sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Colunista de O Globo diz que Brasil e França são sociedades mais promíscuas que o islã

De 15 em15 dias, metade da página “Opinião” de O Globo é ocupada pelos artigos de um islâmico radical, o jornalista Rasheed Abou-Alsamh, e nunca houve um só em que ele deixasse de criticar a nossa civilização judaico-cristã. Só que hoje ele extrapolou, e muito, ao classificar o Brasil e a França como “sociedades muito mais promíscuas” que o islã, em um texto onde ele protesta contra a proibição dos “burquínis” nas praias de Nice.

Como se não bastasse o mal que o islã dissemina no mundo inteiro, o celerado quer, ainda por cima, que os países que abrigam generosamente os fugitivos do inferno em que se transformou o Oriente Médio adaptem-se aos maus usos e costumes dessa infame civilização islâmica, em uma absurda e ridícula inversão de valores.

Mas voltemos à promiscuidade citada pelo rapaz. Um islâmico pode se casar com até quatro mulheres livres ao mesmo tempo, sendo que pode divorciar-se de uma delas e casar-se com uma quinta, desde que não mantenha mais do que quatro esposas ao mesmo tempo. Além disso, pode ter sexo com um número ilimitado de moças escravas e concubinas. Se Rasheed se desse ao trabalho de consultar um dicionário em vez do Corão, veria que promiscuidade significa “relacionamento sexual não monogâmico, com muitos parceiros diferentes”.

O Sura 4.3 (um capítulo do Alcorão) diz: “Se você tem medo de não poder tratar com justiça os órfãos, case-se com as mulheres que você escolher, duas ou três ou quatro, mas se você tem medo de não poder agir com justiça [com elas], então somente uma, ou aquela que a sua mão direita possui que seja mais apropriada, para evitar que você cometa injustiça”.

“Pois se um homem comprar uma moça escrava, o contrato de compra inclui o seu direito de ter sexo com ela” - Abd Ar Rahman Al Gaziri em seu livro Al-Fiqh ala al-Mazahib al-Arba’a.

Quem é promíscuo nessa história, cara-pálida?

Quanto ao título do artigo, “Respeite as mulheres muçulmanas”, dirigido aos “promíscuos” ocidentais, eu me arrisco a dizer que quem não respeita as mulheres islâmicas são eles mesmos. Nós as respeitamos, sim, tentando livrá-las da escravidão a que são submetidas através de medidas que podem ser restritivas aos olhos vesgos do islã, mas são libertadoras e valorizadoras da independência feminina.

Querem provas desse desrespeito? Então, com a ajuda do Doutor Salim Almahdy, vamos começar com as palavras do próprio Maomé:

“A mulher é um brinquedo, quem quiser levá-la, deve cuidar dela” - Ahmed Zaki Tuffaha em Al-Mar’ah wal-islam (A Mulher e o Islamismo);

“Os homens têm autoridade sobre as mulheres porque Alá fez um superior à outra” - Sura 4.34;

“Deus estabeleceu a superioridade do homem sobre a mulher pelo verso acima (Sura 4.34), o que não permite a igualdade entre o homem e a mulher. Porque aqui o homem está sobre a mulher devido à sua superioridade intelectual...” - Ahmed Zaki Tuffaha em Al-Mar’ah wal-islam (A Mulher e o Islamismo);

E mais:

“Certa vez, o Apóstolo de Alá disse a um grupo de mulheres: ‘Não conheço ninguém mais deficiente em inteligência e religião do que vocês. Um homem prudente, sensível pode ser desencaminhado por qualquer uma de vocês’. As mulheres perguntaram: ‘Ó Apóstolo de Alá, qual a deficiência da nossa inteligência e da nossa religião?’ Ele disse: ‘Não é a evidência de duas mulheres igual ao testemunho de um homem?’ Elas responderam que sim. Ele disse: ‘Essa é a deficiência da sua inteligência’... ‘Não é verdade que as mulheres não podem orar nem jejuar durante a menstruação?’ As mulheres responderam que sim. Ele disse: ‘Essa é a deficiência da sua religião’” - Este é um dos muitos Hadith, que significam ensinos, palavras e atos de Maomé, constante do livro de Sahih Al Bukhari, que os muçulmanos consideram o livro mais autêntico depois do Alcorão;

“As mulheres são mal agradecidas aos seus maridos pelos favores e o bem [atos de caridade feitos a elas]. Se você sempre tiver sido bom [benevolente] a alguma delas e então ela vir alguma coisa em você [que não seja do agrado dela], ela vai dizer: ‘Nuca recebi nenhum bem de você’” - Sahih Al Bukhari;

