Maria de Fátima da Silva é um nome meio complicado de se
procurar do Google - provavelmente há umas três milhões delas. Trata-se da mãe
do tal dançarino do programa da Regina Casé, Douglas Rafael da Silva Pereira, morto
durante um tiroteio no morro do Pavão. Mas por que estou procurando dados sobre
ela? Simplesmente porque a sua veemência acusando a polícia de torturar e matar
seu filho estão muito mais para uma militante política do que propriamente para
uma mãe pesarosa.
Maria de Fátima, após a perda do filho, em momento algum
mostrou tristeza pelo fato ou mesmo algum ódio visceral de mãe. Pelo contrário,
seu discurso, embora, repito, veemente, é politicamente articulado e obsessivamente
focado em incriminar a polícia, além de frio como o de um legista lendo uma
causa mortis em um atestado de óbito, limitando-se a falar sobre os tais sinais
corporais de violência que dão a ela a estranha certeza que Daniel foi
torturado pelos PMs. Por tudo isso, eu gostaria de saber quem é essa senhora.
Diga-se de passagem, uma coisa, a princípio, não tem nada a
ver com a outra. A morte de Daniel tem que ser apurada, independentemente dos
fatos que a sucederam, mas nada impede que raciocínios paralelos sejam usados
no sentido de esclarecer a orquestração do pandemônio que se organizou em torno
do fato. Quem está por trás disso além dos traficantes que continuam livres,
leves e soltos nas barbas das UPPs? Ou por outra, quem se associou a esses
traficantes com o intuito de desestabilizar a ordem em proveito próprio?
Aliás, existe um outro dado relevante nessa história,
confirmado ontem : a proximidade de Daniel com o tráfico.
Felipe Moura Brasil, em seu blog, informou que em 18 de janeiro, um dia após uma troca de tiros no
Pavão-Pavãozinho resultar na morte de Patrick Costa dos Santos, o Cachorrão, de
25 anos - que tinha duas condenações por tráfico e obteve livramento
condicional em outubro de 2012 -, Douglas postou a seguinte mensagem na sua página do Facebook (https://www.facebook.com/dg.madrugada):
Tradução:
- “PPG” é a dita “comunidade” Pavão, Pavãozinho e Galo.
- “Bicos” são fuzis de uso restrito das forças armadas, de
grosso calibre (7,62mm e 556mm) e altíssima letalidade, como COLT AR 15, M-16,
AK-47, G3 e outros.
- “Os amigos” são os integrantes das quadrilhas que traficam
drogas, cometem homicídios, sequestros, roubos e crimes variados.
- “Fazer barulho” é efetuar centenas de disparos,
aterrorizando a população ordeira.
Como eu disse, nada disso impede que a morte do rapaz seja
apurada, mas os fatos paralelos a ela me parecem bem mais importantes que isso.
Sem dúvida, os "protestos" que se seguiram a essa morte são muito estranhas. Tamanha mobilização e uniformidade no discurso não é algo que surja assim, espontaneamente.
ResponderExcluirÉ esse "enamoramento" juvenil que me preocupa - parafraseando George Lucas, parece que estamos perdendo para o Lado Negro da Força.
ResponderExcluir(argento - do pendrive)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO que a Globo não mostra: http://youtu.be/SkESfXUW01o
ResponderExcluirTalento artístico à parte, Regina Casé é PT até debaixo da M..., portanto a possibilidade de que aqueles que trabalham com ela também sejam do PT é enorme, o comportamento da mãe torna a possibilidade muito maior. Então, como aconteceu ou deixou de acontecer o crime não faz muita diferença, se foi a polícia a culpa é da polícia, se foram os traficantes... a culpa é da polícia.
ResponderExcluirPara aqueles que pretendem dizer que estou exagerando, limito-me a lembrar que a PeTralhada culpa o presidente do STF pelo mensalão.