quinta-feira, 30 de julho de 2015

Que raio de oposição é essa do PSDB, cujos governadores agora querem blindar o governo?

Segundo o Estadão, os tucanos presentes ao encontro dos governadores com Dilma indicaram que vão endossar o pedido da presidente para que ajudem a impedir que o Legislativo aprove “pautas-bomba” – aquelas que elevam as despesas e ameaçam o ajuste fiscal – e gere gastos em cascata nos Estados. São eles o anfitrião do encontro, Geraldo Alckmin, do Paraná, Beto Richa, de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do Pará, Simão Jatene e de Goiás, Marconi Perillo.

Já Aécio Neves ressaltou ontem que a ida de governadores do partido à reunião convocada pela presidente é “natural”, mas não significa apoio à petista. “É absolutamente natural que governadores, independentemente de serem da oposição ou da base do governo, se reúnam com a presidente da República, por mais fragilizada que ela esteja”, disse. “Em relação aos governadores do PSDB, o que não se cogita é qualquer manifestação de apoio a esse governo.”

Tem alguma coisa de errado aí. Como não há “manifestação de apoio” se os cinco panacas querem proteger o governo? Que bosta de oposição é essa que comparece a um encontro totalmente improdutivo e inútil, a não ser para Dilma e o PT que, com essa decisão estapafúrdia, podem ganhar uma sobrevida?

Pelo visto, Aécio não manda nada naquela espelunca em que se transformou o PSDB.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Atenção: Comunicado Importante do Ministério Público Federal


Se queremos um país livre de corrupção, precisamos nos unir. O Ministério Público Federal acredita em um Brasil mais justo, com menos corrupção e menos impunidade. É possível transformar a indignação com a corrupção em mudanças efetivas para a sociedade.

Para acabar com o círculo vicioso de corrupção privada e pública, é preciso implementar mudanças sistêmicas e estruturais. Essas mudanças incluem o fim da impunidade, pois esta e a corrupção aparecem intimamente relacionadas em diversos estudos e pesquisas internacionais sobre esse problema.

O MPF tem trabalhado com rapidez e agilidade nos processos envolvendo crimes de corrupção. Mesmo assim, nem sempre alcança a Justiça, porque o sistema favorece a demora, a prescrição (cancelamento do caso penal decorrente da demora) e a anulação do caso com base em formalidades.

Para construirmos uma nova realidade, o MPF apresenta dez medidas para aprimorar a prevenção e o combate à corrupção e à impunidade. As propostas objetivam Transparência, Prevenção, Eficiência e Efetividade.

As medidas buscam, entre outros resultados, evitar a ocorrência de corrupção (via prestação de contas, treinamentos e testes morais de servidores, ações de marketing/conscientização e proteção a quem denuncia a corrupção), criminalizar o enriquecimento ilícito, aumentar penas da corrupção e tornar hedionda aquela de altos valores, agilizar o processo penal e o processo civil de crimes e atos de improbidade, fechar brechas da lei por onde criminosos escapam (via reforma dos sistemas de prescrição e nulidades), criminalizar caixa dois e lavagem eleitorais, permitir punição objetiva de partidos políticos por corrupção em condutas futuras, viabilizar a prisão para evitar que o dinheiro desviado desapareça, agilizar o rastreamento do dinheiro desviado e, por fim, fechar brechas da lei por onde o dinheiro desviado escapa (por meio da ação de extinção de domínio e do confisco alargado).

As propostas do MPF são resultado da Portaria PGR/MPF nº 50, de 21 de janeiro de 2015, assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O documento permitiu a criação de comissões de trabalho compostas por integrantes da instituição, com o objetivo de encaminhar sugestões de mudança legislativa para implementar medidas de combate à corrupção. O trabalho teve início com os estudos desenvolvidos pela força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato na primeira instância.

Depois do lançamento das medidas em 20 de março de 2015, os cidadãos foram convidados a conhecer e avaliar as propostas de alterações legislativas para enviar sugestões. Depois de mais estudos e reformulações pontuais, os anteprojetos de lei foram entregues pelo MPF ao Congresso Nacional em 1º de junho.

