terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fique sabendo como ser politicamente correto com lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais através do seu “Manual de Comunicação LGBT”, adotado pelo Ministério da Saúde

Ao ler o formulário de inscrição para o curso do Ministério da Saúde, “Formação de novas lideranças das populações-chaves visando o controle social do SUS no âmbito do HIV/Aids”, dei com perguntas que diziam estar “De acordo com o Manual de Comunicação LGBT da ABGLT” e fui ver que raio de manual era esse e descobri mais uma vez o fundo do poço: agora nós vamos ter que consultar o manual antes de nos dirigirmos ou nos referirmos a esse pessoal. Só faltou sermos obrigados a chamá-los de Vossas Excelências. Por exemplo:

Em vez de “aidético”, temos que dizer “portador do vírus da Aids”;
Em vez de “homossexualismo”, “homossexualidade”;
Em vez de “opção sexual”, “orientação sexual”;
Em vez de “o travesti”, “a travesti”;
Em vez de “sapatão”, “lésbica”;
Em vez de “veado” (pra mim é “viado”), “gay”;
Em vez de “gilete”, “bissexual”;
Em vez de “Parada Gay”, “Parada LGBT”.

E por aí afora, porque o politicamente correto não tem limites e, em se tratando dessa gente que tem a petulância de se considerar acima dos cidadãos normais e das leis, a coisa vai longe, ainda mais contando com o apoio de um governo de imorais degenerados que abriga o que há de mais podre que uma sociedade pode apresentar.

A introdução do “Manual de Comunicação LGBT da ABGLT” vai abaixo. Quem quiser ler o absurdo todo - 48 páginas - clique aqui.

Há alguns anos, as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) vem ganhando espaço na mídia brasileira. Quase diariamente são publicadas reportagens que tratam, direta ou indiretamente, de orientações sexuais e identidades de gênero nas mais diferentes editorias. Fatos como a realização da I Conferência Brasileira LGBT, convocada pela Presidência da República, em 2008, incentivam o aumento do volume de informação produzida.

No entanto, nem sempre as abordagens da mídia são politicamente corretas. É comum deparar-se com a utilização de termos, formas de tratamento e expressões que reforçam preconceitos, estigma e discriminação.

Por isso, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids (UNAIDS) incentivou a publicação deste Manual de Comunicação LGBT, realizado no âmbito do Projeto Aliadas, da ABGLT. Nele, profissionais, estudantes e professores de comunicação encontrarão informações sobre as expressões técnicas de redação sobre temas relacionados a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

O Manual embasou-se em resoluções aprovadas no I Congresso da ABGLT e na I Conferencia Nacional LGBT. Todos os textos foram elaborados com base na relação já existente do movimento com a mídia e na realidade das redações, agências e outros espaços que, de alguma forma, geram mensagens para e/ou sobre o público LGBT.

Mudança de padrões culturais da sociedade requer o respeito dos profissionais em comunicação com crianças, adolescentes, jovens, idosos, mulheres, negros, índios, pessoas portadoras de deficiências e LGBTs.

O artigo 5º da Constituição Federal estabelece que todos os cidadãos e cidadãs devem receber o mesmo tratamento e que a Dignidade Humana é um bem imensurável e deve ser protegido pelo Estado e garantido pela Sociedade.

Esse Manual, além de explicar didaticamente a terminologia correta a ser usada para falar sobre homossexualidades, lesbianidades, bissexualidades, travestilidades e transexualidades, serve ainda para que profissionais de comunicação não corram o risco de sofrer ações de danos morais e cometer crimes de injúria, calúnia ou difamação.

Os profissionais de comunicação formam, diariamente, a opinião pública de milhões de brasileiros e brasileiras, quer seja no jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo, web-jornalismo, propagandas em outdoors, revistas, mídia, além dos programas de entretenimento, lazer ou culturais de rádio e televisão.

O uso de expressões como “moleques”, “velhos”, “lugar de mulher é na cozinha”, “negro safado”, “programa de índio”, “ceguinho”, “aleijadinho”, “aidético”, “homossexualismo”, “opção sexual”, “o travesti”, “sapatão”, “veado”, “gilete”, além de errado, pode ser ilegal e/ou prejudicar a honra e dignidade de milhões de pessoas e seus familiares.

