As torres já vêm com puxadinhos, como manda o figurino do Lula |
Ruy Castro: Vontades do Faraó
O Centro do Rio tem uma região delicada, de prédios baixos e
com 250 anos de história, entre a Lapa e a praça Tiradentes. Nas últimas
décadas, ela tem sido estuprada por empresas públicas e particulares, com o
aval das administrações. Quarteirões foram abaixo para a abertura de grandes
espaços estéreis; a abominável nova Catedral humilhou e ananicou os Arcos; e
desmontou-se o morro de Santo Antonio para abrir a avenida Chile e fazer dela
um feudo das estatais.
Foi nela que a Petrobras plantou a sua sede, um dos
edifícios mais horrendos da galáxia. Seguiram-se o do BNDES e o do extinto BNH,
hoje servindo à Caixa Econômica, que ferem os olhos à distância. Exceto a
Barra, nenhuma outra região do Rio lembra tanto Brasília. É a herança maldita
de Le Corbusier e seus discípulos [no que concordo plenamente].
…O faraó queria uma pirâmide, que, por algum motivo, não se
concretizou…
Até há pouco, com o dinheiro jorrando do petróleo e enchendo
as burras do poder, faziam-se planos faraônicos para a avenida Chile. Um deles,
no primeiro governo Lula, era a construção de um anexo para a Petrobras na rua
do Senado, ali perto – esta, berço do barão do Rio Branco, da Banda do Corpo de
Bombeiros do maestro Anacleto de Medeiros e de conspirações anarquistas.
O anexo – só agora se ficou sabendo – seria um prédio de 150
andares, com 400 m de altura (100 a mais do que o Pão de Açúcar), ao custo de
alguns bilhões, a ser construído por uma empreiteira indicada por Lula. A
informação é do delator Nestor Cerveró, que a teria ouvido do ex-diretor de
Serviços da estatal, Renato Duque, ambos hoje residentes em Curitiba.
O faraó queria uma pirâmide, que, por algum motivo, não se
concretizou. Em seu lugar, em 2013, a Petrobras inaugurou um prédio “menor”,
mas, ainda assim, o maior centro empresarial do país, com 70 andares divididos
em quatro torres. O faraó não se contenta com tumbas modestas.
Vejam o que encontrei em O Antagonista:
ResponderExcluirhttp://www.oantagonista.com/posts/estado-islamico-neoliberal
A notícia atinge duas mentalidades brasileiras, a do governo que deseja economizar gastando mais e os brilhantes formadores de opinião que dizem que o Obama deveria enviar tropas para combater o ISIS.
Tenho motivos para considerar a queda do preço do petróleo como estratégia de guerra e não como reflexo do mercado. Uma estratégia de guerra mais eficiente e barata do que enviar tropas terrestres para lutar contra o ISIS.
Eu já havia lido. Aliás com a volta do Irã ao mercado, o petróleo deve baixar ainda mais.
ExcluirRicardo, você é arquiteto, então peço que nos informe quanto tempo levariam para construir os prédios, considerando a mesma eficiência mostrada na construção da ponte sobre o rio Guaíba.
ResponderExcluir...E no tal memorial da anistia, prediozinho chinfrim que já tem sete anos desde que foi projetado. Sem contar com os metrôs de toda parte de Banânia. No do Rio, por exemplo, "debaixo da terra, operários avançam em média 4 metros por dia". Considerando 250 dias úteis, em um ano o metrô "avança" menos de cinco quadras.
ExcluirHá mais de cem anos, um indivíduo chamado Osvaldo Cruz venceu a guerra contra o Aedes, não tinha um ministério, não tinha base aliada e não recebeu um centavo de verba.
ResponderExcluirAgora, temos um ministro, com um montanha de privilégios que diz o seguinte:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732710-ministro-da-saude-diz-que-pais-esta-perdendo-a-batalha-contra-a-dengue.shtml
Nos única esperança é que os esquimós não invadam o país.