Agora, a sociedade é chamada a apoiar e defender as medidas, conclamando o Congresso para que promova as alterações estruturais e sistêmicas necessárias para prevenir e reprimir a corrupção de modo adequado. Está disponível uma ficha de colheita de assinaturas (“lista de apoiamento” ) que pode dar origem a um projeto de lei de iniciativa popular. Mesmo que algum parlamentar proponha as medidas, as assinaturas serão muito importantes como manifestação de apoio à sua aprovação no Congresso. Além disso, pessoas e organizações podem assinar uma carta de apoio contra a corrupção  declarando anseio pelas reformas.

Veja arquivo com todas as propostas legislativas. Veja arquivo com o sumário executivo das medidas.

Marina Silva, que parece que gosta de apanhar, agora defende Dilma

Marina Silva, Rainha do Mogno Roubado, que, depois de ser desqualificada e apanhar mais que boi ladrão do PT nas eleições de 2014, resolveu defender seus agressores, mandou essa no UOL:

“Aqui no Brasil está todo mundo feliz de dizer que a culpada pela corrupção é a Dilma. Quando a corrupção virar um problema nosso, criaremos instituições para coibi-la. Não é sustentável acharmos que a corrupção é o problema de uma pessoa, de um grupo ou de um partido.”

Como “feliz”, Rainha Marina? Por acaso Vossa Alteza acha que somos um povo de doidos? Que gostamos de sofrer? De mais a mais não há como Dilma não ser culpada - é óbvio que não sozinha - pela corrupção se ela foi ministra de Minas e Energia, além de chefiar o conselho da Petrobrás durante quase todo o mandato de Lula.

Aliás, Vossa Alteza precisa ser mais clara em vossas palavras. Quando diz que o “problema” não é “nosso”, eu não sei se o “nosso” refere-se aos seus súditos ou ao povo em geral, Vossa Alteza incluída; já quando diz que não é justo “acharmos que a corrupção é problema uma pessoa, de um grupo ou um partido”, fica claro que a pessoa é Dilma e o partido é o PT.

Responda, Alteza: a corrupção é problema de quem, se não é nosso, que sofremos com ela? Do Bispo? Do Papa? E para que criar novas instituições? Será que Vossa Alteza acha que as que já existem não estão de bom tamanho e que não nos sorvem dinheiro suficiente?

O “problema” é Dilma e é o PT, que saqueou a Petrobras - para ser específico -, mas não é DE Dilma e nem DO PT, ou seja, a solução compete a todos - menos a eles -, através das instituições que representam o povo.

Não seja calhorda, Rainha Marina. Vossa Alteza sabe muito bem que ninguém está discutindo o sexo dos anjos e nem as origens da corrupção para punir postumamente o primeiro corrupto.

Em tempo: como andam os processos contra Fábio Vaz de Lima, seu marido, que, diga-se de passagem, pilotava até o ano passado um cargo de confiança no governo do petista Sebastião Viana como secretário adjunto de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, foi um dos colaboradores do plano de governo do atual governador Tião Viana, também petralha e que hoje anda sumido?

Só para refrescar: Em um deles Fábio é réu numa ação civil por improbidade administrativa. A ação tramita na 6ª Vara da Justiça Federal, em São Luís, capital do Maranhão, conhecido e noticiado como “Caso Usimar”, processo de número 2001.37.00.008085-6. Fábio e outros 18 réus foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter aprovado, em 14 de dezembro de 2000, um projeto da Usimar Componentes Automotivos no Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Segundo a denúncia, o projeto, que nunca saiu do papel, resultou num prejuízo de R$ 44,15 milhões. A ação tramita na Justiça desde dezembro de 2001.

No outro - processo 005422/2011-58 -, 6.000 toras de mogno, compunham uma carga milionária que o Ibama repassou à Organização Não-Governamental Fase - que, por sua vez, entregou nas mãos de uma madeireira, a Cikel. Descontados os custos do processo, a companhia pagou 3,5 milhões de reais à Fase para ficar com o material, só que a sua contabilidade atribuiu ao mogno o valor de 8 milhões de reais.

