“Podem querer derrubar o governo, podem prender
arbitrariamente o Lula ou quem quer que seja, podem querer criminalizar os
movimentos populares, mas achar que vão fazer isso e depois vai reinar o
silêncio e a paz de cemitério é uma ilusão de quem não conhece a história de
movimento popular neste País. Não será assim. Há setores do mercado que acham
que vão tirar Dilma e vão fazer as “reformas estruturais” que se precisa para a
sociedade brasileira. O escambau. Este País vai ser incendiado por greves, por
ocupações, mobilizações, travamentos. Se forem até as últimas consequências
nisso não vai haver um dia de paz no Brasil.” Guilherme Boulos, coordenador
do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e da Frente Povo sem Medo, que
congrega organizações ligadas aos “movimentos sociais”, ontem, em entrevista
coletiva para anunciar atos marcados para esta quinta-feira em diversas cidades
brasileiras “em
defesa da democracia e de uma saída pela esquerda”. A mobilização
conta com apoio de artistas, juristas, economistas e intelectuais.
“O espírito dessa mobilização é dizer que estamos extremamente
preocupados com esta ofensiva antidemocrática e golpista no Brasil, mas que ao
mesmo tempo não nos identificamos com a política deste governo. Entendemos que
as políticas assumidas pelo governo Dilma são indefensáveis. Defender a
democracia não significa defender este governo”, vituperou o sacripanta.
E ainda:
“Não é de hoje que o Estado brasileiro é seletivo. A adoção
da Justiça de exceção é regra desde sempre nas periferias urbanas, contra
pobres e negros. Direito de defesa aqui nunca existiu”. Segundo
Boulos, a TV Globo foi escolhida como alvo por ser é um símbolo da ação das “forças
conservadoras e golpistas”.
Dar o espaço de uma entrevista coletiva para um criminoso
perigoso como Boulos é um acinte ao bom senso e à Justiça. Cagado pelo PCdoB, o
MTST, à imagem do MST, é mais uma dessas “organizações” de apoio ao governo, cujo
modo de atuação é o crime pelo crime, ainda mais agora, com a petralhada do
poder - toda ela - envolvida em todo tipo de imposturas possíveis e
imagináveis. É quadrilha defendendo quadrilha.
Não sei como anda o clima nas Forças Armadas, mas caso essas
ameaças se concretizem, elas vão, forçosamente, ter que intervir, sob pena de
termos uma guerra civil deflagrada. Aliás, seria até mais prudente que elas
agissem imediatamente, de forma preventiva. Mais tarde pode ser muito tarde.
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