quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Falar de (des)penteado é racismo desde quando?

Uma aluna do curso de Design de Moda da PUC-Rio publicou no Facebook um texto no qual relata seu constrangimento ao ouvir comentários considerados racistas feitos por duas professoras em sala de aula. Ela também registrou queixa na 12ª DP (Copacabana). Segundo Gabriela Monteiro, de 26 anos, as duas docentes fizeram piadas e comentários sobre cabelo afro diante dela e toda a turma repetidas vezes.

Aluna do 8º período da graduação e única negra da turma, Gabriela descreveu três situações. As duas primeiras dizem respeito a histórias contadas por uma professora diante de toda a turma. A docente teria relatado um episódio em que foi ao cinema e sentou-se atrás de uma mulher com cabelo afro. Conforme escreveu a estudante, a docente contou que a pessoa “era inconveniente por ir ao cinema com seu cabelo em sua forma natural, pois ao sentar na poltrona em sua frente, o cabelo da mulher era um empecilho para visualizar a tela”. Semanas depois, a mesma professora teria voltado a contar, também diante da turma, que havia vivenciado outra situação do tipo, fato que a teria forçado mudar de lugar na sala de cinema. Conforme o relato de Gabriela, ela contava a história se voltando para ela.

A terceira situação, considerada “mais maldosa” por Gabriela, envolve a outra professora: “Havia chegado em sala de aula com meus cabelos soltos, e a professora estava dando orientação para uma aluna, parou o que estava fazendo, e me fez a seguinte pergunta: ‘Qual seu signo, Leão?’”, escreveu Gabriela, afirmando ter ficado chocada e sem reação.

Bom, uma pessoa que é aluna de um curso de Design de Moda, profissão que lida quase exclusivamente com a estética, deveria estar familiarizada com esse tipo de abordagem, que não tem absolutamente nada a ver com racismo - pelo menos as citadas por Gabriela. Quero crer que tampouco caiba uma acusação por injúria, como andaram aventando.

Existe um negócio que se chama simancol, no popular, e educação, no erudito. Uma pessoa que usa um (des)penteado desse tipo deve ter pelo menos o cuidado de não incomodar ninguém. É a mesma coisa que uma pessoa que esteja em algum lugar aberto onde se assiste algo, abrir um guarda-chuva na sua frente quando começa a chover.

Talvez até tenha faltado um pouco de simancol à professora ao abordar o fato, já que a crítica era ao penteado de Gabriela - não ao seu cabelo e muito menos à sua “raça” - e ninguém gosta de receber críticas ao seu gosto, mesmo que indiretas. Mas, de maneira nenhuma isso é caso de polícia e muito menos racismo.

Quanto à outra que perguntou se Gabriela era do signo de Leão, o fato é mais irrelevante ainda, embora a aluna a tenha considerado mais grave que os outros. O que tem um leão a ver com racismo? Em que uma piada dessas pode ofender alguém?

E cá para nós, Gabriela é bonita, mas ô (des)penteado horroroso!

10 comentários:

  1. (argento) ... vou mais longe: Linda! ... mas os seus cabelos ...

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    1. (argento) ... uma linda representante sarará (mestiça) - "raça" brasileira pra ninguém botar defeito - quanto aos cabelos, é desleixo mesmo

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  2. Explique-se Argento.
    "Raca brasileira?"
    O que é isso?
    Uma branqueia sulista não faz parte "da suposta raca brasileira?"
    Não seria certo você escrever que a menina pertence a etnia negra e é uma bela brasileira de origen africana?
    Claro, se formos ser ainda mais explícitos, seriamos todos africanos, mas 65 milhoes de anos e muito sabão em pó deixaram alguns de nós assim branquinhos.
    O Argento é mais um daqueles que concorda com o texto da Aquarela do Brasil que já entao alimentava o preconceito contra as mulheres descendentes dos colonos europeus.
    Se eu escrever que achava a Bruna Lombardi muito bonita e representava muito bem a beleza da "raca" e da mulher brasileira eu não seria criticada?
    Ou ainda, é apenas uma preferencia sua, sendo assim você tem todo o direito do universo de pensar como queira.
    Sou euro-brasileira e te mando um abraço, sou loura, mas espero que aceite...