A ligação de Fábio Vaz de Lima com o caso foi aventada porque ele era casado com a então ministra Marina Silva e havia sido o nome mais influente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), uma entidade que congrega dezenas de ONGs e tem na Fase um de seus principais integrantes. Fábio teria influenciado a decisão do Ibama, um órgão controlado pelo Ministério do Meio Ambiente.

O Tribunal de Contas da União analisou o caso e apontou irregularidades na transferência da madeira. A escolha do destinatário do material não foi justificada. O valor real das toras de mogno seria de 36 milhões, e não de 8 milhões, como apontado na prestação de contas da madeireira que adquiriu a carga.



segunda-feira, 27 de julho de 2015

Em 17 anos, CPIs da Petrobras não viram nada irregular na estatal, ou, como queiram, “tava tudo dominado”...

“Tava”, porque agora o “bicho tá pegando”!

Globo

Desde 1998, a Petrobras foi alvo de quatro CPIs, incluindo a atual, na Câmara. Embora houvesse suspeitas de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima e de pagamento de propinas a funcionários da petroleira, os parlamentares dessas comissões nada viram de irregular. Suspeitos, que hoje se tornaram réus na Operação Lava-Jato, sequer foram ouvidos. E os relatórios apresentados à época dedicaram mais páginas a discorrer sobre a importância da estatal do que a apontar irregularidades.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), hoje alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal sob acusação de participar do esquema, foi relator de uma dessas CPIs em 2009. Ele indeferiu requerimentos para convocar os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Os dois voltaram a ser poupados na CPI mista de 2014, que também deixou de ouvir Fernando Baiano (investigado hoje como operador do PMDB) ou o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, embora pedidos nesse sentido tenham sido aprovados.

O motivo alegado nas outras CPIs foi falta de tempo para ouvi-las. Em 2009, a CPI criada no Senado em maio e encerrada em dezembro teve vários objetivos: investigar denúncias de superfaturamento em Abreu e Lima, fraudes na licitação para reforma de plataformas, desvio de dinheiro dos royalties, uso irregular da verba de patrocínio, entre outros. O presidente foi o petista João Pedro (AM), e o relator, Romero Jucá. O texto final de Jucá não viu nada de errado em Abreu e Lima. E mais: como relator, Jucá impediu a convocação de Costa, Duque e de diretores de empreiteiras que hoje, graças à Lava-Jato, descobre-se que fizeram um cartel para dividir obras e desviar recursos

"Podemos concluir, portanto, que a obra de terraplenagem da refinaria do Nordeste foi executada por preços compatíveis com a complexidade técnica do empreendimento e a realidade do mercado", diz parte do relatório de Jucá a respeito da Abreu e Lima. O relator contestou análise do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou sobrepreço.

Em 2014, ano de eleições, foram criadas duas CPIs. Uma só no Senado, da qual a oposição se recusou a participar. Outra, com deputados e senadores. A do Senado, presidida por Vital do Rêgo (PMDB-PB), teve como relator José Pimentel (PT-CE). Considerada chapa-branca, trabalhou dois meses, reuniu-se 11 vezes, ouviu 16 pessoas, aprovou 83 requerimentos e não teve relatório final, subscrevendo o produzido pela CPI mista, do petista Marco Maia (RS) - que dedicou-se em parte a discorrer sobre a história da Petrobras.

Jucá não retornou as ligações, Marco Maia também não. José Pimentel informou que subscreveu integralmente o relatório de Maia porque as duas CPIs investigaram o mesmo tema.

AS CPIS DA PETROBRAS

2009 (SENADO)
ABREU E LIMA. Requerimentos sobre planilhas de pagamentos e projetos da refinaria não foram apreciados. O relatório final não identificou irregularidades.
Depoimentos. Mesmo com requerimentos aprovados, o relator da CPI, Romero Jucá, não chamou Paulo Roberto Costa e Renato Duque para depor.
Plataformas. O TCU apontou irregularidades na construção da P-52 e da P-54, mas o relator da CPI não encontrou problemas.

