Devidamente chupado (êpa!) do Magu lá no Blog do Giulio Sanmartini, esse texto publicado na Folha sobre o livro de Adrian Furnham, “50 Ideias de Psicologia que Você Precisa Conhecer”, claramente nos remete a uma figura sobejamente conhecida. Resta a dúvida do eterno dilema da Tostines: Lula é psicopata porque é criminoso ou é criminoso porque é psicopata? Eu aposto em palpite duplo.
Os psicopatas nunca assumem responsabilidade quando são
pegos. Fugir é o primeiro comportamento de um psicopata acossado, ele deixa
para trás colegas, família e devedores. “A próxima reação é mentir aparentando
fraqueza e sinceridade”, escreve Adrian Furnham em “50 Ideias de Psicologia que
Você Precisa Conhecer”.
“Os psicopatas são, basicamente, amorais”, diz. “São capazes
de elaborar desculpas e racionalizações, de modo que muitas vezes apresentam
uma fachada convincente de competência e maturidade”.
Apesar de os psicopatas assassinos serem os mais famosos
dentre aqueles que apresentam transtorno de personalidade antissocial, parte
deles vive de golpes, mentiras, trapaças e crimes corporativos. A falta de
remorso e de apreço pelos sentimentos alheios, não necessariamente o homicídio,
são características da psicopatia.
O psicopata é incapaz de ser leal a qualquer pessoa além de
si mesmo. A particularidade é a falta de empatia, palavra usada para descrever
uma projeção mental na qual o indivíduo presume o que o outro está sentindo.
Quando são interrogados sobre justiça e moralidade, as
respostas são convencionais e consideradas corretas, mas não aplicam esse
conhecimento aos seus atos.
“São indiferentes a magoar, ferir, maltratar ou roubar os
outros ou racionalizarem esses comportamentos”, conta Furnham. “Pode parecer
que classificá-los de antissociais não passa de um grande e sério eufemismo”.
No trabalho, eles podem ser considerados produtivos e
bem-sucedidos. A explicação para o sucesso estaria na tendência de adotar
qualquer estratégia para vencer, como descobrir os benefícios das pessoas,
explorá-las e descartá-las sem consideração por qualquer promessa feita.
Em “Ponerologia: Psicopatas no Poder”, o psiquiatra polonês
Andrew Lobaczewski (1921-2007) apresenta uma pesquisa sobre a atuação dos
psicopatas na política. A análise de Lobaczewski nos faz pensar que nenhum
serial killer foi capaz de provocar tantos danos à sociedade quanto aqueles que
podem governar uma nação.
A ideia de insano e mau surgiu no início do século 20. “Alguns
acreditam que o termo ‘psicopata’ para diagnosticar ou se referir a uma pessoa
é vago”. No livro, Furnham relata quais são os critérios para o diagnóstico,
como irresponsabilidade, impulsividade, superficialidade e vaidade.
“Eles se comportam como se as regras e os regulamentos
sociais não se aplicassem a eles”, diz. “Não têm respeito a autoridades e
instituições, família e tradições”.
Os textos de “50 Ideias de Psicologia que Você Precisa
Conhecer” apresentam conceitos e autores fundamentais da psicologia. Efeito
placebo, inteligência emocional, QI, neuroses, inteligência artificial e
dislexia são alguns dos temas abordados por Furnham.
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