domingo, 22 de junho de 2014

Imperdível: Brasil 5 x 2 Suécia na final de 1958 - Jogo completo em vídeo!

Do Augusto Nunes

Cinema, documentário ou uma simples obra de engenharia? Não importa. O que realmente interessa é o resultado do magnífico trabalho de Carlos Augusto Marconi, que reconstituiu integralmente, segundo a segundo, a final da Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil goleou a Suécia por 5 a 2.

Engenheiro de profissão, Marconi é um aficionado da digitalização de filmes históricos. Já havia recuperado um filme em 8 mm que retrata São Paulo nos anos 40 e outro sobre a inauguração do Autódromo de Interlagos quando encontrou um vídeo da TV inglesa que mostrava a partida histórica. A péssima qualidade das imagens era compensada por uma preciosidade: o áudio, com o som das arquibancadas.

Durante meses, Marconi se dedicou a unir esse filme a outro vídeo do jogo, narrado em russo, que conseguiu comprar pela internet. Reconstituídas as cenas, ele passou à fase seguinte: sincronizar o áudio, feito com um mosaico das narrações de Pedro Luiz e Edson Leite, locutores da Rádio Bandeirantes, de São Paulo, e de Jorge Cury e Oswaldo Moreira, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Ao fundo, as palmas e a vibração da torcida.

Finalizado em 2005, o vídeo completo só foi divulgado em maio deste ano, depois de uma reportagem de Vanessa Correa, repórter da Folha de S. Paulo. Nele aparecem as jogadas e os movimentos de Garrincha, Pelé, Orlando, Nilton Santos e outros craques, que até então só existiam na imaginação dos ouvintes-espectadores.

No Tabelinha Veja Placar desta terça-feira, Marconi contou um pouco dessa aventura que enfim permitiu ao País do Futebol assistir na tela ao jogo que todos viram pelo rádio. Abaixo, a obra-prima. Um presente aos amantes do futebol e, sobretudo, uma homenagem aos que sabem que um país que não valoriza e preserva o passado estará condenado a não ter futuro.

8 comentários:

  1. Aproveitando que o assunto é Copa do Mundo (ou da Fifa), meus parabéns à Theresa que evidentemente torceu pela Bélgica que acaba de mandar a Rússia para casa com um gol no finalzinho do segundo tempo. A próxima Copa da Fifa será na Rússia!

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    1. Torci sim Zé, alias estavamos com amigos tomando uns copos, festa de aniversario e aproveitamos para comemorar a vitoria da Belgica, demorou sim, já estava impaciente e os meus amigos estavam murchinhos, todos estavam, mas depois ....
      Eu adoro ver os jogos na "Ledeux" canal dois , é em francês e morro de rir.

      Gostoso que mandaram os russos para bem longe, a única coisa que eu gosto é o hino nacional russo que acho belíssimo.

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  2. Ricardo, sei que não foi você quem escreveu! Porém, em 1958 absolutamente ninguém "viram o jogo" pelo rádio... apenas "ouviram". Lembra da plataforma "Observador Político" onde você exigia que a Flor do Lácio fosse tratada com muito carinho?

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    1. O problema é que você não conhece o slogan da antiga Rádio Globo: "Veja o jogo ouvindo a Rádio Globo!"...

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  3. Os suecos nunca mais deixaram de admirar o futebol do Brasil, os que viram e ouviram o jogo ainda falam sobre o assunto, aquela selecao deixou um os suecos com a boca doce.

    O Garrincha tem uma filha com uma sueca.
    Dizem que a primeira coisa que o Garrincha fez quando lá chegou foi procurar um cabaré ou algo assim, não sei se a mae da filha dele era do balacobaco, mas que ele tem uma filha lá, ele tem e como tudo aconteceu eu também não sei.

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    1. É um filho, que por sinal é parecido com o Mané.

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    2. É verdade, desculpe, é mesmo um filho. Ser parecido com o Garrincha é foi menos bom, pois espero que não seja alcoolista já que o alcoolismo pode ser hereditário.

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  4. O entrosamento na defesa foi impecável, os dois laterais sabiam ser ofensivos sem comprometer a defesa e quando avançavam sempre tinha alguém para cobrir. Simplesmente não tinha espaços desocupados. Com a defesa que temos hoje, o Brasil seria goleado facilmente.
    No geral, quem jogava menos era o Zagalo, mas jogava muito bem, não era ele que jogava pouco, mas os outros que jogavam muito. Quanto ao Garrincha... fez a jogada no primeiro gol e no segundo gol repetiu a mesma jogada, parece replay, sofreu um pênalti não marcado, ajudou o tempo inteiro na marcação e levou os suecos ao delírio, aplaudiam sempre que ele pegava a bola.
    Resumindo, parecia uma orquestra regida por uma divindade (maestro invisível), todos sabiam o que fazer, quando fazer e como fazer.

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