2014 (SENADO)
CONCLUSÃO. O relator José Pimentel nem fez relatório final.
Requerimentos. Não incluíram a convocação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari e de Fernando Baiano, operador do PMDB.
Refinarias. Nada foi apontado.

2014 (MISTA)
Depoimentos. Ficaram sem depor Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano, entre outros.
Relatório. De 914 páginas, 109 elogiam a Petrobras.


O controle da informação que o governo quer

Manchete em letras garrafais no site 247 “SEIS FAMÍLIAS CONTROLAM 70% DA IMPRENSA NO BRASIL”

“Refugiado na embaixada do Equador em Londres, Julian Assange, fundador do Wikileaks, recebeu o jornalista Jamil Chade, correspondente do Estado de S. Paulo, para falar sobre sei livro Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet, que está sendo lançado no Brasil pela Boitempo Editorial. Na entrevista, ele disse que um dos principais problemas da América Latina é a concentração da mídia. “No Brasil, seis famílias controlam 70% da informação”.

Não é um absurdo? Bom mesmo seria se vingasse o plano do governo de botar TODA a informação sob o controle da quadrilha do PT. Já pensaram nassifs, azenhas, phamorins, attuchs (do 247) et caterva comandando as notícias da miséria erradicada, da estabilidade política, da eficiência do governo, do progresso econômico?...

domingo, 26 de julho de 2015

Ferreira Gullar: As boas e as más intenções

É quase isso...

Numa coisa Karl Marx estava certo: o capitalismo é um regime de exploração. Mas daí partiu para uma conclusão errada: só o trabalhador produz riqueza e o capitalista só explora. Não é verdade, e essa conclusão errada foi responsável pelo fracasso dos governos comunistas, que excluíram a iniciativa privada –ou seja, o empreendedor– e puseram em seu lugar meia dúzia de burocratas do partido, incapazes de gerir até mesmo uma quitanda.

É curioso que ninguém se tenha dado conta disso, a começar pelo próprio Marx, homem culto e de rara inteligência. Talvez a razão de tal equívoco tenha sido o caráter selvagem do capitalismo do século 19, que explorava os trabalhadores sem qualquer escrúpulo.

Marx via os capitalistas, portanto, como cruéis exploradores que não mereciam participar da sociedade igualitária do futuro, a qual, segundo ele, seria governada pela ditadura do proletariado. O que, aliás, nunca aconteceu nem podia acontecer, uma vez que, a começar por ele, quase todos os líderes revolucionários de esquerda eram de classe média.

Chego a pensar que tampouco a classe operária sonhada por Marx era revolucionária. O operário não só não tinha conhecimento dos problemas da sociedade como temia perder o emprego, uma vez que não lhe restaria outro meio de sobrevivência.

Ele era pobre, o irmão era pobre, o pai era pobre. Já o cara de classe média, se perdia o emprego, tinha o pai para socorrê-lo ou algum outro parente. Por isso o operário pensava duas vezes antes de se meter em encrenca.

Tanto isso é verdade que, em nenhum país desenvolvido, a revolução operária aconteceu. Nos Estados Unidos, que possuíam a maior classe operária do planeta, o partido comunista nunca teve qualquer importância.

A verdade é que, se sem o trabalhador não há produção, sem o empresário também não há. Neste momento, aqui mesmo no Brasil, há milhões de pessoas inventando agora pequenas empresas, médias empresas, grandes empresas, que vão promover o crescimento econômico do país, gerar empregos e riqueza.

Mas não é o empresário que, sozinho, vai pôr sua empresa para funcionar; precisa do trabalhador. O problema é que a riqueza produzida assim é mal dividida: o patrão fica com a parte do leão. Daí a desigualdade que caracteriza a sociedade capitalista e que, se já não é a mesma que no século 21, tampouco conseguiu eliminar a pobreza, mesmo em países desenvolvidos.