Ao substituir as expressões “moleques” por “crianças ou adolescentes”, “lugar de mulher é na cozinha” por “mulheres têm o direito de ser independentes”, “negro safado” por “negro que dá orgulho ao Brasil”, “programa de índio” por “índios que povoavam o Brasil antes de nós”, “ceguinho” por “deficiente visual”, “aleijadinho” por “portador de deficiência física”, “aidético” por “portador do vírus da Aids”, “homossexualismo” por “homossexualidade”, “opção sexual” por “orientação sexual”, “o travesti” por “a travesti”, “sapatão” por “lésbica”, “veado” por “gay”, “gilete” por “bissexual”, entre outros termos, os profissionais de comunicação estão colocando sua responsabilidade social e seu profissionalismo acima dos preconceitos sociais.



Além de tudo, esses caras ainda se metem na seara alheia, querendo substituir expressões de uso consagrado por outras que não têm, nem de longe, o mesmo significado:

“Moleques” não é a mesma coisa que “crianças ou adolescentes”;
“Lugar de mulher é na cozinha” não é a mesma coisa que “mulheres têm o direito de ser independentes”;
“Negro safado” não é a mesma coisa que “negro que dá orgulho ao Brasil”;
“Programa de índio” não é a mesma coisa que “índios que povoavam o Brasil antes de nós”;
“Ceguinho” não é a mesma coisa que “deficiente visual” (é mais específico);
“Aleijadinho” não é a mesma coisa que “portador de deficiência física” (é mais específico).
 

9 comentários:

  1. "Orientação sexual"
    Não concordo, eu não fui orientada, nasci como sou e nunca iria ser "orientada" ,eu sempre gostei de brincar de "casamento atras da porta" com meninos e não com meninas ...
    Talvez a sociedade nos oriente, mas quando somos homossexuais nada consegue impedir que a sexualidade penda para o lado que deve pender.
    É também opcao, pois há aqueles(as) que gostam de qualquer coisa ou de tudo, ate com uma cenoura fazem uma suruba.
    Detesto o politicamente correcto, nos tolhe a liberdade de expressão, pois não podemos dizer o que sentimos e o porque sentimos, a opinião esta sendo engavetada em a favor do politicamente correcto.
    Quem hoje tem o direito a tudo são as minorias. Um movimento qualquer americano dos direitos humanos que não lembro o nome, andou a reclamare fazer demonstração fora do recinto na festa dos Oscars porque não havia atores negros premiados com Oscars.
    Acho que querem cotas.
    Passaram do limite.
    ----------------

    O Ricardo talvez aprecie, talvez não sei, eu gosto muito das obras da Haza Hadid e claro do Renzo Piano também.
    Acho lindo este edifício, muito lindo, é uma universidade de arquitectura em Hong Kong.
    http://www.zaha-hadid.com/architecture/jockey-club-innovation-tower/?doing_wp_cron

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    1. Bom, Theresa, eu confesso que não morri de amores por essa estética arquitetônica. Para mim são apenas extravagantes. Resta saber se a funcionalidade e o custo de execução desses projetos valeram à pena. E eu tenho minhas dúvidas.

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    2. Eu não paguei nadinha ahahahahahah
      Gosto muito, gosto ainda mais quando ficam isolados como se estivessem sido jogados ao acaso, não podem ficar esmagados entre um e outro estilo.

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    3. Eu estaria pagando simbolicamente por não gostar.

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  2. (argento) ... olha aí profecia Orwrelliana!!! - tá chegando a "era 1984" com "sua Novistória", Novilíngua, Crimideia, ...

    ... outra coisa, "viado" é viado, o animal não é homossexual mas é vEado; moleque é bantu, MU' LEKE (criança pequena)" - vão tomar no "olho-que-nada-vê", doutos da PQP ...

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    1. Argento, mandar essa gente tomar no "olho-que-nada-vê" é um estímulo!

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  3. Em vez de “o travesti”, “a travesti”; Nem o gênero das palavras essas pessoas conhecem. Travesti é o termo usado para um HOMEM que se traveste de mulher, portanto é masculino, é O travesti, O homem que se travestiu.

    Mas nem tudo está perdido, não incluíram na lista:
    Bicha, bichona, bichinha, traveco, traveca, travecão, travecona, boiola, baitola, frozô, machorra, entendida.

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  4. (argento) ... se Eu tivesse que aplicar a substituição requerida, a de "negro safado" por “negro que dá orgulho ao Brasil”, teria, obrigatoriamente. que optar entre:

    1- Mandar recolher à Cadeia Pública o Negro Joaquim Barbosa
    ou
    2- Mandar soltar, da cadeia, todos os “negros que dão orgulho ao Brasil”

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    1. (argento) ... alguma dúvida sobre os Objetivos (escusos) do "politicamente correto"?

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