Claudio Humberto informa que o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho é o preferido de
Dilma Rousseff para suceder Graça Foster na presidência da Petrobras, mas o
ex-presidente Lula insiste na ideia de convidar o ex-presidente do Banco
Central Henrique Meirelles para o cargo. Dilma, inclusive, chamou Coutinho pra
conversar, ontem, para ouvir sua avaliação sobre a crise e sua visão para que a
Petrobras supere as dificuldades.
Lula considera desnecessário retirar Luciano Coutinho do
BNDES, “onde está dando certo”, e insiste em “agregar” Meirelles ao governo,
mas Dilma resiste por razões ideológicas: sempre o considerou “representante
dos bancos internacionais” e desenvolveu horror a ele.
Ou seja, Dilma, com Luciano, quer descobrir um santo para camuflar outro, e Lula quer, Meirelles, um notório mestre em ocultar maracutaias de governos e empresas, como faz atualmente na JBS, grupo a qual pertence a Friboi.
Pois é, mas nesse furdúncio todo eu tenho uma dúvida: por
que só o governo apita na hora de escolher o presidente dessa josta, se 52,9%
do capital social da empresa está na mão de particulares?
Na Gazeta do Povo encontrei uma resposta simples, mas que
não convence, já que a única coisa que esses 52,9% de particulares fazem é
papel de otário nas mãos desse governo corrupto, sendo completamente ignorados
por ele.
Vejamos a explicação (os números podem estar um pouco
defasados porque a matéria é de 2006, mas a essência não mudou nada):
Apesar de União ser a controladora da Petrobras, os
estrangeiros detêm uma fatia do capital total da Petrobras muito próxima à do
governo brasileiro. Os papéis da companhia emitidos na Bolsa de Nova York (ADRs
- American Deposit Receipts) mais as ações da Bovespa nas mãos de estrangeiros
somam 39,5% do capital da empresa, enquanto a União Federal, incluindo a participação
do BNDESpar (empresa de participações do estatal BNDES), de 7,6%, detém 39,8%
do total da companhia.
O governo brasileiro, no entanto, tem a palavra final nas
decisões da Petrobras, porque detém 57,6% (incluindo as ações do BNDESpar) das
ações com direito a voto da Petrobras (ON), mas como tem só 15,5%
(exclusivamente por meio do BNDESpar) das ações sem direito a voto (PN), a
participação da União no valor total da empresa é menor.
A fatia estrangeira nas ações com direito a voto na
Petrobras é de 30,2%, dos quais 27,3% são de ADRs e 2,9% de ações ON (na
Bovespa) em mãos de empresas ou pessoas físicas do exterior.
Outros 20,6% do capital da companhia estão nas mãos de
empresas e pessoas físicas brasileiras, dos quais 2,6% compõem os fundos de
investimento com o FGTS dos trabalhadores do país.
A tabela abaixo é do site da Petrobras
A tabela abaixo é do site da Petrobras
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