Está errado, mas também não estaria certo todo mundo ganhar a mesma coisa, uma vez que as pessoas têm capacidades diferentes. Nem todo mundo é Bill Gates ou Pelé ou Picasso. Tampouco tem sentido alguém ganhar milhões de dólares por hora enquanto outros mal ganham para sobreviver.

A conclusão a tirar de tudo isso, conforme penso, é que, se o regime capitalista tem a virtude de produzir riqueza, é uma riqueza desigualmente dividida. A conclusão inevitável é que devemos batalhar por uma divisão menos injusta possível.

Inteiramente justa, jamais o conseguiremos, porque, como se viu, a própria natureza é injusta, cria pessoas com capacidades desiguais. A justiça é, portanto, uma invenção humana e, por isso mesmo, depende das pessoas e das instituições para acontecer de fato.

Mas não é assim que pensam certos políticos que decidiram pôr, no lugar do marxismo extinto, um populismo dito de esquerda, que se vale da referida desigualdade social para ganhar o apoio dos mais pobres para chegar ao poder e pôr em prática programas assistencialistas, que não resolvem os problemas; pelo contrário, os agravam, como ocorre hoje na Venezuela, na Argentina e no Brasil.

Não há exagero, portanto, em apontar o caráter demagógico do populismo que, chegado ao governo, faz o contrário do que prometeu.

É possível até que, em alguns casos, acreditem, na sua visão equivocada, que têm a solução dos problemas, mas, na hora de enfrentá-los, veem que, nesse campo, milagres não acontecem. O resultado é o desastre, de que é exemplo o governo Dilma no Brasil.

Mas esse populismo está sendo desmistificado pela realidade dos fatos, como ocorreu agora mesmo na Grécia, onde o premiê Alexis Tsipras teve que fazer exatamente o contrário do que prometeu para chegar ao poder: submeteu-se às imposições dos credores.

sábado, 25 de julho de 2015

E os idiotas continuam despertando

“Eu escolhi não ter carro. É um jeito que achei de contribuir pra um mundo melhor. (...) A parte ruim dessa história é o próprio táxi. (...) carros com cheiro podre, grosseria, barbeiragem, discursos homofóbicos e reacionários. (...) O Uber taxi aparece como uma alternativa que alivia, somente porque funciona. Não tem como conter. É o novo mundo.”
Luis Lobianco, comediante(?) da “Porta dos Fundos”.

“Acho que as pessoas não estão preparadas para novidades e novas alternativas na gastronomia e no modo de vida. São pessoas muito limitadas, que vivem no seu quadrado e não querem se abrir para o novo.”
Bela Gil, nutricionista(???), inventora do churrasco de melancia e da cúrcuma (açafrão) como dentifrício, reclamando porque ninguém gostou nem de um nem de outro.

Esses dois pascácios são o exemplo da glória dos idiotas. Um não tem carro para contribuir pra um mundo melhor, mas usa táxi para ouvir discurso e a outra acha que gastronomia é abusar da boa vontade do freguês.

E depois somos nós os limitados... 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O formidável despertar dos idiotas

Marx por Loredano
“Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.” Nelson Rodrigues

A cada dia que passa esse pensamento de Nelson fica mais atual e absoluto. Hoje é praticamente impossível debater sobre algum assunto cultural, político, social e outros tantos, sem que os idiotas, que outrora limitavam-se a babar na gravata, explodam triunfalmente com suas máximas facebookianas, lídimas herdeiras das citações de pé de página do Reader’s Digest, e decretem suas verdades absolutas.

Mais ainda Nelson acerta ao atribuir esse formidável despertar dos idiotas a Marx, quando este lhes delegou importância exclusivamente pela onipotência numérica. À época, eles eram em maior número - e ainda o são -, só que hoje, embriagados pelo falso crédito dado, acham-se no direito de papaguear as asnices aprovadas e divulgadas pelos herdeiros do alemão burguês de inexplicável prestígio, sem que tenham a menor noção do que dizem, pela absoluta e total capacidade de um raciocínio minimamente lógico.

