A jurisprudência e a NET
A Net retirou recentemente 4 canais do ar sem aviso - deu no
jornal - e isso é só uma pequena parte do que ela fez e faz contra seus
assinantes. Quem nunca ligou para reclamar alguma coisa e ficou pelo menos
quinze minutos esperando e ouvindo aquela musiquinha infernal, para depois a
ligação cair? Quem nunca teve interrupção do sinal durante mais de um dia e, no
fim do mês, a conta veio sem um centavo sequer de desconto ou mesmo um pedido
de desculpas pelo inconveniente?
Quem, como eu, assina a Net há muito tempo, sabe que uma das
principais vantagens da TV a cabo era a inexistência de comerciais, fato usado
por elas como principal chamativo para atrair assinantes. Hoje a coisa
inverteu. Outro dia, eu estava assistindo a um filme na TNT e me espantei com o
tamanho do primeiro intervalo. O segundo eu cronometrei: 13 minutos! A GNT e a
Multishow também estão insuportavelmente carregadas de anúncios, sem falar
naqueles comerciais quilométricos onde vendem espremedores, sutiãs milagrosos,
ratoeiras, etc.. Metade dos canais ocupam metade do seu tempo com eles.
Isso tudo sem contar que em nossas contas vem embutido o
custo-favela, que é pago para que os favelados tenham acesso a todos os canais
pagando a módica quantia de 5 reais por mês por “domicílio”, incluindo até os
pacotes com custo adicional para nós, como a HBO, pacotes de esportes, TV
Playboy, etc.. A coisa é fácil: uma pessoa da favela instala oficialmente a Net
em sua casa, e com alguns aparelhos relativamente simples e baratos faz a
distribuição do sinal. Com isso, a Net é sempre obrigada a reforçar seu sinal,
o que representa um custo cada vez maior para os que andam certinho.
Querem saber de uma coisa? Cada vez mais me atrai a idéia de
deixar de ser cara-pálida e virar índio. Índios não pagam Net, Light, Cedae,
aluguel, IPTU, taxa de incêndio e de condomínio. Os índios da Zona Sul do Rio
de Janeiro moram em lugares privilegiadíssimos em vista e em localização.
Qualquer barraco do Vidigal, se estivesse localizado em Monte Carlo por
exemplo, valeria alguns milhões de dólares, mas aqui sai de graça para qualquer
vagabundo que tenha um pingo de espírito de aventura. Depois é só ficar amigo
do traficante da área e garantir sua segurança contra a polícia.
Com tantos exemplos edificantes como os dados pelos
mandatários da nação, eu acho que posso tranqüilamente adotar os “gatos”,
invasões, sonegações e tantos outros crimes, outrora assim considerados, como
prática normal da minha vida, afinal, os Barbalhos, Sarneys, Jucás,
Cavalcantis, Inocêncios, e tantos outros, estão soltos. A jurisprudência
garantirá minha inocência.
De quem é a net?
ResponderExcluirDa Globo, Marc, presumo.
Excluir