terça-feira, 1 de abril de 2014

Sede da UNE: 50 anos, R$ 57,8 milhões, PCdoB e muita farra

No dia 17 de maio de 1994, Itamar Franco autorizou a devolução do terreno da UNE (União Nacional dos Estudantes), no Rio de Janeiro, destruído, incendiado e tomado pelo governo militar em 1º de abril de 1964. Na cerimônia da devolução, onde Itamar tomou até chope no Labas, antigo bar da boemia carioca, o presidente da UNE, Fernando Gusmão (que já foi deputado estadual pelo PCdoB, mas não foi reeleito em 2010), disse que precisava de grana para reconstruir a sede da entidade, um projeto do indefectível Niemeyer, orçado então em US$ 10 milhões.

De lá para cá o lugar passou 15 anos servindo de estacionamento rotativo, foi visitado pelo MST, teve acampamento de “estudantes”, até que em 2010, Lula deu à entidade um chequinho de R$ 30 milhões e lançou a pedra fundamental - a UNE recebeu dos governos Lula e Dilma R$ 57,8 milhões.

Controlada pelo PCdoB, que aboliu eleição direta para sua diretoria, a UNE agradeceu com silêncio as generosas doações do governo Lula. Após as doações milionárias, a UNE passou a ignorar denúncias contra o governo, desde o mensalão até questões específicas sobre Educação.

Exatos 50 anos depois do incêndio, placas de alumínio escondem o mato e os milhões do Tesouro Nacional. Até hoje, a sede não foi construída. Culpa da burguesia? Das elites? Do neoliberalismo? Da ditadura? Ou será que gastaram tudo com farras e bebida mesmo, como era hábito de Lindberg Farias quando presidia a espelunca?

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