No site do Ministério da Cultura tem
uma parte que tenta esclarecer os “mitos
e verdades” sobre a Lei Rouanet. Um dos “mitos” citados é que “a Lei Rouanet favorece os grandes produtores
culturais e artistas famosos”. A tentativa de desmitificar é a seguinte:
“Os projetos são propostos pela sociedade e a decisão sobre o
financiamento é de pessoas jurídicas e físicas. Pequenos proponentes,
produtores e artistas iniciantes, podem dispor de outras modalidades de
financiamento, como os editais. Mesmo assim centenas de projetos também são
apoiados pela Lei Rouanet.”
Ou seja, a escolha sendo do
financiador é mais que lógico que ele procure um artista que lhe dê retorno.
Ninguém vai patrocinar um Zé das Couves quando pode patrocinar um Caetano, por
exemplo. Portanto, essa falta de direcionamento do MinC acaba não incentivando
xongas, já que na própria tentativa de desmitificação há a clara recomendação
aos “pequenos proponentes, produtores e artistas iniciantes” para que batam em
outra freguesia, apesar da afirmação de que “centenas de projetos” desses iniciantes
“também são apoiados” - só que não recebem retorno.
Como se pode concluir, essa lei é
um engana-trouxa que, sem a menor dúvida, só ajuda a quem não precisa ser
ajudado, fato que colabora decisivamente para a estagnação cultural e prova que
sua proposta é uma balela que funciona ao contrário.
E para não dizerem que não falei
de flores, falo do adubo. Pois é, em 2015 o MinC aprovou um projeto de
financiamento para A MERDA do seu Alexandre Brazil da Silva no valor de R$
629.750,00. E fosse lá o que fosse, apesar dos pesares, A MERDA conseguiu
captar 300 mil pratas! Afinal, se teve gente pra financiar a campanha do Haddad,
por que não financiar A MERDA?
Ah, Bolsonaro, não te invejo. Vais
ter um trabalho danado para transformar o Brasil de hoje - que é uma piada de
mau gosto - em alguma coisa mais séria.
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