sexta-feira, 19 de abril de 2019

Conversa com Carlos Vereza e seu “complexo de vira-lata”


Carlos Vereza escreveu em sua página do Facebook que as muitas doações feitas para a reconstrução da Notre Dame se devem ao fato de que França só há gente honesta, que não desvia dinheiro e o povo confia, enquanto aqui no Brasil não houve essa mobilização em torno do Museu Nacional porque rouba-se muito e o povo desconfia.

Eu respondi e seguiu-se o “diálogo”:

RICARDO FROES Aí é que você se engana. Lá na França rouba-se, e muito! Um exemplo é Sarcozy que em 2014 foi arguido por suspeitas de corrupção ativa, tráfico de influência e violação do segredo de justiça, depois de ter sido detido para averiguações e em 2018 foi detido pela polícia francesa por financiamento ilegal de campanha e pela interferência da Líbia nas eleições francesas de 2007. Outro exemplo é a criação da Fundação Louis Vuitton: dos quase € 800 milhões gastos na obra inaugurada em 2014 supostamente doados por Bernard Arnault, mais de € 600 milhões foram levantados ilegalmente via incentivos fiscais federais. Fora o escândalo da Adidas e muitos outros.

CARLOS VEREZA E daí? Sua argumentação não elimina o fato de que as pessoas doam para quem quiserem. Era só o que faltava: patrulha de doações! Ora, citar a corrupção particular de alguns franceses, não oculta o fato granítico, que no Brasil, em geral, as doações são desviadas!

RICARDO FROES E daí, o quê? Eu não argumentei nada além de que também há corrupção na França. Não questionei doações em momento algum, embora pudesse fazê-lo com propriedade, já que os franceses não gostam muito desse tipo de coisa porque o ônus dessas doações acabam sempre recaindo sobre o contribuinte. Ao que parece, o complexo do vira-lata atingiu você. É como disse Nelson Rodrigues: “Por ‘complexo de vira-lata’ entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima.”

CARLOS VEREZA O complexo de vira-latas só atinge a quem não se identifica com o próprio rosto, como é o seu caso. Além do covarde anonimato, você se compraz em baixar até o rés do chão, íntimo seu, uma troca de informações que poderiam trazer algum subsídio aos que acessam o face. Mas, o que fazer, se, vez ou outra, espécimes como você, exemplo mais que citado por Umberto Eco, ganham proeminência nos rabiscos digitais...Em tempo, anônima figura: você já conseguiu seus três segundos de celebridade.

RICARDO FROES Primeiro, anônimo é o cacete! Fique sabendo que eu botei essa caricatura anteontem em protesto porque fui censurado pelo Facebook pela enésima vez. Meu nome é Ricardo Froes desde sempre e nunca fui um “covarde anônimo”. Se você se desse ao trabalho de verificar minha página aqui, você veria quem eu sou, minha foto, minha família, mulher, filhos e netos. Mas não, sua paranoia em enxergar inimigos em toda parte o impede de raciocinar. Você está se revelando um projeto de Olavo de Carvalho mal resolvido, com todos os defeitos e nenhuma virtude. Ele, pelo menos, tem cultura. Aliás, Umberto Eco é aquele que disse que disse que as “redes sociais deram voz a legião de imbecis”, não é mesmo? Pois é, meu caro, você faz parte dela com todos os deméritos.

E não é que ele me bloqueou?...

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