No post acima, Falei por alto sobre o acobertador de maracutaias Henrique Meirelles, o preferido do apedeuta para presidir a Petralhobras. Pois bem, aí vai uma matéria de Carlos Newton, dda Tribuna da Internet, explicando melhor quem é ele.
Entenda como Meirelles acoberta a sonegação do Friboi
Na semana, passada mostramos aqui na Tribuna da Internet a
ponta do iceberg do chamado caso Friboi (do grupo JBS), que há mais de um ano
vem mantendo uma bilionária campanha publicitária, com divulgação diária na
mídia impressa e televisionada, inserindo anúncios em espaços e horários nobres
e pagando cachês altíssimos a artistas consagrados como Tony Ramos, Fátima
Bernardes e Roberto Carlos, que depois suspendeu as aparições porque há décadas
é vegetariano.
Causa enorme estranheza a divulgação massiva de uma marca
que jamais fez publicidade e cresceu nos bastidores do poder, movida pelo apoio
direto do BNDES. A empresa foi criada pelo fazendeiro goiano José Batista, que
em 1953 abriu em Anápolis um pequeno açougue, a Casa de Carnes Mineira,
especializada em vender carne de sol.
Com a morte do fazendeiro, seus três filhos assumiram os
negócios, que tiveram crescimento espantoso a partir do governo Lula e já
conseguiu se tornar o maior exportador de proteína animal do mundo, com abate
de carne bovina, ovina, suína, caprina e avícola, passando a atuar também em
outras áreas do setor alimentício, ostentando hoje as marcas Swift, Doriana,
MassaLeve, Lebon, Pilgrim’s, Seara, Vigor, Rigamonti, Fiesta, Flora, Rezende,
Excelsior, Texas Burger, Pena Branca, Wilson, Frangosul e Agrovêneto.
Evidentemente, o objetivo dessa megapublicidade não tem
cunho comercial. Se o grupo familiar Friboi, sem fazer propaganda de espécie
alguma, em poucos anos conseguiu operar na casa das dezenas de bilhões de reais
e já ultrapassou o patamar dos 100 bilhões de faturamento/ano, o que
justificaria esse esbanjamento de recursos numa massiva campanha publicitária
diária e verdadeiramente espantosa?
COMPRANDO A MÍDIA
Coincidentemente, a espalhafatosa campanha publicitária foi
iniciada quando começaram a surgir as primeiras notas e reportagens denunciando
a generosidade do BNDES, que não somente financiou o grupo Friboi, mas também
fez questão de se acionar diretamente a ele, por meio de compra de ações em
massa. Na gestão petista, o BNDES já emprestou à JBS R$ 2,5 bilhões
(diretamente ou com intermediação de outros bancos) e comprou R$ 6,17 bilhões
em ações do grupo, que equivalem a 28,69% do capital.
COMPRANDO POLÍTICOS
Segundo reportagem de Leandro Prazeres, no site UOL, o
generoso grupo já doou a candidatos e partidos cerca de 18,5% de tudo o que
recebeu do BNDES em financiamentos e venda de ações entre 2005 e 2014, com PT,
PMDB e PSDB aparecendo como os mais beneficiados.
O repórter Leandro Prazeres mostrou que o comprometimento
com doações a políticos é tão grande que, somente para a eleição de 2014, a
empresa doou 39,56% de todo o seu lucro líquido registrado em 2013, que foi de
R$ 926,9 milhões. É como se, a cada R$ 100 de lucro, a JBS doasse R$ 39,56 para
os caixas de campanhas de partidos e candidatos.
Já mostramos aqui na Tribuna da Internet que é generosidade
demais, motivando justificadas suspeitas de sonegações e graves irregularidades
contábeis, porque o Bradesco, terceiro colocado, doou apenas 0,83% de seu lucro
líquido em 2013, que foi de R$ 12 bilhões.
Como se sabe, o lucro líquido é a diferença entre o que a empresa faturou
e os seus custos operacionais (salários, tributos, impostos, juros,
amortizações etc.).
SONEGANDO À VONTADE
Esse lucro bem inferior a 1% significa que ou o grupo Friboi
está em má situação financeira ou sonega impostos à vontade. Não é admissível e
aceitável que o maior exportador mundial de proteína animal, que já ultrapassou
faturamento de R$ 100 bilhões nos últimos 12 meses, esteja obtendo apenas essa
ridícula margem de lucro, mas se dê ao desplante de subtrair dividendos dos
acionistas (em especial, o BNDES), para generosamente doar à classe política
cerca de 40% desse lucro ínfimo. E, ainda não satisfeito, o grupo gasta outra
expressiva parcela do lucro numa campanha publicitária inútil, pois destinada
ao consumidor final, que nem sabe onde comprar carne do Friboi.
Detalhe: em Goiás, o JBS responde a 49 autos de infração
aplicados pela Secretaria da Fazenda nos últimos 9 anos, no total de R$ 1,3
bilhão, a maioria por sonegação de ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) na exportação de carne bovina.
Ao comandar esta grotesca fraude, o cidadão Henrique
Meirelles demonstra que jamais poderia ter exercido cargo público no Brasil.
Decididamente, não tem o menor interesse pelo país e por seu povo, pois é
movido exclusivamente pela ganância. Mas é certo que logo, logo ele estará
desmascarado e a mídia então vai descobrir o verdadeiro motivo do engavetamento
(ou arquivamento) dos processos contra ele movidos pelo Tribunal de Contas da
União, antes de ser presidente do Banco Central.
E agora? Como explica? Se quando era do governo anterior era cleptocrata, agora virou o que? Santo?
ResponderExcluirPois é... Meirelles é daqueles que a gente até gostaria que não fosse, mas é.
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