1. Os juros da dívida não consomem metade do orçamento do
governo federal.
2. Um salário de R$ 3.500 já é suficiente para colocar um
brasileiro no topo da pirâmide social, entre os 10% mais ricos do país.
3. Não é possível criar riqueza apenas imprimindo dinheiro.
4. Não há socialismo na Escandinávia. Há o exato oposto:
propriedade privada, livre comércio, rule of law e liberdades individuais.
Segundo o Banco Mundial, a Dinamarca é o 3º país mais fácil do mundo para uma
empresa privada fazer negócios (à frente dos Estados Unidos); a Noruega é o 8º,
a Suécia é o 10º e a Finlândia é o 13º. O Brasil ocupa a posição 125 da lista.
A Venezuela está em 188º - isto é socialismo.
5. O Brasil nunca esteve minimamente perto de ser um país
"neoliberal". Há mais estatais por aqui do que em qualquer país
membro da OCDE, a organização que reúne as 35 nações que aceitam os princípios da
economia de mercado (na lista estão todos os países da Escandinávia, a
propósito). Segundo um estudo publicado em 2017 pela FGV, o Brasil possui pelo
menos 442 estatais, somando União, estados e municípios.
6. Entre 2003 e 2015, os governos Lula e Dilma bancaram R$
3,5 trilhões em subsídios para os empresários brasileiros, incríveis oito vezes
mais do que governos "neoliberais" poderiam levantar se vendessem
para a mesma iniciativa privada todas as 168 estatais e 109 subsidiárias (da
União e dos estados) com potencial - especialmente legal - para serem
privatizadas.
7. A ideia de que para um país enriquecer outro precisa
empobrecer é uma espécie de terraplanismo na ciência econômica e já foi
refutada há exatos 201 anos.
8. Entre 1994 e 2016, o Brasil viu o seu PIB per capita
expandir 31%, enquanto a América Latina e o Caribe cresceram 37% e os demais
países emergentes cresceram 152% no mesmo período. Os países membros da OCDE e
os Estados Unidos, nações desenvolvidas, também exibiram um crescimento superior
- de 42% e 46%, respectivamente. Ou seja: se o Brasil testemunhou um
crescimento econômico nas últimas duas décadas, durante os governos de PSDB e
PT, ele foi menor que a média mundial - e especialmente menor comparado aos
países emergentes. Na prática nós perdemos uma janela de oportunidade.
9. De acordo com um estudo publicado por dois economistas do
IPEA com um auditor da Receita Federal, a concentração de renda permaneceu
estável no Brasil entre 2006 e 2012. Os autores concluíram que os coeficientes
de Gini, usados para medir a desigualdade, alcançaram 0,696 (em 2006), 0,698
(em 2009) e 0,690 (em 2012). De acordo com outro estudo, feito pelo World
Wealth and Income Database, a desigualdade de renda no Brasil não caiu entre
2001 e 2015. Na verdade, os 10% mais ricos da população aumentaram sua fatia na
renda nacional de 54% para 55%, enquanto os 50% mais pobres ampliaram sua
participação de 11% para 12% no período. Na prática, o crescimento econômico
visto no país não surtiu impacto na redução da desigualdade: ele foi capturado
principalmente pelos 10% mais ricos, que ficaram com 61,3% desse crescimento no
período, enquanto a metade mais pobre da população apreendeu apenas 21,8%
desses ganhos.
10. Há inegavelmente um rombo na previdência social brasileira.
E ele aumenta a nossa desigualdade. Considerando os últimos 15 anos, o déficit
do sistema de previdência social do setor público somou R$ 1,3 trilhão para
quase 1 milhão de pessoas, enquanto o déficit do INSS somou R$ 450 bilhões para
29 milhões de aposentados. Na prática, o gasto com 980 mil funcionários
públicos é igual ao de todo o INSS. Vale destacar que o gasto com previdência
no Brasil não é apenas o mais alto entre os países de população jovem, nós
também gastamos mais que o dobro de países desenvolvidos com a previdência dos
funcionários públicos. Esta é uma bomba-relógio que estourará mais cedo ou mais
tarde no seu colo. E há uma boa chance de você ainda não ter sido bem informado
sobre isso.
1. Os juros da dívida não consomem metade do orçamento do governo federal. Cite-se a quantidade de juros (em reais a cada ano) porque o orçamento do governo federal é em reias e anual.
ResponderExcluir2. Um salário de R$ 3.500 já é suficiente para colocar um brasileiro no topo da pirâmide social, entre os 10% mais ricos do país.
É Mentira!
3. Não é possível criar riqueza apenas imprimindo dinheiro.
É Verdade!
4. E... na opinião do respeitável autor (control C control V) do blog, o que é o socialismo? Um regime? Uma ideologia? Um sistema de distribuição da renda de uma nação? outro?
5. Comparando com o ítem 4 o respeitável autor (Control C Control V) poderia citar o número das estatais da Escandinávia da Dinamarca, dos Estados Unidos, da Noruega da Suécia e da Finlândia? É possível?
6. Sem comentários (eu não comento o anti-petismo). Os demais comentários já bastam para expor o pensamento do autor do blog.
7. (2018 - 201 = 1817) - Se a ideia foi refutada há exatos 201 anos, fizeram-no lá no principinho da Revolução Industrial, quando a população do planetinha estava prestes a alcançar a cifra de 1 bilhão de habitantes! Tenha dó! Que apelação!
8. Não vou acreditar porque a fonte dos dados não foi citada! Mas acredito na perda da janela de oportunidade. Continuará assim, enquanto "determinados" brasileiros continuarem vivos e atuantes!
9. Esse negócio de "mais ricos" e "mais pobres" tem a ver com a péssima distribuição da renda nacional de que eu falava lá nos tempos do Observador Político?
10. Vai estourar no meu colo? E quem disse isso começou escrevendo sobre a "nossa desigualdade"? Me indica onde está a mágica de a bomba estourar no meu colo e o colo "dele" continuar intacto?