Alguns leitores já tinham me pedido para comentar sobre essa
“birra” entre a direita, e eu vinha evitando, pois acho que tudo que não
precisamos agora é de um racha entre os antipetistas, e também porque,
confesso, eu ainda nem vi o vídeo do Villa. Soube que Olavo até me citou esses
dias, dizendo que eu também já o chamei de “embusteiro” e depois reconheci que
“paguei mico”. Eu reconheci alguns erros sim, mas continuo condenando a postura
de Olavo em vários aspectos, por achar que ele é um desperdício de intelecto, principalmente quando se coloca a
“debater” com qualquer um e parte logo
para os xingamentos, algo inadequado num filósofo, e também por julgar que
há, entre seus muitos seguidores, certo clima
de seita sob um guru infalível, algo inaceitável para um bom mestre. A
própria reação de muitos, acusando Villa de “socialista” ou “vendido”,
demonstra isso.
Villa errou nesse caso em particular, em minha opinião, mas
não é um “vendido”, tampouco um “agente da esquerda”. Acho que ele apenas tenta
se distanciar de uma direita tida como mais extremista ou caricata, até mesmo
por esse tipo de postura, e nesse afã falou bobagem, levantou bola
desnecessária para o inimigo, e deveria pedir desculpas a Olavo. Dito isso,
trata-se de um historiador sério e um grande combatente do petismo, que merece
todo nosso apoio e respeito. Olavo, por seu lado, deveria se tocar que já teve
boa parte de seu prestígio resgatado, que tem muito conhecimento e que poderia
colocá-lo a serviço da causa conservadora ou antipetista (não são sinônimos) de
forma mais inteligente, em vez de sair xingando qualquer um que dele discorda e
fomentando, de certa forma, esse clima de briga. Olavo parece viciado em
polêmica, mas a direita precisa, hoje mais do que nunca, de união e agregação.
É, inclusive, o que me levou a reconhecer meus erros em relação ao próprio
Olavo…
Eu assino embaixo do que diz Constantino, mas com um detalhe:
não tenho a menor dúvida que Olavo é irrecuperável. Não adianta pedir nem
torcer porque ele nunca vai servir a alguma causa que não seja sua, criada por
ele. É um “mascarado” de marca maior.