Não poderia ser de outra maneira. Aposentado do Banco do
Brasil com incríveis 53 anos, notório patrocinador de putas como Val Marchiori (não
é porque ela é da “alta” e cobra mais caro que vou chamá-la de prostituta, como
fez o pai de seus filhos) através de mutretas bancárias, hoje “trabalhando” de
segunda a quinta para fazer jus a um salariozinho de R$ 230 mil mensais, ele tem
o perfil que Dilma gosta: de canalha.
Estadão
A Procuradoria-Geral da República (PGR) vê indícios de que o
atual presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, participou de suposto esquema
ilícito de compra de debêntures (títulos da dívida) da empresa OAS quando
comandava o Banco do Brasil. A empreiteira é suspeita de pagar vantagens
indevidas a políticos, entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), em troca de destravar os investimentos de fundos de pensão e bancos
em papeis da construtora.
As citações a Bendine aparecem em trocas de mensagens entre
o principal executivo da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro,
com Cunha e outros dirigentes da empresa entre 2012 e 2014. O então presidente
do Banco do Brasil teria negociado com a OAS, numa reunião de outubro de 2014,
a aquisição de debêntures de R$ 500 milhões. Num e-mail enviado a ele em 2013,
Pinheiro também discute a emissão de ações da Invepar – empresa constituída por
fundos pensão, entre eles a Previ, dos funcionários do BB – em bolsa de
valores.
Em agosto de 2014, Pinheiro recebe uma mensagem de seu
secretário avisando que Bendine, tratado pelo apelido “Dida”, pedira uma
conversa, mas “só se estivesse num telefone fixo”. O secretário explica que,
como o executivo estava no exterior, o presidente do Banco do Brasil resolveu
aguardar seu retorno ao País para falar. “A necessidade de conversar com
telefone fixo demonstra a consciência da ilicitude da conversa e o medo de
serem interceptados”, afirmou a PGR num dos documentos sobre a investigação de
Cunha.
As mensagens mostram que em outubro daquele ano Bendine se
reuniu com Pinheiro e outro dirigente da OAS para tratar dos títulos de R$ 500
milhões. “O Dida marcou às 18h30. Terei de ir com ‘ACMP’, pois temos a nova
debênture, que é vital”, afirmou Pinheiro.
Ao descrever o suposto esquema em investigação, a PGR
sustenta que a OAS emitia debêntures e outros títulos, os quais eram adquiridos
por bancos e fundos de pensão. Conforme as investigações, cabia a Cunha fazer
gestões nesses órgãos para que os investimentos fossem aprovados pelas
instituições. “Em seguida, um porcentual é pago para Eduardo Cunha”, diz
relatório da investigação.
As mensagens citam negociações com ao menos três
interlocutores na Caixa, entre eles os ex-vice presidentes Geddel Vieira Lima,
ex-ministro e ex-deputado do PMDB baiano, e Fábio Cleto, exonerado em dezembro.
Ambos são ligados a Cunha. Também são citadas tratativas com Marcos Roberto
Vasconcelos, vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros, que administra o
FI-FGTS.
Em 7 de novembro de 2014, ao citar problemas para um aporte
no Projeto Porto Maravilha, no Rio, de interesse da OAS, Eduardo Cunha se
encarrega de tratar com Fábio Cleto para tirar entraves: “Deixa que eu entro a
vero em cima dele e resolverei a nossa parte”.
Em novembro de 2012, Cunha e Pinheiro conversam sobre a
liberação de uma debênture de R$ 250 milhões. No ano seguinte, o executivo,
numa das mensagens, pergunta ao seu diretor-financeiro, Alexandre Tourinho: “Já
recebemos aquela debênture ($ 250mm)? O nosso EC está me cobrando”.
As debêntures, conforme demonstrações financeiras do
FI-FGTS, haviam sido emitidas em janeiro de 2012, com vencimento em 2015.
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