STF faz média com a opinião pública e aprova restrições ao foro
privilegiado para inglês ver. Como se trata de matéria constitucional e a
Constituição não pode ser mudada até a intervenção no Rio terminar, até lá o
que vai se ver é uma enxurrada de advogados chicaneiros (tautologia?) a
contestar a decisão.
De mais a mais, além de limitada aos 594 congressistas,
estes ainda vão gozar de inúmeros privilégios (em itálico no texto do G1) não extensivos aos demais cidadãos.
Nas coxas!
G1 - A decisão do Supremo Tribunal Federal desta
quinta-feira de restringir o foro privilegiado de deputados e senadores não
acaba com esse instituto, que existe desde o Brasil imperial e foi sendo
ampliado até a atual Constituição, de 1988.
Saiba abaixo, nas perguntas e respostas, o que muda com a
decisão:
O que muda com a
decisão do Supremo?
No julgamento, ficou definido que só permanecerão no STF os
processos cujos crimes ocorreram durante o mandato do parlamentar e estejam
ligados às funções do cargo. Os inquéritos e ações penais que não se
enquadrarem nesse filtro serão enviados à primeira instância da Justiça Federal
ou Estadual.
O que não se altera
com a decisão?
Por ora, a decisão aplica-se somente aos 513 deputados
federais e 81 senadores, deixando de fora
os 29 ministros de Estado, os três chefes das Forças Armadas e de 101
magistrados das Cortes superiores de Brasília, cerca de 140 embaixadores, além
de milhares de autoridades estaduais e municipais.
Quem vai ser
atingido?
Ainda não se sabe ao certo quais senadores e deputados serão
atingidos, porque caberá ao ministro relator de cada uma das investigações a
que respondem analisar se o crime se enquadra nos novos critérios para sair do
STF. A principal dificuldade, sujeita a questionamentos, será definir se o
delito está ou não relacionado às atividades parlamentares.
Parlamentares poderão
ser presos?
Mesmo com as investigações na primeira instância, por crime
fora do mandato e não ligados ao cargo, deputados e senadores continuam
sujeitos à prisão. Mas continuam com uma proteção especial: antes da condenação, só podem ser presos se
forem pegos em flagrante num crime inafiançável, como racismo, tortura, tráfico
de drogas e terrorismo, por exemplo. Mesmo assim, a prisão poderá ser derrubada
dentro de 24 horas pela Câmara ou pelo Senado. Basta que a maioria dos
deputados ou senadores votem contra, para livrar os colegas. No caso de
condenação, os parlamentares ficam sujeitos à prisão para cumprimento da pena
após a confirmação da sentença pela segunda instância, como já ocorre para os
demais cidadãos.
Demais autoridades
podem perder o foro?
Apesar da decisão do STF se aplicar somente a parlamentares,
a Corte pode, no futuro, decidir sobre a extensão da medida. Segundo o ministro
Luís Roberto Barroso, a decisão desta quinta deverá levar à discussão sobre a
restrição do foro para as demais autoridades não atingidas pelo julgamento.
No julgamento, a aplicação dos novos critérios foi proposta
pelo ministro Dias Toffoli e apoiada por Gilmar Mendes, mas não obteve maioria
favorável entre os 11 integrantes do STF. Se fosse aprovada, seriam atingidos
mais de 38,5 mil agentes públicos federais, estaduais e municipais, incluindo
governadores, prefeitos, secretários, conselheiros, delegados, entre outros.
No Congresso, também tramita em fase avançada proposta mais
radical, para acabar com o foro em qualquer situação, exceto para os
presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF. Como altera a
Constituição, a proposta, no entanto só pode ser aprovada quando após a
intervenção federal no Rio de Janeiro, que termina no dia 31 de dezembro.
Pour epater le bourgeois
ResponderExcluirPeut être... Mais ne croyez pas mon français, tout comme je ne crois pas en STF.
ExcluirAha! Repentinamente, meus dois amigos, tive a impressão de estar em Paris!
ExcluirClaro que eles estão fazendo graça, mas como quase a totalidade dos leitores não sabe a língua (nem eu), vai aqui a tradução, que eles já poderiam ter providenciado...
Marc: Para impressionar o burguês
Froes: Talvez ... Mas não acredite no meu francês, assim como não acredito no STF.
Novo aplicativo, Magu Translate!
ResponderExcluirMagu Soares responde: Menos, Batista, menos...
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