O cardápio deles é simples e óbvio ululante: elogiar e apoiar as reivindicações dos gays e similares, atacar Israel e os judeus do mundo inteiro sem dó nem piedade e, em consequência, defender os islâmicos, atribuir as mazelas pelas quais, de tempos em tempos, passa o planeta Terra ao “progresso desenfreado” das elites mundiais, que destrói o meio ambiente, e uma certa ponderação quando alguém ataca o desgoverno do PT - até porque nem mesmo aqueles que um dia acreditaram que essa quadrilha no poder pudesse dar em boa coisa não acreditam mais, mas não querem dar o braço a torcer, só o dedinho...

É claro que há outros assuntos onde as “verdades” dos idiotas também são expostas por eles, como a defesa dos indígenas para que permaneçam na Idade da Pedra Lascada, do feminismo, do aborto indiscriminado, da maconha, da liberação das drogas, enfim, da vasta gama de imbecilidades que defendem, sem que em nenhuma delas tenham uma argumentação minimamente plausível. É, porque é!

E eu não estou falando de gente qualquer, mas sim daquele pessoal acima da média, que estudou para se formar, que teria por obrigação saber o que diz, pelo menos com um mínimo de conhecimento sobre os assuntos que se aventuram a palpitar, mas que se limita a papaguear dogmas politicamente corretos.

Eu não vou me dar ao trabalho de contestar nenhuma delas aqui e agora, já que faço isso há décadas, pontualmente, e vou continuar a fazer em meus textos. Eu só optei pelo que Nelson Rodrigues chama do “emudecimento dos melhores” - sem modéstia nenhuma - quando esses assuntos forem tratados em debates verbais, para evitar atritos que extrapolem a oralidade e, como diria o grande filósofo contemporâneo Roberto Jefferson, me despertem os sentimentos mais primitivos.

A gota d’água dessa decisão foi em uma reunião despretensiosa onde algumas pessoas e eu - todas maiores, vacinadas e relativamente íntimas entre si - conversávamos sobre amenidades, até que um determinado cidadão falou a palavra mágica: Brasília, mencionando o descontrole urbano da cidade, que hoje apresenta níveis altíssimos de criminalidade e uma favelização descomunal. É claro que uma coisa leva à outra e a outra leva à uma, já que todas as favelizações geram bandidos e estes fazem de tudo para ampliá-las.

Foi então que caí na besteira de dizer que Brasília não foi planejada, mas sim simplesmente projetada por Lucio Costa e Oscar Niemeyer apenas para as necessidades da época, sem a menor visão de futuro. O projeto foi todo baseado nos conceitos de Le Corbusier - a quem copiavam descaradamente - da década de 1920, e dava exclusividade à estrutura rodoviária, up to date 40 anos antes, mas que já não fazia mais nenhum sentido em 1960. De quebra, acrescentei que ambos tinham seus egos bem maiores que as pranchetas e que suas obras nunca passaram de uma exteriorização dos mesmos. Pra quê! Despertei a mesma reação que despertaria se afirmasse que deus não existe em uma reunião de crentes.

Para a maioria esmagadora dos brasileiros “cultos” Niemeyer é tão intocável quanto a Petrobras. Foi um tal de falar isso e aquilo sem sentido, enaltecendo as “maravilhas” arquitetônicas do “mestre” que até lembraram do plano piloto para a Barra da Tijuca, de Costa-Niemeyer. Quem lembrou frisou bem que “a Barra não é nada daquilo que foi projetado”. Lembrei então que, de triste memória e xerox autenticada do de Brasilia, o plano transformaria o bairro em um imenso paliteiro, e que, de certa forma acabou transformando mesmo, pois, ao contrário do que disse meu interlocutor, ele não foi completamente abandonado, mas sim enxertado, e virou o monstro de inviabilidade urbana que todo mundo conhece.

