Cinema, documentário ou uma simples obra de engenharia? Não
importa. O que realmente interessa é o resultado do magnífico trabalho de
Carlos Augusto Marconi, que reconstituiu integralmente, segundo a segundo, a
final da Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil goleou a Suécia por 5 a 2.
Engenheiro de profissão, Marconi é um aficionado da
digitalização de filmes históricos. Já havia recuperado um filme em 8 mm que
retrata São Paulo nos anos 40 e outro sobre a inauguração do Autódromo de
Interlagos quando encontrou um vídeo da TV inglesa que mostrava a partida
histórica. A péssima qualidade das imagens era compensada por uma preciosidade:
o áudio, com o som das arquibancadas.
Durante meses, Marconi se dedicou a unir esse filme a outro
vídeo do jogo, narrado em russo, que conseguiu comprar pela internet.
Reconstituídas as cenas, ele passou à fase seguinte: sincronizar o áudio, feito
com um mosaico das narrações de Pedro Luiz e Edson Leite, locutores da Rádio
Bandeirantes, de São Paulo, e de Jorge Cury e Oswaldo Moreira, da Rádio
Nacional do Rio de Janeiro. Ao fundo, as palmas e a vibração da torcida.
Finalizado em 2005, o vídeo completo só foi divulgado em
maio deste ano, depois de uma reportagem de Vanessa Correa, repórter da Folha
de S. Paulo. Nele aparecem as jogadas e os movimentos de Garrincha, Pelé,
Orlando, Nilton Santos e outros craques, que até então só existiam na
imaginação dos ouvintes-espectadores.
No Tabelinha Veja Placar desta terça-feira, Marconi contou
um pouco dessa aventura que enfim permitiu ao País do Futebol assistir na tela
ao jogo que todos viram pelo rádio. Abaixo, a obra-prima. Um presente aos
amantes do futebol e, sobretudo, uma homenagem aos que sabem que um país que
não valoriza e preserva o passado estará condenado a não ter futuro.
Aproveitando que o assunto é Copa do Mundo (ou da Fifa), meus parabéns à Theresa que evidentemente torceu pela Bélgica que acaba de mandar a Rússia para casa com um gol no finalzinho do segundo tempo. A próxima Copa da Fifa será na Rússia!
ResponderExcluirTorci sim Zé, alias estavamos com amigos tomando uns copos, festa de aniversario e aproveitamos para comemorar a vitoria da Belgica, demorou sim, já estava impaciente e os meus amigos estavam murchinhos, todos estavam, mas depois ....
ExcluirEu adoro ver os jogos na "Ledeux" canal dois , é em francês e morro de rir.
Gostoso que mandaram os russos para bem longe, a única coisa que eu gosto é o hino nacional russo que acho belíssimo.
Ricardo, sei que não foi você quem escreveu! Porém, em 1958 absolutamente ninguém "viram o jogo" pelo rádio... apenas "ouviram". Lembra da plataforma "Observador Político" onde você exigia que a Flor do Lácio fosse tratada com muito carinho?
ResponderExcluirO problema é que você não conhece o slogan da antiga Rádio Globo: "Veja o jogo ouvindo a Rádio Globo!"...
ExcluirOs suecos nunca mais deixaram de admirar o futebol do Brasil, os que viram e ouviram o jogo ainda falam sobre o assunto, aquela selecao deixou um os suecos com a boca doce.
ResponderExcluirO Garrincha tem uma filha com uma sueca.
Dizem que a primeira coisa que o Garrincha fez quando lá chegou foi procurar um cabaré ou algo assim, não sei se a mae da filha dele era do balacobaco, mas que ele tem uma filha lá, ele tem e como tudo aconteceu eu também não sei.
É um filho, que por sinal é parecido com o Mané.
ExcluirÉ verdade, desculpe, é mesmo um filho. Ser parecido com o Garrincha é foi menos bom, pois espero que não seja alcoolista já que o alcoolismo pode ser hereditário.
ExcluirO entrosamento na defesa foi impecável, os dois laterais sabiam ser ofensivos sem comprometer a defesa e quando avançavam sempre tinha alguém para cobrir. Simplesmente não tinha espaços desocupados. Com a defesa que temos hoje, o Brasil seria goleado facilmente.
ResponderExcluirNo geral, quem jogava menos era o Zagalo, mas jogava muito bem, não era ele que jogava pouco, mas os outros que jogavam muito. Quanto ao Garrincha... fez a jogada no primeiro gol e no segundo gol repetiu a mesma jogada, parece replay, sofreu um pênalti não marcado, ajudou o tempo inteiro na marcação e levou os suecos ao delírio, aplaudiam sempre que ele pegava a bola.
Resumindo, parecia uma orquestra regida por uma divindade (maestro invisível), todos sabiam o que fazer, quando fazer e como fazer.