Cagresso do braziu do pt |
Ricardo Noblat
Está em curso um golpe às escondidas para impedir a
realização de um desejo da esmagadora maioria dos brasileiros – o de ver o governo
da presidente Dilma pelas costas.
Sabe quanto custará o golpe na boca do caixa? O que está
sendo oferecido a deputados para que votem contra o impeachment ou se abstenham
de votar.
Os que votarem contra receberão R$ 1 milhão para a
construção de obras em seus redutos eleitorais. Os que faltarem à votação, R$
400 mil. Fora cargos. Isso era o que o governo oferecia até ontem à noite.
Mas o mercado de votos para derrotar o impeachment está com
viés de alta. E é por isso que dirigentes de partidos e deputados
individualmente preferem esperar para decidir na próxima semana.
Até lá, o preço do apoio ao governo ficará mais caro. O
dinheiro sairá via liberação de emendas apresentadas pelos parlamentares ao
Orçamento da União. O governo só libera tal dinheiro quando carece de apoio.
Nunca careceu tanto como hoje, quando se vê ameaçado de não
chegar ao fim do mandato de Dilma. Dito de outra maneira: quando vê o fim do
mandato se aproximar velozmente.
O governo precisa de 172 votos ou de 172 abstenções para
sobreviver ao impeachment. Dilma foi dormir, ontem, imaginando contar com 130
fechados. A oposição foi dormir contando com 306.
Para aprovar o impeachment, a oposição precisa que 372
deputados, dos 513, comparecam ao plenário da Câmara no dia marcado e votem
“sim”. Não vale abster-se. A meta dela é chegar lá com 380 votos.
A meta do governo é chegar no dia da votação com 290 a 300
votos ou abstenções. Nos 130 que diz já ter, estão apenas sete votos do PMDB,
dono de uma bancada de 59 deputados federais.
A mais recente pesquisa nacional do IBOPE, divulgada ontem,
mostrou que 69% dos brasileiros consideram o governo de Dilma péssimo ou ruim.
Ótimo e bom, só 10%.
Não confiam em Dilma: 80%. E 82% desaprovam sua maneira de
governar. Para 80%, o segundo governo Dilma está sendo pior do que o primeiro,
e 68% acham que o restante dele será ruim ou péssimo.
Entre as pessoas que têm até a quarta série do ensino
fundamental, 70% desaprovam e 24% aprovam a maneira de governar de Dilma. Entre
os que têm educação superior, 87% desaprovam e 9% aprovam.
Entre dezembro último e a este mês, a desaprovação ao
governo saltou de 17% para 60% entre as pessoas que ganham até um salário
mínimo, justamente as mais pobres e beneficiadas pelos programais sociais do
PT.
Políticos mais críticos apelidaram o Congresso de “Clube da
Falsa Felicidade” Na maior parte do tempo, deputados e senadores se comportam
como se Brasília fosse um local muito distante do Brasil.
Qualquer pesquisa que ouça apenas deputados e senadores
registrará avaliações bastante diferentes daquelas registradas por pesquisas
que ouvem os brasileiros comuns pelo país a fora.
É quase unânime no Congresso a opinião de que o governo é
ruim, e Dilma pior do que ele. No entanto... Os políticos têm seus próprios
interesses que nem sempre coincidem com os dos seus eleitores.
No momento, eles querem extrair de um governo débil tudo o
que ele ainda tenha para dar. No dia da votação do impeachment, a depender das
circunstâncias, poderão votar contra o impeachment, abster-se ou votar a favor.
Por circunstâncias, entenda-se: o clima do país nas ruas; as
pressões via redes sociais; o que receberam ou não do governo para ajuda-lo; e
o que esperam receber de um eventual governo Temer.
(argento) ... se depender do que "mostram" as ruas -palavras ditas por FHC e repetidas por muitos- o futuro ainda é incerto. De CERTO, o Prejuiso no bolso, qualquer que seja o resultado da pendenga ...
ResponderExcluir(argento) ... pergunta que não quer calar: "Desde Quando as decisões das Câmaras Representativas não "envolveram" DINHEIRO? - se há ou não prejuiso dos que pagam, é outra história ...
ResponderExcluir(argento) ... outra pergunta me veio à mente: "Se o eleitor comum é OBRIGADO a votar, por quê, ao seu representante legal é facultada a abstenção?" ...
ResponderExcluir(argento) ... e que não se venha a retórica do comparecimento obrigatório, apenas; o mesário não assina se não houver voto, seja ele válido, nulo ou inválido.
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