“A mulher é como uma costela; se você tentar endireitá-la, ela se quebra. Portanto, se você quer tirar proveito dela, faça-o mesmo sendo ela defeituosa” - Sahih Al Bukhari;

“A virgem pode ser obrigada por seu pai a ser dada em casamento sem ser consultada” - Ibn Timiyya (conhecido entre os muçulmanos como o xeque do islamismo);

“Mesmo a virgem adulta, o pai pode obrigá-la a casar-se” - Ibn Timiyya;

“O pai pode consentir em dar a sua filha em casamento sem a permissão dela, porque ela não tem escolha, exatamente como Abu Bakr El Sedick [o primeiro Califa depois de Maomé e seu sogro] fez com sua filha, Aisha, quando ela estava com seis anos de idade. Ele a deu em casamento ao profeta Maomé sem a permissão dela”. Aisha disse: “O mensageiro de Alá tomou-me como sua noiva quando eu tinha seis anos, e tomou-me como sua esposa quando eu completei nove anos de idade” (Ele estava com 54 anos de idade quando casou-se com ela) - Ibn Hazm em Al-Muhalla (O Adocicado);

“O entendimento aceito nas diferentes escolas de jurisprudência é que aquilo que foi contratado no casamento é para o benefício que o homem pode ter da mulher e não o contrário” (os seguidores do Imã Malik declararam que o contrato de casamento é um contrato de propriedade do benefício do órgão sexual da mulher e do resto do seu corpo) - Abd Ar Rahman Al Gaziri em Al-Fiqh ala al-Mazahib al-Arba’a;

“O direito ao prazer sexual pertence ao homem, não à mulher; isto quer dizer que o homem tem o direito de forçar a mulher a gratificá-lo sexualmente. Ela, por sua vez, não tem o direito de forçá-lo a fazer sexo com ela, a não ser uma vez (na vida). Mas, ele precisa, do ponto de vista da religião, fazer sexo com ela para protegê-la de ser moralmente corrompida” - seguidores do Imã Abu Hanifa.

E depois disso o sujeitinho asqueroso ainda quer nos dar lições de respeito às mulheres?

Eis o artigo do celerado:

Respeite as mulheres muçulmanas - Rasheed Abou-Alsamh

A recente decisão do prefeito de Nice, na França, de banir das suas praias o burquíni (um maiô que cobre por inteiro o corpo da mulher) é mais um ato discriminatório contra muçulmanos em nome dos direitos humanos e da liberdade. Já tive uma discussão com uma amiga brasileira sobre isso na internet, li um colunista argumentar contra o hijab, e ontem ouvi dois homens atrás de mim na fila do supermercado discutindo como o mundo tinha que liquidar os muçulmanos extremistas no Oriente Médio e acabar com o hijab das mulheres árabes, que as fazem parecer escravas.

Hijab em árabe quer dizer “cobertura”, e o conceito vem do Alcorão. Nele, Alá pede que mulheres se cubram quando saem de casa para se proteger de olhares alheios. “Ó profeta, dizei a vossas esposas, vossas filhas e às mulheres dos crentes que, quando saírem, que se cubram com suas mantas; isso é mais conveniente, para que se distingam das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é indulgente, misericordiosíssimo.”

É compreensível que pessoas de sociedades muito mais promíscuas, como o Brasil e a França, não entendam o uso do hijab. E que vejam isso como uma restrição à liberdade das mulheres de escolher como se apresentar ao mundo, uma limitação sobre o corpo delas. E, de certo modo, é uma restrição sim. Mas uma restrição que veio do olhar masculino que quer devorar tudo do sexo oposto. Mulheres muçulmanas que usam o hijab se sentem protegidas por ele, e mais valorizadas, ou o exato oposto do que os autodenominados “libertadores” do Ocidente pensam.

“As pessoas muitas vezes desprezam as mulheres muçulmanas como incapazes de ter poder ou identidade simplesmente porque elas usam hijab,” disse a fotógrafa americana Yumna Al-Arashi, de ascendência iemenita, ao “Huffington Post”. “Eu acredito que a emancipação das mulheres não exige a adesão a certa maneira de vestir — se é hijab ou biquínis. Definir emancipação com base na aparência física não está ligado ao sentido mais verdadeiro da palavra. Emancipação das mulheres permite a elas terem direitos iguais em todos os domínios, não importa como se vestem.”

