Anda rolando pelaí o seguinte texto, de autoria
desconhecida:
“Nada conhecia sobre Thomaz Alckmin, antes de sua trágica
morte. Hoje, lendo cartas de leitores da Folha, me emocionei e senti uma
pequena esperança em nosso Brasil. Thomas Alckmin, diferente do filho do Lula,
que enriqueceu da noite para o dia, deixa um belo exemplo de vida. Ao contrário
também de muitos filhos de políticos deste país, construiu sua trajetória
profissional sem depender das facilidades que o cargo do pai poderia
conferir-lhe, preferindo uma vida longe dos holofotes e trabalhando como piloto
de helicóptero de uma rede de farmácias no interior de São Paulo.
Na imensa dor da família Alckmin, pudemos ter o alento de
saber que o filho do governador do mais rico Estado do país exercia uma função
profissional, igual a uma pessoa comum como eu e você, não ligada ao cargo de
seu pai (Governador por 3 vezes). Nada de consultoria, lobby ou cargo público. O
país se solidariza e agradece o exemplo.”
Peraí! Nem tanto ao mar e nem tanto à terra. Se o texto
representar a verdade, Thomaz foi, com certeza, uma exceção nesse país de
lulinhas, barbalhinhos e lobõezinhos, mas daí a transformá-lo em um exemplo por
não fazer nada mais que a obrigação mínima de um cidadão decente sendo honesto
é muita distância.
De mais a mais, quem garante que esse texto não foi “encomendado”
para limpar a barra do rapaz e do seu pai, eterno postulante a Presidente da
República?
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