Claudio Humberto
A derrota do governo Dilma, com a eleição de Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados, enfureceu o ex-presidente
Lula e os lulistas do PT. Eles atribuem a derrota ao ministro Aloizio
Mercadante (Casa Civil), que dispensou sua ajuda e afastou o vice Michel Temer
da articulação, tudo para tentar receber os louros de eventual vitória de
Arlindo Chinaglia (PT-SP). O tiro saiu pela culatra.
Alijado e prenunciando o desastre do PT na Câmara, Lula
desabafou, como esta coluna revelaria, que Mercadante “sequestrou o governo”.
Para Lula, o chefe da Casa Civil não tem a indispensável
paciência, a humildade passou longe e lhe falta, “sobretudo, inteligência
política”.
Chamado na Câmara de “Mercapedante”, o ministro mal conhece
os parlamentares e, como Dilma, trata a todos com solene desdém.
Na Câmara, o PT voltou ao seu tamanho nos anos FHC: sem
cargo na Mesa e aspirando, no máximo, a presidir a Comissão de Educação.
Aliás, na festa de comemoração da eleição de Eduardo Cunha, com
direito a champanhe e finas iguarias em uma casa de festas do lago Sul, o pessoal
também debitou a derrota na conta da dupla de articuladores “Pepe Legal e
Freddie Mercury”, como batizaram ironicamente os ministros Pepe Vargas, de
Relações Institucionais, e Aloizio Mercadante.
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