O banimento do burquíni nas praias francesas, no entanto, não permite às muçulmanas que usam o hijab a opção de tomar banho de mar e nadar no Mediterrâneo. Isso para mim é uma violência contra mulheres, tão ruim e errada quanto forçá-las a usar o véu. Toda muçulmana deveria ter o direito de usar ou não o hijab. Essa liberdade é essencial em sociedades livres como a nossa aqui no Brasil, e deveria ser também na França. Ditar o que uma mulher pode ou não vestir na praia me lembra os muttawas, policiais religiosos na Arábia Saudita que vão atrás de mulheres em shoppings para ter certeza que nem um fio de cabelo está exposto.

“Sociedades fortes podem lidar com costumes e vestimentas diferentes. Se uma mulher muçulmana quer ir à praia usando um burquíni, isso não a faz uma ameaça à sociedade ocidental. Os reais inimigos da liberdade não são as portadoras de burquínis, mas os políticos que querem bani-los,” escreveu Juliet Samuel no “Daily Telegraph”.

Aqui no Brasil, não existe restrição oficial alguma ao hijab, mas há muita discriminação contra as mulheres brasileiras que o usam. Muçulmanas têm sido atacadas verbalmente nas ruas, sendo chamadas de terroristas e mulheres-bomba. E houve o caso da estudante de Direito Charlyane Silva de Souza, que foi impedida de fazer a prova da OAB em São Paulo em março de 2015 porque era muçulmana e cobria seus cabelos com um hijab.

Mulheres sauditas, que são obrigadas a usar o hijab no reino, estão ganhando mais espaço na vida pública, especialmente na área de esportes. Nesta Olimpíada do Rio, quatro mulheres sauditas estão competindo, todas cobertas da cabeça aos pés. É claro que isso traz desvantagens para elas por causa do calor e da umidade da cidade. Mas também é um triunfo para as sauditas, que só começaram a participar dos Jogos em 2012 em Londres, depois que o Comitê Internacional Olímpico ameaçou banir a Arábia Saudita e qualquer outro país que não tivesse mulheres competindo. A princesa Reema Bint Bandar Al Saud, que foi nomeada recentemente chefe de esportes para mulheres no reino, esteve no Rio esta semana acompanhando as atletas sauditas. Numa entrevista coletiva, ela prometeu que trabalharia a fim de legalizar academias para mulheres no país, que até hoje operam na semilegalidade, e a desenvolver espaços esportivos para o treinamento de atletas sauditas.

Até os Estados Unidos têm nesta Olimpíada uma atleta muçulmana competindo de hijab, Ibtihaj Muhammad, que ganhou uma medalha de bronze na esgrima. Muito alegre e animada, ela disse numa entrevista à TV que não via o véu como impedimento para praticar esportes. “Muitas pessoas não acreditam que as mulheres muçulmanas tenham voz ou que participem do desporto,” disse ela numa entrevista ao “USA Today”. “E não é só para desafiar equívocos fora da comunidade muçulmana, mas dentro da comunidade muçulmana. Eu quero quebrar as normas culturais.”

Com véu, sem véu; de burquíni ou de biquíni, a mulher muçulmana tem o direito de fazer suas próprias escolhas e de ser respeitada. Pessoas como o prefeito de Nice, que atacam mulheres por usar o véu, estão desrespeitando a inteligência, vontade própria e liberdade dessas mulheres. Forçá-las a não usar o véu não é um avanço social, mas sim uma violência e um desrespeito de enormes proporções.



2 comentários:

  1. (argento) ... como não dão ponto sem nó, tamanha Imbecilidade cumpre Objetivos ...

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  2. (argento - o Motor da História não é a Luta de Classes, mas a POLÍTICA) ... poiZé, Charlie Hebdo não creu, Créu! - a Globo cresceu, mes amies, e um tombo, a essa altura do campeonato ... mas há outro modo de ver a "koooisa!"; como se sabe (pois não sabem?), ainda não foi (ou será) desta vez que a turma que manda chover foi derrotada, de modo que é prudente "dar uma no cravo e outra na ferradura", em outras palavras, não é com o "impixa" que o Brasil decolará; aliás, muita água ainda vai rolar debaixo da ponte; de certo, Dilma sai, provavelmente Lula será preso - "vai-se um ou alguns dedos, ficam os anéis" - satisfeita a "Opinião" Pública, haverá tempo para contar os "feridos" e repensar a nova estratégia. E a Globo?, servirá!, qualquer que seja o Senhor do momento ...

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