Dívidas com o INSS em
2003 já somavam mais de R$ 80 bilhões
Como todo futuro aposentado que se preza, fui dar um passeio
no site do INSS para ver a quantas anda minha futura aposentadoria. Faltam 2
anos e lamentavelmente eu tenho que aumentar minha contribuição, para ver se
consigo receber alguma coisa que se assemelhe ao que eles prometem. Aliás,
alguém já conseguiu entender os cálculos que o INSS faz? E quem descontava
sobre 20 salários, como meu pai, que foram transformados na pensão de
fantásticos 600 reais para minha mãe? Peça explicações que ninguém vai dar. É o
sistema, dizem.
Mas não é isso que quero abordar. Fuçando no site, descobri
a lista da dívida ativa do Instituto “atualizada” em 2003. Já começa por aí a
bagunça: desnecessário lembrar que 2003 já passou faz 2 anos, e atualizada é o
escambau! Indo adiante, deparo-me com a quantia de astronômicos 80 bilhões e
trocados devidos por não sei quantas empresas. Eles não divulgam esse número,
mas acredito que entre mínimo de R$ 29,00 e o máximo de R$ 449.065.322,83 (que
é a dívida da Transbrasil) existam centenas de milhares de devedores. Apurando
a pesquisa, verifico que existem 36 devedores acima dos 100 milhões, que somam
10% da dívida total, dos quais 22 são órgãos públicos, como a Câmara Municipal
de Campinas, a Caixa Econômica Federal, a Empresa Brasileira de Correios e
Telegrafos, a Governadoria do Estado do Rio de Janeiro, etc.. Fazendo uma
projeção nas coxas, dá metade da dívida com o INSS, só de órgãos públicos. É de
pasmar que permitam dívidas nesse montante a instituições que deveriam dar
exemplos de administração. E ainda tem gente que é contra privatizações. Por
mim, até a Presidência da República seria privatizada.
Se o Brasil tivesse gente decente em pelo menos um dos três
poderes, seria muito fácil. O problema é que a intimidade entre eles é muito
grande, e quem não é corrupto já foi ou vai ser. Depois querem corrigir tudo
aumentando a contribuição de quem paga. Justiça, cadê você? Além de cega ficou
burra? Com perdão da má palavra: vão todos à merda, inclusive eu, que sou burro
o suficiente para ainda pagar impostos e contribuir com calhordas.
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