Meio sem querer, cheguei a essa matéria da Folha Política,
de dezembro de 2014, com “informações fornecidas por força da Justiça” que
revelam o absurdo de dinheiro gasto pelo governo para comprar blogs, sites,
portais, seja lá o que for para difundir as mentiras que essa gentalha quer nos
enfiar goela abaixo. Luís Nassif, com seus “Agência Dinheiro Vivo” e “Jornal
GGN”, por exemplo, recebeu R$ 806.284,00 em 2013, e o insuportável Paulo
Henrique Amorim, com seu idem, “Conversa Afiada”, R$ 618.164,00 no mesmo
período, sendo que ambos, desde quando se venderam, já receberam um total de R$ 6,5 milhões
Mas vamos à matéria que é boa e esclarecedora, porque inclui
o quanto vários outros órgãos de comunicação receberam do governo.
As três empresas estatais do governo federal que lideram os
gastos publicitários da administração indireta também são responsáveis por um
volume respeitável de publicidade digital em veículos de audiência limitada na
internet.
Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal
gastaram, de 2010 a 2013. a soma de RS 17 milhões publicando anúncios em meios
de comunicação como “Opera Mundi”. “Dinheiro Vivo”, “Conversa Afiada” e “Carta
Maior”.
Agora, com as informações fornecidas por força da Justiça,
fica claro que os critérios não são lineares e a chamada “mídia técnica” não é
uma praxe em todos os setores da administração pública federal.
Empresas como Petrobras. Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal usam critérios obscuros para comprar espaços publicitários.
Tome-se o caso do site “Conversa Afiada”, do jornalista
Paulo Henrique Amorim. Sua audiência foi de 236 mil visitantes únicos em
dezembro de 2013, ano em que recebeu R$ 618,2 mil em verbas do Banco do Brasil
e da Caixa Econômica Federal.
Para ter a audiência de um leitor por mês no site de Paulo
Henrique Amorim, os dois bancos estatais juntos gastam R$ 2,60 por ano (valor
de 2013).
Como comparação, tome-se o portal Terra, cuja audiência foi
de 24,9 milhões de visitantes únicos em 2013, ano em que recebeu R$ 5,5 milhões
de verbas publicitárias federais. Para ter um leitor por mês, em média, as
estatais federais tiveram de pagar apenas R$ 0,22 por ano. No caso do UOL. que
é o portal líder na internet brasileira, o custo para ter um leitor por mês cai
para R$ 0,21 por ano.
Dito de outra forma, as estatais gastam cerca de 1.100% a
mais para atingir um leitor no site Conversa Afiada do que em portais como o
UOL ou Terra - de acordo com dados de dezembro de 2013.
Com algumas variações, essa relação se repete em outros
veículos digitais de audiência limitada.
Os sites do jornalista Luis Nassif (Agência Dinheiro Vivo e
Jornal GGN entre outros endereços) recebem verbas federais de publicidade desde
o ano 2000. Foram R$ 3,952 milhões até 2013, segundo dados fornecidos pela
Secom.
Em dezembro de 2013, os sites Advivo e Dinheiro Vivo não
tiveram audiência representativa e não aparecem na ferramenta de monitoramento
da Nielsen, empresa que faz esse tipo de acompanhamento. O Jornal GGN, que
também hospeda Luis Nassif. registrou 279 mil visitantes únicos no último mês
de 2013. Os sites onde atua o jornalista tiveram verbas publicitárias federais
naquele ano de RS 806,3 mil Isso significa que as estatais juntas gastaram R$ 2,90
por ano para cada leitor mensal que visitou os sites de Nassif em 2013.
No caso do Opera Mundi, dirigido pelo jornalista Breno
Altman, a relação custo-benefício indica que o valor médio de um leitor por mês
é de RS 2,11 ao ano.
O Carta Maior, “publicação eletrônica multimídia” que
defende uma “mídia democrática no Brasil”, teve uma audiência de 100 mil
visitantes únicos em dezembro de 2013. Como recebeu RS 512 mil de empresas
estatais federais naquele ano, entrega um leitor mensal ao custo de RS 5,13 ao
ano.
Eis. a seguir, alguns anúncios captados em 8 de dezembro de 2014
em sites alternativos e de pouca audiência relativa. Todos têm em comum o forte
apoio de empresas estatais federais, que competem no mercado para ter clientes
e serem rentáveis. Neste mês de dezembro de 2014, muitos publicaram propaganda
dos personagens “poupançudos da Caixa”
VALORES PARA CADA MEIO
Vale a pena observar os valores que as empresas estatais
federais gastam com veículos de comunicação da mídia tradicional.
A seguir, uma compilação preparada pelo repórter do UOL
Bruno Lupion para o Blog do Fernando Rodrigues. Os dados estão separados por:
veículos alternativos de baixa audiência. TV aberta, revistas, jornais
impressos e portais de internet de audiência de massa:
DE ONDE VIERAM ESSES NÚMEROS?
É importante explicar qual é a fonte usada pelo governo para
compilar seus gastos publicitários. Todas as informações são obtidas por meio
do Instituto para Acompanhamento da Publicidade, o IAP.
O IAP é uma entidade paraestatal. Foi criada no final dos
anos 1990. ainda na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso
(PSDB). Depois de chegar à conclusão que seria incapaz de saber tudo o que
todos os órgãos e entidades públicas federais gastavam com propaganda, o
governo forçou as agências de publicidade licitadas a repassar uma fração
mínima de seus contratos para criar e manter essa associação civil sem fins
lucrativos - e assim fazer um controle minimamente confiável sobre tudo o que é
investido em publicidade
Durante anos. os contratos firmados entre o IAP e a Secom
têm sido renovados. O último foi assinado em 29 de outubro de 2013.
Como é feito o controle? Todas as agências de propaganda que
ganham licitação em órgãos federais ficam obrigadas a enviar ao IAP uma cópia
de todos os Pis (pedidos de inserção de anúncios) que encaminham aos veículos
de mídia O IAP processa os dados e fornece relatórios à Secom. É tudo
informatizado. A planilhas podem ser geradas com muita facilidade. Basta
perguntar quanto as emissoras de rádio do interior do Piauí receberam de verbas
publicitárias do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para minutos
depois receber o relatório correspondente
Existe no governo federal uma argumentação sobre o controle
do IAP ser impreciso. Às vezes, um PI pode ser cancelado no meio do caminho. Ou
um anúncio pode não ser publicado por algum outro motivo. São situações raras e
que pouco representam num bolo publicitário que passa de RS 2,3 bilhões por
ano.
(argento) ... é, parece(!?) sacanagem ,,, pagamos, faz tempão, uma fortuna pela Desinformação ... faz parte, ... dos Negócios!
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