segunda-feira, 2 de maio de 2016

As razões para monarquia de Bertrand vão de lojas de roupas infantis a Pelé

“Se alguém fosse abrir uma loja de roupas infantis, qual dos nomes escolheria: A Princesinha ou A Filhinha da Primeira-Dama?”
Bertrand de Orléans e Bragança

“O Pelé não é o presidente do futebol. É o rei do futebol. Isso não acontece só no Brasil, mas no mundo inteiro. As pessoas gostam do título.”
Bertrand de Orléans e Bragança

A julgar pelo cidadão que falou em nome da Família Imperial Brasileira, Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, um dos trinetos de Dom Pedro II - que seria o atual príncipe imperial do Brasil pelo Ramo de Vassouras desde 5 de julho de 1981, quando seu irmão mais velho, D. Luís Gastão, que não tem filhos, assumiu o posto de Chefe da Casa Imperial Brasileira, herdado do pai - é melhor nem pensar em restauração da monarquia por aqui. Se é que alguém pensa nisso. É preferível essa bagunça que um rei com ideias de jerico.

Dom Pedro II deve estar se revirando no túmulo.

Entrevista à Veja

O senhor defende a monarquia a sério mesmo?
Sim, seria a solução. Os brasileiros se perguntam: valeu a pena a República para dar nisso? O regime atual divide a nação. Compare-o com a história no Segundo Reinado: foram 49 anos de estabilidade política, progresso e união nacional. E o maior exemplo é a Inglaterra. A rainha fez 90 anos, tem 64 de reinado, e a nação inteira festeja.

Seria o caso, então, de copiar a Inglaterra?
Seria uma monarquia parlamentar. Mas não podemos repetir o erro cometido durante a proclamação da República. Copiou-se o sistema americano, e deu no que deu. As pessoas não percebem o efeito psicológico da monarquia.

Que efeito é esse?
Uma nação, antes de tudo, deve ser uma grande família com um destino comum a realizar. O chefe de Estado é como um pai. Ele tem de estimular as qualidades do seu povo, assim como um bom pai faz com seus filhos. O primeiro-ministro inglês comentou algo extraordinário um dia desses: “O que sustenta a Inglaterra é a presença da rainha”. Deixe-me fazer uma pergunta: se alguém fosse abrir uma loja de roupas infantis, qual dos nomes escolheria: A Princesinha ou A Filhinha da Primeira-Dama?

A Princesinha venderia mais. É isso?
Claro. O sonho de toda mãe de família é que sua filha seja uma princesa. O Pelé não é o presidente do futebol. É o rei do futebol. Isso não acontece só no Brasil, mas no mundo inteiro. As pessoas gostam do título.

Digamos que o senhor seja sagrado monarca do Brasil. Qual o próximo passo?
Uma Constituinte para debater as aspirações do povo. O brasileiro tem dado uma demonstração de sanidade e esperança no futuro extraordinária. Basta ver as manifestações com o povo unido para passar uma régua na nação, com repúdio a um partido que tem uma agenda socialista. Era o projeto de poder de trinta anos deles. Os brasileiros não querem isso.

Onde seria o palácio?
Não vejo razão para mudar a capital do país novamente. A despesa seria muito alta.

Como as pessoas o abordam nas ruas?
Sou muito abordado em aeroportos e hotéis. O pessoal me reconhece e faz fila para tirar selfies. Estou acostumado. Os mais próximos me chamam de senhor. E há os mais tradicionais, que me chamam simplesmente de alteza. Tudo de uma forma natural.

Fala sério!

Um comentário:

  1. As quatro formas de governos, identificadas pelos filósofos gregos:
    1) Monarquia, exercido por uma pessoa, que pode resultar em ditadura.
    2) Aristocracia, exercido por um grupo, que pode resultar em oligarquia.
    3) Democracia, exercido por todos, que pode resultar em demagogia.
    4) República, com o monarca na forma de presidente, com a aristocracia na forma de parlamento, com a democracia como veículo de comunicação.

    A república anula os vícios de cada uma das formas de governo e agrupa as três formas, formando uma institucionalidade.

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