O PT lançou um “Caderno de Teses” (link) com sete capítulos: “Um Partido Para Tempos De Guerra”, “Resgatar O Petismo
No PT”, “Mudar Mais: Por Um Novo Ciclo De Mudanças Democráticas No País”, “Contribuição
Da Militância Socialista”, “O 5º Congresso Do PT: Manifesto”, “O Tempo Não Para”
e “Abaixo A Política De Austeridade”. Cada capítulo foi escrito por uma “tendência”
ou “chapa” do partido, a saber, respectivamente: “Direção Nacional da
Articulação de Esquerda”, “Diálogo e Ação Petista”, “Mensagem ao Partido”, “Militância
Socialista”, “O Partido que Muda o Brasil”, “Partido Para Todos e Na Luta”
(Movimento PT/Tribo/Socialismo XXI e independentes) e “Virar à Esquerda! Reatar
com o Socialismo!”
Escrito em março, logo após as manifestações contra o
governo do dia 15, o calhamaço de 165 páginas (haja besteira para escrever) é o
sinal evidente que a petralhada sentiu que o negócio ficou feio pra eles.
O estrupício ficou até gozado: uma mistura de desespero, com
manual de guerrilha do Marighela e manifesto comunista.
Vejam só uma das pérolas em “Um Partido Para Tempos De
Guerra”, escrita pela “Direção Nacional da Articulação de Esquerda”,
capitaneada pelo indefectível Valter Pomar, comuna que espuma ódio contra o
capitalismo pelos cantos da boca:
“10. A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É
plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do
governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda
do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação
do governo dividir a esquerda e alimentar a direita. Por isto, o 5º Congresso
do PT deve dizer ao governo: que os ricos paguem a conta do ajuste, que as
forças democrático-populares ocupem o lugar que lhes cabe no ministério, que a
presidenta assuma protagonismo na luta contra a direita, contra o “PIG” e
contra a especulação financeira.”
É mole? Os caras não querem mais nada não? É muita cara de
pau!
É lógico que eu não li tudo. Ainda. Mas vou ler para dar
boas gargalhadas. Por enquanto fico com as observações de Ronaldo Caiado que
leu pelo menos o primeiro capítulo e discursou no Senado a respeito.
Tive que imprimir e ler em plenário do Senado trechos do
caderno de teses que o PT vai levar ao seu congresso partidário para que meus
colegas acreditassem na veracidade do que está ali escrito. Um partido que está
no poder há 12 anos lança um documento oficial chamado “Um partido para tempos
de guerra”. Estão loucos? Um caderno que fala em “demitir ministros
capitalistas”? Em argentinizar nossa credibilidade propondo o calote nas
dívidas internas e externas? Em “estatizar a Rede Globo e abrí-la para os movimentos
sociais”?
A lista de devaneios segue e não se acha uma proposta
visando melhorar o país. Para eles, o partido está acima de tudo, o Brasil é
secundário. O caderno chega ao cúmulo de pedir para eliminar qualquer
criminalização de movimentos sociais. Querem criar uma nova casta, onde CUT,
MST e as tropas do general Stédile ficariam inimputáveis. Livres para agir como
os coletivos de Maduro, na Venezuela.
Como falei mais cedo, é sintomático que os dirigentes
petistas gestados nessa política partidária tenham o DNA do autoritarismo, da
aversão à democracia e da utilização das instituições como ferramentas de
corrupção. E a origem de tudo isso é o Foro de São Paulo, esta organização que
estabeleceu essas diretrizes para que PT e outros partidos de esquerda na
América Latina se perpetuassem no poder às custas da deterioração de nossas
instituições. E o pior: o principal financiador de tudo isso, como alerta Olavo
de Carvalho, é o Estado brasileiro operado pelo PT.
(argento) ... sei não, "o caderno" tem cheiro de Kominform ...
ResponderExcluir(argento) ... http://sites.unisanta.br/revistaceciliana/edicao_08/7.pdf
Excluir