Hoje talvez eu tenha protagonizado a cena mais ridícula e
insólita da minha vida.
Fui à Casa&Vídeo, uma loja, como direi, talvez multimarcas, para comprar um rodo de alumínio, desses com esponja “espremível”.
Peguei o dito cujo e entrei no fim da fila (grande), normalmente, sem me
prevalecer da minha condição de “idoso”. Acontece que um casal de jovens empurrando
um bebê no carrinho, furou a fila, valendo-se da prerrogativa que também dá preferência
a quem estiver com criança pequena.
Uma senhora dois lugares à minha frente perguntou por que
eles tinham passado todo mundo e eu expliquei, comentando que aquilo era um
absurdo, pois se havia duas pessoas, o carrinho com a criança entrou como
desculpa, já que a suposta mãe poderia muito bem ficar passeando com a criança enquanto
o suposto pai (mais suposto ainda: paternidade é sempre uma dúvida...) pagava
as compras. Com um detalhe que frisei: como sou “idoso”, eu poderia muito bem
furar a fila sem problemas. A senhora, também indignada, respondeu que era o mesmo caso dela.
Mas eis que um rapaz delicado de meia-idade, exatamente à
minha frente, prestou muita atenção no que eu havia dito e, na sua hora de
pagar, começou a “desabafar” sobre o meu “preconceito” com o caixa em tom
baixo, mas, matreiramente, de maneira que eu pudesse ouvir.
Não prestou, e eu perguntei alto: “Você acha que eu estou
errado?”
Como todo rapaz alegre, que se não é, se faz de surdo, ele
prosseguiu no seu discursinho idiota com o caixa, me ignorando e continuando a
falar sobre as minhas observações.
Como aquilo já estava me dando nos nervos - afinal, ele estava falando de mim -, aumentei o tom, parti para uma argumentação, digamos, mais incisiva, entre outra coisas, perguntei por que ele tinha preferido o tititi em vez de falar diretamente comigo e ele, ainda sem me olhar, disse ao caixa: "Quem fala o que quer, ouve o que não quer".
"Exatamente", disse eu, "por isso você vai ouvir: você é um idiota!".
Como aquilo já estava me dando nos nervos - afinal, ele estava falando de mim -, aumentei o tom, parti para uma argumentação, digamos, mais incisiva, entre outra coisas, perguntei por que ele tinha preferido o tititi em vez de falar diretamente comigo e ele, ainda sem me olhar, disse ao caixa: "Quem fala o que quer, ouve o que não quer".
"Exatamente", disse eu, "por isso você vai ouvir: você é um idiota!".
Sem resposta e sem me dar bola, o rapaz alegre continuou a fofoca com o pobre do caixa,
até que eu fui chamado por outro, coincidentemente, no mesmo momento que
ele foi liberado pelo seu, quando ele passou por mim e me mandou tomar no cu.
Como eu não gosto, mesmo sem nunca ter tomado, e a coisa prestou
menos ainda. Eu estava surpreendentemente calmo - é sério -, mas empunhei o
rodo que eu ainda não havia pago e o brandi em direção ao “rapaz”, correndo atrás dele,
que correu desesperado derrubando tudo que encontrou pela frente, sumindo porta
afora.
Sim, eu volto a frisar que eu estava calmo e a minha
intenção foi só de dar uma “corrida” no cara, expondo-o ao ridículo - que,
aliás, eu também me expus ao optar pelo tipo de ameaça. Mas jamais me passaria pela
cabeça levar a cabo uma covardia, ainda mais se tratando de um “rapaz frágil”,
quase uma mulher.
Detalhe: a caixa que me atendeu, que ria a bandeiras
despregadas, perguntou se eu ia mesmo dar com o rodo no sujeitinho. Expliquei
que não, que aquilo tinha sido apenas para espantar as bruxas, no que ela
disse, ainda rindo: “eu sabia”.
Enfim, paguei mico, mas estou rindo até agora da corrida do “rapaz
delicado”.
Outro mico: "comentando que aquilo era um absurdo, pois se haviam duas pessoas". O certo é: "comentando que aquilo era um absurdo, pois se HAVIA duas pessoas"
ResponderExcluirAgradeço a correção. Mico duplo.
ExcluirO delicado tinha certeza que você ia trucida-lo.
ResponderExcluirSe alguma duvida paira-se na cabeça do florzinha quanto a utilização
que você faria do cabo do rodo, certamente ele estancaria, cairia de quatro e com a cara que só viado sabe fazer, gulosamente lhe diria:
Matou tem que comer...
Cruuuzessss, Ney!
Excluir"Lei da -elva"
ExcluirJá que tem boiolice na postagem, vou comentar aqui algo que já foi discutido no falecido Observador Político:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732932-casais-de-3-ou-mais-parceiros-obtem-uniao-com-papel-passado-no-brasil.shtml
Destaque-se as parte que mencionam um "casal" de cinco membros e três mulheres que querem registrar um filho coletivamente.
Aí já é uma suruba de média proporção...
Excluir(argento - molhando o babador) ... SU-RÚ-BA!!! ...
ExcluirÔ prata: Estás a querer divertir-te com o Ricardo?
ExcluirSuruba com assento, perdão, acento?
Só nos grandes laivos de ironia do Fiuza.
Aliás, a apresentação do verbete no Priberam já é divertida:
su·ru·ba
(tupi suru'ba)
adjectivo de dois géneros
1. [Brasil, Informal] Bom; forte.
substantivo feminino
2. [Brasil] Bengalão ou cacete.
3. [Brasil, Calão] Órgão sexual masculino. = PÉNIS
4. [Brasil, Calão] Actividade sexual em grupo. = BACANAL, ORGIA
5. [Brasil, Calão] Grande confusão. = CAOS
Sugundo o Houaiss, Magu:
ResponderExcluirAdjetivo de dois gêneros
Regionalismo: Brasil. Uso: informal. Diacronismo: obsoleto.
1 muito bom, excelente, capaz
Ex.: um trabalhador suruba
Aubstantivo feminino
Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
2 Uso: pejorativo.
namoro escandaloso
3 porrete grande; cacete
Ex.: deu-lhe com uma s. na cabeça
4 Uso: tabuísmo.
sexo grupal; surubada
Etimologia:
Segundo Nascentes, do tupi suru'ba
Só que essa etimologia não faz sentido. O Dicionário Guarani - Tupi - Tupi Antigo - Português (num blog meu, por sinal) diz:
SURU: que desliza, manso
BÁ: pleno, cheio
(argento - usando e abusando dos símbolos) ... Su-RÚ-Ba é do cacÊte! - com corpo e cabÊça "chapeluda", (BÁ)pleno, cheio, duro, (SURU)que desliza, de mansinho, cÚs adentro da Massa que, distraída, só sente depois que dói e cuja causa ignora - convém lembrar que a propaganda (subliminar) da eficiência da "medicina cubana", aliada ao desmanche homeopático da Saúde, culminou no "Mais Médicos", sangria oficial de verba pública ...
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