sábado, 28 de fevereiro de 2015

‘Quando os intelequituaus do PT fala, aja de ajar Prasiu na veia!’

Marilena Chauí, Cândido Mendes, Fabio Konder Comparato, Franklin Martins, João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Luiz Pinguelli Rosa e Maria da Conceição Tavares. O que a simples lembrança desses nomes causa em vocês eu não sei, mas em mim, além do asco, dá uma sensação de ressaca com direito a vômito, tonteira e dor de cabeça, principalmente quando quem os anuncia os classifica como “intelectuais” e declara que os ditos cujos fizeram algo “em defesa da democracia”, quando se sabe que não há um entre eles que seja democrata.

O caso agora é que há uma semana essa turma e mais uma penca de congêneres divulgou um mais um manifesto, desta vez, segundo o site petralha “Revista Forum”, denunciando “a clara tentativa de golpe conta o governo e a Petrobras”.

Manifesto: O que está em jogo agora

A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.

Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.

Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados.

Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial.

Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.

O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.

20 de fevereiro de 2015

Alberto Passos Guimarães Filho, Aldo Arantes, Ana Maria Costa, Ana Tereza Pereira, Cândido Mendes, Carlos Medeiros, Carlos Moura, Claudius Ceccon, Celso Amorim, Celso Pinto de Melo, D. Demetrio Valentini, Emir Sader, Ennio Candotti, Fabio Konder Comparato, Franklin Martins, Jether Ramalho, José Noronha, Ivone Gebara, João Pedro Stédile, José Jofilly, José Luiz Fiori, José Paulo Sepúlveda Pertence, Ladislau Dowbor, Leonardo Boff, Ligia Bahia, Lucia Ribeiro, Luiz Alberto Gomez de Souza, Luiz Pinguelli Rosa, Magali do Nascimento Cunha, Marcelo Timotheo da Costa, Marco Antonio Raupp, Maria Clara Bingemer, Maria da Conceição Tavares, Maria Helena Arrochelas, Maria José Sousa dos Santos, Marilena Chauí, Marilene Correa, Otavio Alves Velho, Paulo José, Reinaldo Guimarães, Ricardo Bielschowsky, Roberto Amaral, Samuel Pinheiro Guimarães, Sergio Mascarenhas, Sergio Rezende, Silvio Tendler, Sonia Fleury, Waldir Pires.

Agora vejam: não bastasse defender a podridão administrativa e o aparelhamento petralha, esses mequetrefes ainda “acusam” que a estatal tem meio milhão de funcionários para produzir a merreca 2,5 milhões de barris de óleo e gás natural diários, o que dá 5 barris por funcionário ao dia, como se fosse a oitava maravilha do mundo - “a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas”, dizem eles. Talvez por ignorância ou má fé - ou ambas - eles omitem o fato que a Petrobras está nos últimos lugares em produtividade entre as petrolíferas. Para se ter uma ideia, a Saudi Aramco produz 12,7 milhões de barris diários com 56 mil empregados, o que dá 226 barris/dia por funcionário, simplesmente 45,2 vezes a produtividade da Petrossauro.

Demétrio Magnoli em seu excelente artigo “Voz do Brasil”, manda ver:

Os “intelectuais de esquerda”, móveis e utensílios do Planalto, escreveram o manifesto para, preventivamente, atribuir a mudança de rumo aos “conspiradores da mídia”. Por meio dessa trapaça, conciliam a fidelidade ao “governo popular” com seus discursos ideológicos anacrônicos. Ficam com o pirulito e a roupa limpa.
[...]

Franklin Martins, o verdadeiro autor do manifesto, cometeu um erro tático ao colocar seu nome entre os signatários. Ao fazê-lo, o ex-ministro descerra o diáfano véu de independência que cobriria a nudez do texto. O manifesto não é a “voz da sociedade”, nem mesmo de uma parte dela, mas a Voz do Brasil. Nasceu no Instituto Lula, como elemento de uma operação de limitação dos efeitos da Lava-Jato. Enquanto os “intelectuais de esquerda” assinavam uma folha de papel, Lula reunia-se com representantes do cartel das empreiteiras e Dilma preparava o “acordo de leniência” destinado a restaurar os laços de solidariedade entre as empresas e os políticos.

6 comentários:

  1. Não faltou o inergumeno com o segundo ano primário e PHD em Zimbabwe, o tal de Santayana na lista? Não o vi lá, mas merecia estar lá.
    Este é de uma intelectualidade fantasma, é pueril e vive em um mundo auto-construído, deve ganhar subsidio , bolsa do PT para continuar a cultivar a imbecilidade.
    Imagino que um "intelectual" deste gabarito ltente ler Foucault "o perverso demente"

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  2. Malfeito é o estádio Arena do Pantanal, que foi construído para a Copa e interditado seis meses depois.

    (http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1578730-seis-meses-apos-inauguracao-arena-pantanal-e-interditada-pelo-governo.shtml)

    Campanha para esvaziar a Petrobras foi o que o PT fez, esvaziou os cofres, as contas bancárias e até o lucro futuro. Talvez a Petrobras seja a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas, mas isso não serve para nada, pois é única com dívida maior que o patrimônio.

    De repente, não mais que de repente, o Brasil tornou-se um país cujo desenvolvimento e sobrevivência depende exclusivamente de uma empresa petroleira. Se existe um país nessa condição é a Arábia Saudita, que se recusou a diminuir a produção para que o preço do petróleo não caísse. A Arábia Saudita (acusada de aliada dos EUA) justificou sua posição com a seguinte declaração: “A idade da pedra não terminou por falta de pedras”.

    Parece que existem pessoas convencidas de que, quando o petróleo deixar de ser usado como combustível de veículos e usinas, a Petrobras sobreviverá vendendo petróleo para os usuários de tochas. Provavelmente o PT criará a PEDRAbras, a única grande empresa de pedras a ter reservas e produção continuamente aumentadas.

    O desenvolvimento tecnológico das duas grandes empresas (Petrobras e PEDRAbras) resultarão na invenção da manivela e consequentemente na criação da MANIVELAbras, que terá a importante função social de ajudar a população a economizar pedras e petróleo.

    Resumindo: AAAAIIIIIIII! Que preguiça!!!!!!!!!

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    1. Dando continuidade à preguiça:

      Tenho criticado o Joaquim Levy (aqui no TMU) antes mesmo de ele assumir o ministério, tenho criticado constantemente ao mesmo tempo em que os GRANDES comentaristas o exaltavam.

      Mas terminei de escrever meu comentário aqui e encontrei isso:

      http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2015/02/dilma-e-levy-grosseira-e-o-infeliz.html

      E a preguiça só aumenta.

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  3. As pedras são para lapidar os petistas?
    Hum!

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  4. O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, merece o título de membro honorário dessa lista. Afirma que sua casa foi invadida, que corre risco de vida e DISPENSOU a investigação da Polícia Federal. Já estou sentido preguiça de sentir preguiça.

    http://otambosi.blogspot.com.br/2015/02/a-esquisita-historia-de-janot-quanto.html

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  5. Bresser Pereira, mais um membro honorário da lista:

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1596370-ricos-nutrem-odio-ao-pt-diz-ex-ministro.shtml

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