Deu na revista Sociedade Militar
A fatídica ligação, que acabou de mostrar ao Brasil e ao
mundo que a presidente Dilma Rousseff nomeou Lula como chefe da Casa Civil
apenas para protegê-lo da operação Lava Jato, foi realizada por meio de um
celular que não pertencia a Dilma ou a Lula.Talvez Dilma não acreditasse que o
celular usado por um oficial do Exército fosse grampeado pela Polícia Federal.
Mas foi.
Sim, é isso mesmo. E vamos explicar. O segurança Valmir
Moraes da Silva começou a trabalhar com Lula quando era sargento. Dizem que é
pessoa simples. O militar hoje é oficial do Exército Brasileiro, da arma de
Engenharia, porque recebeu promoção a segundo tenente em 2013.
No ano passado, o tenente Valmir foi citado pelo UOL como
“gastador”. O militar teria gasto mais de 80 mil reais com combustível para os
carros do ex-presidente Lula.
Está mais do que óbvio que Lula desconfiava que poderia
haver escutas telefônicas em aparelhos usados por ele e sua família. Por isso
mesmo em todas as ligações que realizava fazia questão de dizer que era um
pobre coitado, perseguido pela polícia federal e pelos coxinhas.
O ex-presidente Lula não usava celular em seu nome. Seu
segurança, Valmir Moraes da Silva, que o acompanha há uma década, é quem lhe
cedia o aparelho toda vez que precisava contatar alguém. Mas o aparelho celular
também não estava em nome de Valmir. Foi registrado no nome de outra pessoa,
uma espécie de laranja de celular. Segundo a Lava Jato, é por isso que Lula
discorria tão livremente por esse aparelho, não acreditava que seria também
monitorado.
Como outros alvos já grampeados recebiam ligações seguidas
do número usado pelo tenente Valmir, os agentes requisitaram o grampo e o juiz
Sérgio Moro autorizou. E o resultado todos sabem.
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