A se destacar a argumentação do rábula do Jararaca, Cristiano
Zanin Martins, afirmando que “a
discussão do acervo presidencial foge completamente ao escopo da operação da
Lava Jato”. “Se existe alguma irregularidade, esse critério deve ser revisto
para todos os ex-presidentes da República desde 1991. Nesse caso, a competência
não é da operação Lava Jato, mas do MPF de Brasília que conduz um inquérito
sobre o assunto”. Ou seja, na tecla SAP, “se todo mundo roubou, por que não
o Lula?”
Época
A Polícia Federal encontrou um cofre da família do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novas diligências secretas
realizadas ao longo desta semana. Dessa vez, os alvos foram presentes e joias
raras recebidos por Lula durante encontros oficiais com chefes de estado. Os
bens estão guardados, sem custo algum, em 23 caixas lacradas numa agência do
Banco do Brasil, localizada no centro de São Paulo, desde 21 de janeiro de
2011, mês em que Lula deixou o governo.
O pedido da nova busca e apreensão ocorreu após os policiais
encontrarem na residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo, grande São
Paulo, um documento intitulado “Termo de Transferência de Responsabilidade
(Custódia de 23 caixas lacradas)", datado de 19 de março de 2012. No
material, consta a informação de que os bens estão sob a guarda da mulher de
Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, e de seu filho Fábio Luis Lula da Silva,
conhecido como Lulinha. Entre os responsáveis pela entrega dos presentes na
agência está Rogério Aurélio Pimentel, assessor especial do ex-presidente,
apontado como suspeito de ter bancado despesas da reforma do sítio em Atibaia,
São Paulo, frequentado ao menos 111 vezes por Lula.
Entre os 132 objetos encontrados, classificados como joias e
obras de arte, estão medalhas, moedas, comendas, adagas, entre outras peças que
Lula ganhou de chefes de estado durante as missões diplomáticas que cumpriu em
diversos países, do Chile à Ucrânia. A PF precisou de dois dias para analisar
todo o acervo. Nos materiais identificados pelos investigadores, está um
crucifixo talhado em madeira, uma obra barroca do século XVI que ficou famosa
por ter desaparecido do Planalto quando Lula deixou o governo, em janeiro de
2011. Naquele ano, ÉPOCA revelou que o Cristo morto e crucificado foi dado ao
ex-presidente em meados de 2003 por José Alberto de Camargo, então diretor da
Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). O empresário desembolou
R$ 60 mil pela lembrança religiosa. Esse e outros itens não foram movimentados
ou alterados no cofre desde janeiro de 2011 até hoje. De acordo com o relatório
da PF, o gerente da agência do BB, Sérgio Ueda, disse que “não há custo de
armazenagem para o responsável pelo material”.
Uma boa parte dos pertences de Lula retirados do Palácio do
Planalto, do Palácio do Alvorada e da Granja do Torto estava armazenada em 10
contêineres em Barueri, na grande São Paulo. A despesa da custódia, orçada em
R$ 1,3 milhão, foi bancada pela construtora OAS, envolvida no escândalo do
Petrolão, segundo revelou a PF na 24ª fase da Lava Jato.
No último dia 9 de março, o Senado aprovou um requerimento
para pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) que realize uma auditoria para
apurar possíveis desvios ou desaparecimento de bens dos palácios do Planalto e
da Alvorada.
Procurado, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende
Lula, afirmou que “a discussão do acervo
presidencial foge completamente ao escopo da operação da Lava Jato”. “Se existe
alguma irregularidade, esse critério deve ser revisto para todos os
ex-presidentes da República desde 1991. Nesse caso, a competência não é da
operação Lava Jato, mas do MPF de Brasília que conduz um inquérito sobre o
assunto”, disse o criminalista. Em setembro do ano passado, a Procuradoria
da República no Distrito Federal instaurou um inquérito civil para apurar
suspeitas de apropriação indevida de bens públicos recebidos por ex-presidentes
em encontros diplomáticos. O procedimento ainda está em andamento.
Agora só falta o Jararaca dizer que é tão honesto que foi o único capaz de tirar Jesus da cruz.
ResponderExcluirOu melhor, Jesus saiu da cruz para acompanhá-lo.
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