Com ares de “onde já se viu criticar Niemeyer” e um sorrisinho de vitória nos cantos das bocas, óbvia e somente por estarem em maior número, embora não tivessem contestado um só dos meus argumentos, os idiotas tergiversaram, partiram para o islamismo e eu, mais uma vez com minha grande boca, falei que as barbáries perpetradas em nome daquela religião só cessarão quando o último dos aiatolás for subjugado pela força, a única linguagem que entendem, já que o “resto” do mundo é tratado por eles como inimigo mortal. E mais uma vez as vozes da insensatez estrilaram em uníssono - pasme-se - culpando Israel e argumentando que as atrocidades cometidas pelos muçulmanos são apenas o modo que eles têm para defenderem-se dos judeus.

Não querendo me aprofundar, apenas argumentei que não há como um país com 20 mil km2 e pouco mais de oito milhões de habitantes ser ameaça a mais de 400 milhões distribuídos em 13 milhões de km2. Disse ainda que não há solução interna para países que adotam efetiva e formalmente como constituição um livro religioso, o Corão, escrito ou ditado há 1500 anos e baseado no “sonho” de um homem louco.

Como era de se esperar, fui “derrotado” em meus argumentos e, aos poucos, fui me calando, até que alguém disse: “Para o Ricardo, a solução é matar comunistas e muçulmanos” e, virando-se para mim, com todos rindo o riso da vitória triunfal da imbecilidade, “crioulos também?”.

Contei até dez, cocei a cabeça e mandei, em meio à evidente aprovação da pergunta-afirmação “politicamente correta”: “Claro!, mas desde que sejam tão idiotas quanto vocês que, enquanto existirem, vão servir de adubo às civilizações amorais que ora emergem em toda parte, oriundas das mais diversas mentes doentias, com a sua aquiescência e com seu estímulo, típicos de quem tem a preguiça mental dos derrotados, dos emprenhados pelos ouvidos e dos seguidores de modismos. Adubo, esterco, merda, é o que vocês são!”. Ou mais ou menos isso.

E mais não quis saber nem ouvir, para que os tais “instintos primitivos” não se manifestassem em mim, já que sou bastante suscetível a eles. Levantei-me e rumei para outro nicho, onde a idiotia manifestada era apenas a superficialidade das fofocas televisivas.

Definitivamente encerrei o expediente. Conversa, debate ou discussão, ao vivo e a cores, nunca mais!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Tô vivo!

Tô vivo! Meio deprimido, confesso, depois que o deus supremo Olavo de Carvalho reduziu a direita brasileira a pó de traque ao afirmar que depois que ele “foi lá” e matou o “monstro” todo mundo virou herói.

“Durante trinta anos de vigência da hegemonia intelectual da esquerda, todos os direitistas, sem exceção, ficaram encolhidos de medo, inermes e atônitos, incapazes da menor reação efetiva, no máximo resmungando um pouco em circuito fechado. Aí veio um sujeito e, sozinho, deu cabo dessa hegemonia. Então os ratos começaram a sair das suas tocas e, num surto de coragem tardia, puseram-se a roer o cadáver da falecida com ares de quem enfrentasse um inimigo vivo, e a rosnar impropérios contra o matador da desgraçada, dizendo que ele não tinha feito nada de mais, que era apenas um astrólogo embusteiro, um gnóstico alucinado, talvez até um comunista enrustido. Essa é a biografia mental da direita brasileira nas últimas décadas. Não espanta que essa gente, mesmo secundada por noventa e dois por cento da população, não consiga derrubar um governo caquético e moribundo.

Durante trinta anos esses bostinhas não conseguiram fazer NADA contra a hegemonia esquerdista. No máximo murmuravam pelos cantos e choramingavam no travesseiro. Depois que eu fui lá e matei o monstro, todo mundo virou herói. A velha ideologia direitista brasileira - udenista, tefepista, integralista, liberal, etc - era ABSOLUTAMENTE impotente para compreender a estratégia esquerdista posterior aos anos 60, quanto mais para combatê-la eficazmente. A maior parte dos que AINDA falam em nome da direita nunca leu sequer uma página de Karl Marx, para não falar de Lênin, Stalin ou Mao. Pegam frases soltas nos meus artigos, transformam em chavões, repetem como papagaios e acham que estão fazendo alguma coisa.”