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    1. Pois é Theresa. Lamento, mas nem você, e nem a Bruna Lombardi são representantes da "raça" brasileira que o Argento falou, sem conotação racista nenhuma. Ela é a mistura do negro, do europeu, do índio e, eventualmente do oriental.

      Aliás, uma curiosidade que eu não sei se é uma unanimidade: essa mistura deu certo com as mulheres, mas com os homens, foi um fracasso total. O mestiço brasileiro macho fruto dessa combinação é de uma feiura atroz.

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    2. Não disse que o Argento foi "racista" nem "contista", suponho que é a opinião dele, mas eu não acredito em raca brasileira, mesmo porque raca é somente uma: a humana, depois temos os grupos etnicos, assim penso eu.

      Eu acho que a beleza não é fundamental, conheço muitas pessoas feias que são fantásticas, inteligentes, produtivas e moralmente correctas, a beleza é uma pele que quando machucada perde a graça.
      Prefiro um homem feio cumpridor que um bonito cafajeste.
      Explico bem, eu não tenho nada da Bruna Lombardi, apenas a cor dos cabelos, o resto são bem distintas, dei o exemplo da Bruna porque realmente não lembro mais das mulheres que eram consideradas bonitas do meu tempo, hoje não sei nada sobre o assunto.
      Lembro também da Vera Fisher no meu tempo era muito bonita e também não faz parte da tal "raca brasileira"
      Somos literalmente desterradas ahahahahahahhahahahahhahaah
      Nem vou dormir nas próximas semanas.

      Hum!!! Tem um ator britânico de origem ganesa se não estou enganada, chama-se Idris Elba, é muito bonito, é negro puro, tem uma voz simplesmente maravilhosa, não gosto de filmes nem series criminais com detetives, mas Luther eu vejo, pois o Idris é gostoso de olhar.

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    3. (argento) ... explico-me. Minha única irmã-de-sangue é Sarará. A Raça Humana tem nuances que a razão desconhece, onde as "partes" podem ser distinguidas, melhor, adivinhadas; a genética pode dar a porcemtagem de genes (ex Neguinho da Beija Flor que tem mais genes europeus que africano). A "observação visual" é mais difícil (confusa) quando se observa uma Sarará. Geralmente têm as faces esteticamente Belas, traços delicados, corpo esguio, e vários tons de pele; concordo que a mistura não beneficiou o espécime masculino. He he he, por convívio direto, considero-me "expert" na "raça" brasileira Sarará

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  3. O islão é tudo de bom:
    paz, amor, união, respeito, carinho, justiça,direitos iguais e muito mais, muito mais.
    Violência não existe no vocabulário islâmico,como podem ver no link abaixo.
    Os ateístas também caem nas gracas dos cultos e pacíficos islâmicos.


    http://www.publico.pt/mundo/noticia/blogger-morto-a-machadada-na-capital-do-bangladesh-1687518

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    1. Esses são terroristas preocupados com o bem estar da humanidade, usaram machado para não poluir o ar.

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    2. Que medo!!!!
      Falando sério, tenho mesmo mesmo desta gente, a última vez que estive na Suécia fomos de carro e temos que pegar dois navios, Alemanha Dinamarca, Dinamarca Suécia., Quando voltamos era muito cedo e esperamos para tomar o café da manha no barco entre a Dinamarca e Alemanha, haviam dois islâmicos com as roupas típicas, aquela bata branca e uma coisa na cabeça, eles comeram todas as panquecas, fiquei fula da vida com eles ahahahahahhaha
      Pareciam dois terroristas, o pior é que não ha controle, não controlam os carros, os carros entram, as pessoas descem e vão para a parte de cima do navio onde tem lojas e restaurantes.
      Imagine, podem colocar uma bomba dentro do carro e ela explodir .
      Eu nunca mais irei de navio se eles não começarem a fazer como fazem nos aeroportos.

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  4. Gente, moda é moda. O que é moda? Alguém lança e pronto. Tem gente que lançou moda raspando a cabeça... E a aluna é do curso de moda. O que não pode é ocluir com o cabelo a visão de um colega em um procedimento laboral ou permitir que o excesso de cabelo liso ou crespo (aí independe) contamine comida, paciente, etc. Mas é um curso de moda... Nem tudo é racismo.

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