Folha e Tribuna da Internet
A empresa Granero Transportes admitiu, em nota divulgada
nesta sexta (4), que o pagamento dos serviços de armazenagem do acervo
museológico do Instituto Lula foi feito pela construtora OAS, como apoiadora do
Instituto. O contrato durou cinco anos, com valor mensal de mais de R$ 21 mil e
teve fim no começo de janeiro deste ano, quando o Instituto retirou os bens.
A adega de Lula, que incluía 99 caixas de bebida, com um
custo mensal de mais de R$ 4 mil para armazenagem, também ficou na empresa, por
um período mais curto, e foi entregue pela empresa, em junho de 2012, em um
sítio em Atibaia (SP). Documentos que integram a 24ª fase da Operação Lava
Jato, mostram que o inventário incluía principalmente vinhos.
A empresa entregou ao Ministério Público Federal do Paraná
toda a documentação referente à mudança de Lula para o interior de SP, a pedido
dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Dentre a papelada está a lista
de bebidas de três adegas em Brasília: da Granja do Torto e do Palácio da
Alvorada, ambos residências da Presidência, e também do “escritório da
primeira-dama [Marisa Letícia]”.
A lista é extensa e inclui vinhos, champagnes e espumantes
de diversas origens – desde bebidas do Brasil até da Argentina, França, Espanha
e Itália, por exemplo. Custam uma média de R$ 100 a R$ 300, em preços atuais do
mercado.
A relação também inclui cachaças e destilados, como as
cachaças A Locomotiva e Triumpho, destilado chinês, vodca Stolichnaya e rum El
Dorado (deste último foram registrados 29 exemplares na lista).
De acordo com o ofício da empresa Granero Transportes, o
inventário das bebidas foi elaborado pela própria Presidência da República e
elas foram entregues no dia 13 de junho de 2012.
“A adega do ex-presidente da República foi transportada para
sítio localizado na região de Atibaia/SP. Por orientação do cliente, o veículo
da empresa transportadora seguiu o recebedor Rogério Aurélio Pimentel até o
local da entrega”, diz trecho do documento.
A Granero cuidou do armazenamento climatizado das bebidas,
entre o início de 2011 e junho de 2012, até sua entrega em Atibaia. Pelo
serviço, cobrou R$ 4.726,11 mensais. O contrato é assinado pelo presidente do
Instituto Lula, Paulo Okamotto.
A informação que circulou anteriormente estava incompleta.
Na mudança, foram entregues apenas 37 caixas de bebida no Sítio, enquanto
outras caixas seguiam para o Instituto Lula e para o apartamento de São
Bernardo. Estas restantes 99 caixas ficaram aguardando a construção da adega
climatizada de Lula no sítio em Atibaia. Na mudança, era um número tão grande
de caixas de bebida que elas ocuparam um caminhão climatizado da Granero, fato
bastante divulgado na época, inclusive aqui na Tribuna da Internet. O espantoso
foi que Lula e família levaram as caixas que ganharam e também o resto da adega
normal da Presidência (Planalto, Alvorada e Torto), fato facilmente
comprovável, se quiserem investigar.
(argento) ... 155 ou 168? ...
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