quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Espíritas acusam blog de preconceito - TMU responde e Milton Valdameri esclarece

Antes do texto do Milton, eu preciso dizer alguma coisa a respeito. Em primeiro lugar, lamento que uma pessoa, que se identifica como Ricardo Gasparini, se preste ao papel de comentar dezenas de vezes defendendo o kardecismo e argumentando contra coisas que não foram ditas por mim nem por ninguém, para depois apagar todos os seus comentários, em uma clara demonstração de covardia e reconhecimento de derrota.

Aliás, ficou bem a caráter, parecendo que eu e o Milton estamos argumentando com um espírito que só nós enxergamos. Coisas do kardecismo... Isso se deu no post “Papa recebeutransexual e agora vai receber médium espírita. Não demora e baixa um “santo”no Chico”.

Uma outra coisa: quanto aos preconceitos acusados, eu desafio quem quer que seja a mostrar que eu prego a inexistência de “espíritos” ou que sou contra os homossexuais. Há uma distância enorme entre isso e criticar embusteiros exploradores da fé alheia ou os comportamentos histriônicos de certos gays que querem nos impor uma “cultura” imoral.

Dito isto, aí vai o texto do Milton Valdameri:

Acusar o blog de ter comentários preconceituosos contra espíritas, católicos e o Papa, requer a citação dos referidos comentários, sem isso é pura e simplesmente calúnia, injúria e difamação.

Ninguém criticou a obra de caridade do Divaldo Franco, a crítica é dirigida a doutrina que ele divulga e ganha muito dinheiro com isso. Mas não pode ser considerado irrelevante o fato de que a caridade tem como objetivo dar credibilidade à doutrina, então é no mínimo questionável se a caridade que ele pratica rende lucros ou não.

Não existe doação obrigatória e o dízimo também não é obrigatório. O discurso de não cobrar, apenas aceitar doações é muito pior que estabelecer um preço, pois a pessoa que faz a doação nunca sabe como será recebida a quantia doada e deixar de fazer a doação pode ser visto de forma pouco honrada.

Chico Xavier escreveu mais de 400 livros, um pior que o outro e todos dizendo as mesmas baboseiras. Nunca consegui encontra uma lista com todos os livros do Chico, por que será? Também nunca encontrei nenhuma prestação de contas sobre a aplicação em obras de caridade dos direitos autorais do Chico, por que será?

Para entender a obra de caridade do Chico Xavier, basta fazer alguns cálculos básicos. A instituição em Uberaba foi criada para recuperar a imagem do Chico depois que Amauri Penna, sobrinho dele, denunciou a fraude das psicografias. A instituição atendia em média menos de 40 pessoas por dia, uma refeição por dia, 5 dias por semana. O público que visitava o centro espírita era em média superior a 500 (quinhentas) pessoas por mês.

Então vejamos:

a) Além das doações em dinheiro, a instituição também recebia doação de alimentos e outras coisas para sua manutenção e contava com trabalho voluntário.

b) Com 10 (dez) Reais é possível fazer uma refeição razoável em algumas lanchonetes, bares e restaurantes populares. Os estabelecimentos não recebem nada de graça, pagam impostos e funcionários.

c) Dificilmente a média nas doações ao centro espírita ficaria abaixo dos 50 (cinquenta) reais, é difícil imaginar alguém ir até Uberaba devido à admiração pelo Chico e doar menos que isso.

d) Não pode deixar de ser analisado o custo que os visitantes tinham. Passagem de ida e volta, despesa com alimentação, compra de livros, lembranças souvenires, mais a doação propriamente dita. Para o publico de São Paulo poderia custar uns R$ 100,00 (Cem reais), para aqueles de Porto Alegre, Recife e outros locais distantes custaria muito mais caros. Então é legítimo considerar uma média de R$ 200,00 (duzentos Reais) por pessoa.

Calculando:

a) 40 pessoas (refeições) por dia; 5 dias por semana; 4 semanas por mês; 10 Reais por refeição. 800 refeições x 10 reais = R$ 8.000,00 (oito mil Reais) em estabelecimentos comerciais.

b) 500 pessoas por mês; 50 reais de doação por pessoa = R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Então constata-se que, mesmo pagando as refeições em estabelecimentos comerciais, não seria destinado TUDO para a caridade. Sobrava mais que um salário de médico do SUS.

c) 500 pessoas por mês; despesa de 200 reais por pessoa = 100.000 (cem mil reais) por mês. Dinheiro suficiente para pagar 10 mil refeições por mês em estabelecimentos comerciais resultavam em 800 refeições em instituição de caridade.

Resumindo, Chico Xavier se promovia com a caridade dos outros. Se ele não ficou rico, então alguém pôs a mão do no dinheiro. Concordo que o Chico não mostrava interessem em dinheiro, mas é explícito que ele desejava ser idolatrado o tempo todo.

6 comentários:

  1. Passaram mais de 30 horas sem comentários, pode decretar WO.

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    1. "500 pessoas por mês; 50 reais de doação por pessoa = R$ 20.000,00 (vinte mil reais)". O correto é R$ 25.000,00 (vinte e CINCO mil reais), mas acho que não faz muita diferença na demonstração do raciocínio.

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    2. Tô cagando. Só assim essa gente não me dá trabalho. Argumentar com surdos cerebrais é dose!

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    3. Nossa! Sinceramente não acredito que você escreveu essa asneira...Acompanho teu blog e sou (era) fã das tuas críticas ácidas e perspicazes, principalmente diante do cenário político nacional...
      Agora questionar a “inquestionável” obra de caridade do Chico Xavier pra mim é demais...Não vou nem falar na sua falta de respeito em dizer que as obras dele diziam as mesmas “baboseiras”...Tudo bem! É um direito seu pensar assim...
      Mas falar de alguém que SEMPRE viveu o mais humildemente possível, doando tudo que recebia em prol de outras pessoas, inclusive a sua aposentadoria de servidor público, que nunca desfrutou de luxo nenhum, pra mim é demais !!! Vejo que você é mesmo um idiota!!!

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    4. Caro JB "Locco", como alguém que SEMPRE procurou ser o centro das atenções pode ter vivido humildemente?

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    5. Bom, JB Lotto, se você ler de novo vai ver que eu não escrevi uma linha sequer sobre Chico e muito menos sobre suas supostas obras de caridade. O texto é do Milton Valdameri.

      Será possível que exista tanta gente que lê, mas não presta atenção e, mesmo assim, sai criticando o que não existe?

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