O incensado energúmeno comunista que teve a cara de pau de elogiar Guevara por sua “capacidade de amar”.
Gabriel de Arruda Castro
Durante décadas, Paulo Freire foi a referência incontestável
da educação brasileira. Ainda hoje, ele não tem concorrentes em número de
citações nas faculdades de Pedagogia. Mas, se merece crédito por ter chamado
atenção para o problema do analfabetismo no país, Freire adotou um viés
ideológico que já era problemático nos anos 1960 e não pode ser tomado como referência
em 2017.
Veja cinco ideias indefensáveis que Paulo Freire apoia em
seu principal livro, Pedagogia do Oprimido:
1) O mundo se divide
entre opressores e oprimidos
Freire defende uma pedagogia “que faça da opressão e de suas
causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento
necessário na luta por sua libertação”.
Ao adaptar a noção da constante luta de classes de Karl
Marx, o pedagogo usa um esquema binário: os estudantes não teriam opção senão
buscar sua liberdade diante dos opressores. A noção freiriana de libertação é
pouco detalhada pelo autor, mas um detalhe da obra traz uma boa pista do que
ele tinha em mente: a descrição apaixonada que ele faz do regime de Cuba – o
próximo item da lista.
2) Che Guevara é um
exemplo de amor
Quando Pedagogia do Oprimido foi escrito, os fuzilamentos
sumários feitos em Cuba já eram notórios. O próprio Che Guevara havia admitido
a prática do alto da tribuna das Nações Unidas. No entanto, Freire enxergava
apenas qualidades no guerrilheiro convertido em ditador.
“O que não expressou Guevara, talvez por sua humildade, é
que foram exatamente esta humildade e a sua capacidade de amar que
possibilitaram a sua ‘comunhão’ com o povo. (...). Este homem excepcional revelava
uma profunda capacidade de amar e comunicar-se”, escreveu.
3) A educação deve
estar a serviço da revolução
“O sentido pedagógico, dialógico, da revolução, que a faz
'revolução cultural' também, tem de acompanhá-la em todas as suas fases”,
propôs Freire.
A implicação é que o ensino deve estar a serviço da
ideologia. A ideia de Paulo Freire abre as portas para a pregação política em
sala de aula, com as vítimas de sempre: os alunos.
4) A família é
opressora
Em Pedagogia do Oprimido não há qualquer menção ao papel da
família na educação. O ensino é visto como uma tarefa do professor,
subentendido o protagonismo do Estado nessa função. A lógica de Paulo Freire é
esta: como a sociedade é opressora, a família reproduz os mecanismos opressores
dentro de casa.
“As relações pais-filhos, nos lares, refletem, de modo
geral, as condições objetivo-culturais da totalidade de que participam. E, se
estas são condições autoritárias, rígidas, dominadoras, penetram nos lares que
incrementam o clima da opressão”, diz um trecho do livro.
5) É preciso combater
a “invasão cultural”
A educação, por definição, depende da transmissão de
conhecimentos e valores acumulados ao logo da história. No Brasil, essa
história vem sobretudo das grandes tradições da filosofia grega, do direito
romano, da matriz cristã. Interpretar o ensino dessa tradição como uma “imposição
de valores” a ser combatida significa isolar os alunos do contexto histórico do
país onde vivem.
Freire quer os estudantes protegidos da “invasão”: “Neste sentido,
a invasão cultural, indiscutivelmente alienante, realizada maciamente ou não, é
sempre uma violência ao ser da cultura invadida, que perde sua originalidade ou
se vê ameaçado de perdê-la”, prega.
Entre os herdeiros ideológicos de Paulo Freire estão as
correntes que defendem uma versão do Português sem erros nem acertos – o que,
no fim das contas, prejudica a inserção de jovens carentes no mercado de
trabalho.
Me recuso a comentar sobre esse estrupício comunista...
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