Publicado em 14 de julho de 2014, esse importante artigo mostra a colcha de retalhos em foi transformado o Brasil pelos últimos governos, sem o menor critério. São indios, quilombolas, assentados - sem falar nas ONGs -, enfim, é toda a sorte de parasitas sociais que hoje são os donos do Brasil. É de doer!
OBS.: Cliquem nos mapas para ampliá-los.
OBS.: Cliquem nos mapas para ampliá-los.
Evaristo Eduardo de Miranda, Coordenador do GITE – EMBRAPA: O
Brasil acabou?
Em 25 anos, o Governo federalizou quase 35% do território
nacional destinando-o a unidades de conservação, terras indígenas, comunidades
quilombolas e assentamentos de reforma agrária. Sem planejamento estratégico
adequado, esse conjunto de territórios resultou essencialmente da lógica e da
pressão de diversos grupos sociais e políticos, nacionais e internacionais.
Agora, o país está diante de um desafio de gestão territorial, gerador de
conflitos cada vez mais agudos, conforme mostram os dados reunidos pelo Grupo
de Inteligência Territorial Estratégica – GITE da EMBRAPA (FIG. 1).
Nas unidades de conservação, a legislação ambiental brasileira
ainda define no seu entorno externo uma zona de amortecimento onde as
atividades agrícolas (e outras) são limitadas por determinações da gestão da
unidade de conservação (proibição de transgênicos, de pulverizar com aviação
agrícola etc.). A largura dessa zona é variável. Estimativas por
geoprocessamento avaliam o seu alcance territorial entre 10 a 80 milhões de
hectares adicionais (1 a 9% do Brasil), dependendo da largura dessa faixa que
pode variar entre as unidades de conservação e mesmo ao longo do perímetro de
uma única unidade (FIG. 3).
Segundo a FUNAI, 584 terras indígenas ocupam aproximadamente
14% do território nacional. Reunidas, essas duas categorias de áreas
protegidas, eliminando-se as sobreposições, ocupam 247 milhões de hectares ou
29% do país (FIG. 4).
A atribuição de terras pelo Governo Federal não acaba por
aí. Sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA) existem 9.128 assentamentos, de diversas naturezas e estágios
de implantação (FIG. 7). Eles ocupam 88,1 milhões de hectares, ou seja, 10,2%
do Brasil ou 14,4% do que resta quando descontado o território já atribuído às
áreas protegidas. Essa área equivale a quase o dobro da cultivada atualmente em
grãos no Brasil, responsável por cerca de 190 milhões de toneladas na última
safra.
Pelos dados do INCRA e da Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial, as 268 áreas quilombolas decretadas ocupam cerca
de 2,6 milhões de hectares (FIG. 7). No conjunto mais de 290 milhões de hectares,
34% do território nacional, estão atribuídos.
O mapa do Brasil com mais de 11.000 áreas atribuídas,
essencialmente pelo Governo Federal, impressiona e permite visualizar a
complexidade da situação atual (FIG. 8). Esse mapa ilustra o tamanho do desafio
de gestão territorial e fundiária. Cada uma dessas unidades pede um tipo de
gestão, avaliação e monitoramento específicos e transparentes.
O Governo Federal continuará atribuindo-se mais e mais
extensões de terra que, na maioria dos casos, sairão do controle dos estados e
municípios. Há Estados em que boa parte de seu território já foi “federalizada”
por decretos federais de atribuição de áreas que estarão por muito tempo sob o
controle de órgãos e instituições federais.
Além das áreas já atribuídas, existem milhares de
solicitações adicionais para criar ou ampliar mais unidades de conservação,
terras indígenas, assentamentos agrários e quilombolas. Cada vez mais, as novas
áreas reivindicadas já estão ocupadas pela agricultura e até por núcleos
urbanos. Esse quadro complexo de ocupação e uso territorial representa um
enorme desafio de governança fundiária e envolve conflitos graves, processos
judiciais, impactos sociais e implicações econômicas significativas.
Além das demandas adicionais desses grupos, minorias e
movimentos sociais, todos com sua lógica e legitimidade, há ainda a necessidade
de compatibilizar essa realidade territorial com crescimento das cidades, com a
destinação de locais para geração de energia, para implantação, passagem e
ampliação da logística, dos meios de transportes, dos sistemas de
abastecimento, armazenagem e mineração.
O país campeão da preservação territorial exige que os
agricultores assumam o ônus de preservar porções significativas no interior de
seus imóveis rurais, como reserva legal ou áreas de preservação permanente, num
crescendo que pode começar com 20% e chegar a 80% da área da propriedade na
Amazônia. A repercussão do crescimento do preço da terra no custo dos alimentos
é apenas um dos reflexos dessa situação.
Como disse Maurício Lopes, presidente da Embrapa, em artigo
no Correio Brasiliense (8/6/2014), os pesquisadores brasileiros estão cientes
de que somente sistemas de gestão territorial estratégicos poderão garantir a
compreensão do potencial e dos limites da base de recursos naturais e dos
processos de uso e ocupação das terras. E ajudar a superar esse grande e
inédito desafio de inteligência territorial. Mas, só pesquisador não basta.
(argento) ... convém lembrar, EMBRAPA = Monsanto ...
ResponderExcluirPorra! Parasitas sociais foi um must...
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