sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Há um certo “dejá vu” no ar... 1964?

O Clube Militar pisou nas tamancas com as declarações do Marighela de Caetés ameaçando botar na rua o exército de Stedile, no tal ato em defesa da Petrobrás e mandou uma nota de repúdio:

“O Brasil só tem um Exército: o de Caxias!

Ontem, nas ruas centrais do Rio de Janeiro, pudemos assistir o despreparo dos petistas com as lides democráticas. Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o “direito” da crítica aos atos de governo. Doeu aos militantes petistas, e os levou à reação física, ouvir os brados alheios de “Fora Dilma”.

Entretanto, o pior estava por vir! Ao discursar para suas hostes o ex-presidente Lula, referindo-se a essas manifestações, bradou irresponsáveis ameaças: “...também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas”. Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas.

O que há mais por trás disso?

Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?

Algum recado?

O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas.”

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais também não ficou atrás e mandou ver sobre a atuação da força de choque da PRF no cumprimento de determinação judicial de desobstrução de rodovias federais pelas manifestações dos profissionais da área de transportes.

“Ao policial não cabe contestar a lei ou as decisões judiciais. Sua missão constitucional é cumpri-las, sob pena de responder por crime de prevaricação, o que sua omissão, neste caso, poderia resultar em prisão e posterior demissão.

Há de se ressaltar primariamente que a missão fundamental de qualquer entidade sindical é apoiar a atuação legal de seus sindicalizados, razão pela qual manifestamos apoio aos colegas que tiveram de cumprir a ordem judicial.

Não obstante, enquanto cidadãos manifestamos solidariedade à justa causa dos profissionais de transportes que, assim como nós, lutamos por melhores condições trabalho e por um país melhor.

Lamentamos, outrossim, a rápida judicialização de movimentos classistas pelo governo (do qual inclusive nossa operação padrão foi vítima em 2012) e o tratamento diferenciado que movimentos “sociais” alinhados ideologicamente com o governo tem tido em situações semelhantes.”

Estou sentindo um dejá vu... Um clima meio familiar que eu já vivi antes de 31 de março de 1964, quando um outro celerado chamado Itagiba de Moura Brizola - que adotou o primeiro nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha -, em seus discursos, incitava favelados a invadirem as residências dos “riquinhos” da Zona Sul do Rio, fato que levou meu pai a comprar um revólver.

Só espero que hoje eu não seja obrigado a fazer o mesmo, mas se o for, não hesitarei.

7 comentários:

  1. (argento) ... he he he, ontem, seu pai comprou um revolver. Se você, Ricardo, decidir pela compra legal, vai descobrir que não vai ter tempo hábil; isto, se não tiver seu "pedido" negado.

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    1. (argento) ... e, sim, o PT tem uma milícia e está em vias de ter outra, esta "legal" e bem armada, com maior efetivo que o exército, assim que este (exercito) "perder" o controle das PM ...

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    2. O meu pai comprou o dele na Sears. Eu vou comprar o meu de qualquer policial pelaí. Eles vivem oferecendo armas apreendidas...

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    3. Eles tambem vendem Kalashnikov?
      Compre uma arma laser, aquela que faz um pontinho vermelho.

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    4. Desde que você pague o preço, vendem tudo!

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  2. Felizmente o clube militar fez aquilo que deveria fazer, mas infelizmente as celebridades dos meios de comunicação não se deram conta da sua responsabilidade. Tão logo li a noticia sobre a histórica declaração do Lula, senti vontade de pedir explicações sobre como é possível que alguém ter um exército que não esteja subordinado à Constituição Federal.

    Parece que apenas eu tive essa curiosidade e gostaria que o ex-presidente Lula, a atual presidente e o ministro da justiça esclarecessem minha dúvida.

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  3. Magu disse:
    Conhecendo-o desde os idos do sindicato de SBC, sempre afirmei que o dezenove dedos é um espertalhão mas, ao mesmo tempo, um rematado idiota. No calor de discurso, algumas sinapses começam a falhar e aí é um vomitar de estultícies como sempre se viu...

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