dickens que apesar de serem sempre baseadas na pobreza e na miséria eram de outro cunho sem erotismo, eram tristes, mas de alguma maneira limpas, tratavam de dramas sociais de desigualdades, sofrimentos, mas uma literatura diferente.
Enfim, não fará falta ao Jorge Amado eu não apreciar os seus romances.
Uma coisa é o que pensam os escritores, outra é o que escrevem. Gabo, que morreu anteontem, era um grande escritor e um péssimo pensador. Veríssimo consegue a proeza de ser meu ídolo ao mesmo tempo que o considero um rematado imbecil. Allan Poe, um gênio da prosa e do verso, era um traste como ser humano. Portanto, não podemos misturar as coisas dentro dessa nossa visão muito pessoal de comportamento desses caras.
ResponderExcluirNo caso da literatura, essa dicotomia é surpreendente, até pelo nosso prejulgamento de que alguém que não nos agrade como pessoa possa escrever coisas tão diversas do que prega na informalidade.
No entanto, suponho que na maioria dos casos, não exista essa - digamos - "dupla personalidade" em termos de expectativas. Jorge Amado e Paulo Coelho são exemplos disso: são ruins por inteiro. Jorge nem tanto por inteiro, já que escrevia bem, guardadas as devidas proporções (mas foi escritor de um livro só, que se desmembrou em vários). Já Paulo, é uma tragédia consumada: é ruim em tudo.