Na praia, minha esposa, minha amiga-irmã, minha nora, meu
filho mais velho e dois netos. Tudo às mil maravilhas. Mar sem ondas, vento
Leste amenizando o Sol e relativamente pouca gente. Paraíso.
Eis que surge um rapaz que coloca suas tralhas na cadeira do
meu filho, que estava na água com meus netos. Um vendedor de cigarros a varejo e
de “seda” para enrolar fumo, mas que, por óbvio, vende maconha, coca e deus
sabe o que mais. Conheço essa gente há décadas. Tudo bem, fiquei na minha
porque sabia que era apenas um descanso e ele ia retirá-las rapidinho. Cansei
de relevar esse tipo de coisa com todos os tipos de ambulantes que aproveitavam
a sombra da minha barraca para dar uma descansada, um mergulho. Não é mole ser
vendedor de qualquer coisa na praia.
Só que, um minuto depois chega um “sócio” dele fumando um
cigarro de maconha que faz a mesma coisa, botando suas tralhas na cadeira. Não
prestou. Pedi que retirassem tudo da cadeira, incisivamente, mas sem agressão. O
que estava fumando achou que eu fui muito indelicado e saiu esbravejando com
sua bagana. Até então sentado, levantei e, aí sim, perdi a “elegância” esbravejando
para que ele fosse fumar maconha em outro lugar, mas o sujeito resolveu fazer
picuinha, sentou-se atrás da minha nora e começou a dar vastas baforadas.
Reiterei a “ordem”: “vá fumar longe daqui”.
Nisso, o outro resolveu tomar as dores do companheiro e
pegou a bagana para fumar, me afrontando, mas quando levou o cigarro à boca
levou um direto do velho abusado que vos narra essa história. Reagiu, mas não me
atingiu e, graças à turma do deixa-disso, escapei de levar uma coça, mas fiquei
com um souvenir: a marca de dois dentes dele na minha mão.
Até agora não consegui avaliar a situação. Os que
interferiram acharam que eu não deveria me meter com “essa gente”, outros, que
se omitiram na hora, acharam que eu agi bem e meu filho ficou magoado por não
ter visto e nem sido “acionado”.
Sim, fui imprudente, mas é da minha índole. Não consigo ser
passivo em nenhuma circunstância que envolva minha família e meus amigos. Não
aguento, aos 66 anos, um gato pelo rabo, mas vou morrer sendo assim.
Por isso a pergunta do título: metido a justiceiro,
irresponsável ou carente de um psiquiatra?
P.S.: se houvesse policiamento nada disso teria acontecido.
O Rio está entregue ao banditismo.