“A qualquer momento estou partindo, mas esse pecado de
frouxidão não levarei comigo. Ela fica e vai continuar falando o que pensa.”
Silvio Santos, há uma semana, referindo-se a Rachel Sheherazade.
“Em razão do atual cenário criado recentemente em torno de
nossa apresentadora Rachel Sheherazade, o SBT decidiu que os comentários em
seus telejornais serão feitos unicamente pelo Jornalismo da emissora em forma
de Editorial. Essa medida tem como objetivo preservar nossos apresentadores
Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto, que continuam no comando do SBT Brasil.” SBT
em nota de ontem.
A prática do comentário feito pelo âncora do Jornal surgiu com Boris Casoy, no próprio SBT. Boris fez um comentário de forma totalmente espontânea, "isso é uma vergonha", teve grande repercussão e aceitação do público. Depois disso os comentários passaram a ser costumeiros e deixaram de ser espontâneos para serem intelectualizados, a prática tornou-se costumeira entre apresentadores de jornais.
ResponderExcluirA polêmica gerada com o comentário da Rachel mostra que isso deve ser debatido com responsabilidade, não é uma mera questão de permitir ou proibir. A função do âncora não é comentar, é apresentar, a Rachel pode reivindicar a função de comentarista e deixar a função de âncora.
A questão é: quem responde juridicamente pelo comentário do âncora? Como o público deve fazer para saber se aquele comentário é pessoal ou é do editorial? Uma possibilidade seria criar um formato de jornal onde o âncora pudesse exercer as duas funções, mas com o espaço reservado para comentários isolados da apresentação do jornal propriamente dito, por exemplo, no último quadro seria apresentado “o comentário do âncora”, onde ele comentaria a(s) notícia(s) que desejasse.