terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Olavo e Bolsonaro versus Reinaldo: Uma guerra entre egos monumentais

“Uma das coisas que admiro nos rapazes e nas moças desses dois movimentos [Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua] é sua autonomia — que não deve se confundir com ignorância histórica. E ignorantes eles não são. Têm, aliás, uma grande virtude: nenhum deles foi de esquerda ou flertou com a esquerda — cicatriz que eu mesmo tenho e reconheço. Toda marca de batalha um dia coça um pouco.” Reinaldo Azevedo

“Ninguém está brigando. Apenas não abdico do meu direito de ensinar aquilo que já comprovei saber. Sinceramente, se você tem o Olavo de Carvalho à sua disposição, preferir consultar o Cato Institute ou o Miguel Reale Jr. é VEADAGEM.” Olavo de Carvalho

Pego de surpresa - eu não tinha conhecimento sobre essa batalha épica -, soube que Olavo e Bolsonaro estão caindo de pau no Reinaldo por este defender a legitimidade do Movimento Brasil Livre e do Vem Pra Rua. Cá pra nós, deve estar chovendo ego inflado pelaí.

Olavo e Fidel - alguma dúvida?
Quem conhece o blog sabe bem a minha opinião sobre os três. Reinaldo e Olavo se consideram os donos da verdade, sendo que Olavo não consegue nem nunca conseguiu se libertar do ranço comunista, ideologia que abraçou durante um bom tempo, fato evidenciado pelo hábito de tentar desqualificar seus interlocutores, antes de ser objetivo nas suas argumentações - quando consegue sê-lo. Olavo transforma quem o contesta em um inimigo a ser combatido, desqualificado e eliminado, tal e qual ocorreu no stalinismo quando adotou a “teoria dos dois campos”, de Andrei Zdanov, “ideólogo” preferido de Stalin.

A tal teoria estabelecia que todas as esferas da ação e pensamento estavam divididas em dois campos mutuamente excludentes, antagônicos e irreconciliáveis, e foi inspirada na então beligerância entre EUA e URSS. Em resumo, ela determinava que todos os aspectos da existência humana - ciências, filosofia, artes, comportamento, etc. - estariam submetidos a tal dualidade, uma disputa entre o bem e o mal, em que o cidadão soviético que não estivesse alinhado entusiasticamente com os ideais socialistas, estaria logicamente do outro lado, ou seja, o do mal.

Olavo é um comunista extremamente mal resolvido, insuportavelmente maniqueísta e malcriado.

Já Reinaldo é mais brando e educado, embora também não admita críticas e nem que esteja errado, o que é um certo paradoxo, já que reconhece a “cicatriz” que tem por ter flertado com a esquerda.

Quanto a Bolsonaro, o que dizer desse Trump tupiniquim, que presta um grande favor à esquerda arvorando-se de arauto da direita? Sim, de vez em quando ele fala e faz algo que preste, mas que, via de regra, é anulado pela histrionice com que aborda as questões.

Enfim, vou me inteirar do charivari que, como eu disse, acabou de me pegar de surpresa hoje. Olavetes, reinaldetes e bolsonatetes também serão lidas (que merda, hem?).

4 comentários:

  1. Ric
    No fundo, bem no fundo mesmo (epa!), achas que vale a pena?
    Como diria meu amigo Marreta, comentarista do blog do giulio, não seria gastar vela boa com maus defuntos?

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  2. “(...) ensinar aquilo que já comprovei saber (...)”; “(...) se você tem o Olavo de Carvalho à sua disposição (...)”. Sem comentários.

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    1. É um caso perdido, Milton. Olavo até hoje não decidiu se é um esquerdista que usa ideias da direita ou um direitista que usa ideias da esquerda.

      Mas uma coisa eu garanto que ele já decidiu: que é um gênio. Mas há controvérsias. Até hoje ele não provou se é mesmo ou se é apenas um armazém vendendo cultura sem saber para que ela serve.

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