O Masoquistão, país de dimensões continentais situado abaixo
da linha do Equador, é a terra dos masoquistas. O governo dessa estranha nação
se esforça para tornar a vida um eterno inferno, enquanto os cidadãos escolhem
os políticos que mais os castigam. Hoje falaremos da economia do Masoquistão,
área em que esse padrão de comportamento se revela de forma mais patológica.
As empresas estatais do Masoquistão oferecem serviços
terríveis, criam rombos no orçamento, estão atoladas em corrupção e de vez em
quando abrigam acidentes de trabalho com explosões e morte de operários. Por
isso mesmo os cidadãos as consideram orgulho nacional – e são radicalmente
contra propostas de privatização. Na campanha eleitoral, candidatos se valem
desse tabu para trocar acusações. “Você vai privatizar! Vai nos livrar daquela
empresa que nos faz tanto mal!”, diz um candidato. “Pelo contrário, vou
reestatizar”, responde o adversário.
Jovens estão entre os defensores mais radicais do sofrimento
causado pelas estatais. Enquanto a Justiça e a imprensa revelam escândalos
bilionários de corrupção na maior empresa estatal do país, jovens manifestantes
tomam as ruas, depredam bancos e queimam carros reivindicando:
- Queremos mais estatais! Lutamos por uma grande estatal do
transporte coletivo!
Os políticos com mais sucesso no Masoquistão estão sempre
atentos a formas de aumentar a agonia dos cidadãos. Um caso exemplar dessa
tendência ocorreu em dezembro de 2013. Em pleno período de férias, quando
milhares de pessoas se preparavam para viajar ao exterior, o governo elevou o
aumento do imposto para compras internacionais no cartão de crédito. A medida
foi considerada urgente para garantir a preocupação dos habitantes mesmo quando
estivessem fora do país.
As leis trabalhistas do Masoquistão são conhecidas no mundo
inteiro por tirar o incentivo a contratações e empurrar metade dos
trabalhadores do país à informalidade. Por isso mesmo, quando o governo pensa
em flexibilizar as leis, provoca uma gritaria geral da população. Rapidamente o
governo volta atrás; diz que foi um mal-entendido e promete seguir atrapalhando
os trabalhadores.
Todos no Masoquistão sabem que poderiam comprar carros,
computadores, remédios, máquinas, equipamentos médicos e uma infinidade de
produtos muito mais baratos no exterior. Ora, isso seria fácil demais. Para
evitar algo que poderia ser considerado felicidade, todos por ali concordam que
é preciso elevar barreiras alfandegárias e dificultar a compra de importados.
Sem concorrência, as montadoras nacionais produzem carros mais caros, de pior
qualidade e com menos segurança que os importados. Tudo o que os habitantes do
Masoquistão mais desejam.
É verdade que nem tudo no cotidiano do Masoquistão é
sofrimento. Alguns empreendedores até conseguiram facilitar a vida dos
moradores, fornecendo a eles comida barata, aparelhos eletrônicos e remédios a
doenças antes incuráveis. Se os masoquistenses gostam? Nada. Eles culpam as
empresas e o agronegócio por todos os problemas do país. Aprendem na escola a
odiar grandes empresas e idolatrar líderes que lutaram contra o capitalismo,
empobreceram países e ergueram ditaduras.
Na história recente do Masoquistão, uma presidente se
destacou por esculhambar a economia inteira. Aumentou a dívida pública,
descuidou da inflação, quebrou contratos e afugentou investidores e empresários
que criariam empregos. Foi reeleita com festa pela população.
(argento) ... o Masoquistão, país de dimensões continentais é a terra dos masoquistas; dos masoquistas, dos sádicos, dos cínicos e dos ladrões; apelidado, carinhosamente, de Banãnia, vive uma crise de identidade, ainda não sabe se é Ilha de Vera Cruz ou Terra de Santa Cruz - inda não se descobriu Brasil - oficialmente é (re)conhecido, no mundo como BraZil ... enquanto escrevia estas "mal traçadas linhas", dei-me conta que escrevo de um computador cujos componentes são Made in China e, para estar na Internet, utilizo um aparelho chamado MODEM feito na China, fornecido por uma empresa portuguêsa chamada Oi ...
ResponderExcluirVídeo que mostra o sistema de segurança no Mazoquistão:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=T59EVbqoBo8