Pasmem, senhores! Cinco dos seis secretários escolhidos
pelos partidos para compor a Mesa Diretora da Câmara têm problemas com a
Justiça. Entre as acusações que pesam sobre eles há desde trabalho escravo a
lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.
Eu aceito. É difícil mesmo encontrar um sujeito honesto entre 513 deputados.
O primeiro secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), foi
condenado em abril do ano passado, por manter em sua fazenda em Goiás
trabalhadores em função análoga à escravidão, além de explorar mão de obra
infantil. O deputado negou que agisse contra a lei e afirmou que funcionários
de sua propriedade foram absolvidos da acusação em outras instâncias. Mas seu
caso não é isolado.
O primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA),
responde a um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) no qual é
acusado, com outros parlamentares, de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Ele foi flagrado em conversas telefônicas, com autorização da Justiça, durante
a Operação Miqueias, da Polícia Federal, que investigou uma quadrilha que agia
no desvio de recursos de fundos de pensão nos estados e municípios. De acordo
com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, na
interceptação telefônica Maranhão conversaria com o doleiro Fayed Traboulsi,
também envolvido com a Operação Lava-Jato. Além disso, Maranhão teve a
prestação de contas de sua campanha em 2010 rejeitada pelo Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-MA). Ele recorreu, mas o Tribunal Regional manteve a decisão.
O segundo vice-presidente, Giacobo (PR-PR), responde, desde
2008, a um inquérito no STF sobre crimes contra a ordem tributária. O processo
está com o ministro Celso de Mello desde setembro de 2011.
Já o segundo-secretário, Felipe Bornier (PSD-RJ), é acusado
de uso indevido de meio de comunicação social nas eleições do ano passado.
Alex Canziani (PTB-PR), quarto secretário, é réu em uma ação
civil pública por improbidade administrativa com dano ao Erário quando ele foi
vice-prefeito interino de Londrina (PR). A ação teria sido motivada por causa
da contratação de um buffet na época em que ele se candidatou a deputado. A
Justiça decretou a indisponibilidade dos bens dele e a quebra de seu sigilo
bancário.
Fonte:: O Globo
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