Meu Deus Supremo! Vós tendes lugar de eterno destaque em meu panteão! Claro que tereis que dividi-lo com Oscar Niemeyer, Paulo Coelho e Fernando Collor, cujos egos batem com o vosso.

E antes que eu me esqueça, ide tomar bem no centro do orifício corrugado localizado abaixo da parte ínfero-posterior da vossa região lombar, para evitar que o atrito não corroa as circunjacências, visando a preservar a integridade da vossa Prega Mater.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sindicatos do crime

“Renda mais alta, distribuição mais justa dela e promoção de direitos sociais jamais seriam conquistados ao longo da história sem que os trabalhadores se organizassem em sindicatos e realizassem greves. Estas conquistas contribuíram para o desenvolvimento de nossos países e os sindicatos tornaram-se atores dele. Nós precisamos de sindicatos cada vez mais fortes para definitivamente erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento. Colocar dificuldades para restringir a atuação sindical é um desserviço que não interessa a ninguém.”
Parágrafo final de artigo assinado por Lula - “A liberdade sindical e o direito à greve” -, e publicado na Global Labour University, coisa que eu duvido, já que esse jumento não tem competência nem para assinar o próprio nome.

O mais interessante é que hoje, O Globo publica um artigo - “Dirigentes sindicais se eternizam no poder” - sobre a vergonheira que são os 10.620 sindicatos no País, do qual eu destaco os desatinos proferidos pela presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói, Rita de Cácia Rodrigues Almeida - cujo nome já é um erro gramatical - para se ter a ideia do nível de gente que comanda essas quadrilhas.

Para começo de conversa, como ela não tinha sido encontrada na sede da entidade, onde não era vista há quase duas semanas, a equipe de reportagem resolveu ligar para o celular e recebeu a seguinte resposta de Cácia:

“Alô, estou em Dubai com meu marido. Soube que você quer uma entrevista comigo, é isso? Vai passar ao vivo na televisão? Quero que seja ao vivo. Chego amanhã (terça) no Galeão então, voo previsto para 14h30m, para dar essa entrevista!”

É mole? Dubai! Exatamente onde estava quando, em setembro do ano passado, foi o principal alvo de uma operação da Polícia Civil denominada Sindicato do Crime. A suspeita contra ela é de desvio de recursos de uma taxa paga por lojistas para a liberação do trabalho de seus funcionários durante os feriados. As investigações resultaram num processo criminal, que corre em segredo de justiça, cuja principal acusação é de apropriação indébita. Enquanto isso, Rita segue firme como presidente da entidade. Eleita em 2008, ela tem um mandato de nada menos do que 12 anos!

Ao chegar no Galeão, onde um serviço de filmagem contratado por ela para registrar tudo e três advogados já estavam a postos, disparou:

“‘Sindicato do Crime’ e eu estou solta... Achei isso o maior barato, uma história hilárica (sic)! Sabe o que é uma história hilárica (sic)? É essa. Eu vim aqui compor mais um pouquinho com a história hilárica (sic). Se você viesse com a polícia, algemas e provas para me entrevistar, você seria um bom repórter. Mas indagar? Pelo amor de Deus, eu pagaria a sua passagem para ir a Dubai, para me indagar no meu palácio! Não aqui no aeroporto!”

E seguiu:

“Você pode fazer a imagem que você quiser porque eu sou púbrica (sic). Como nós estamos fazendo de vocês (repórter e fotógrafa). Do mesmo jeito que vocês estão arquivando, a gente vai arquivar tudo também.”

Ao ser indagada sobre a cobrança da taxa de feriado, considerada ilegal pelo Ministério Público do Trabalho de Niterói e suposto foco de desvios de recursos da entidade, mandou:

“Nós estamos falando ‘a nível de’ Rio de Janeiro.”

Ao fim de dez minutos de entrevista, o saguão do Galeão parou para ouvir as respostas aos gritos de Rita. Para ela, o culpado de tudo isso foi o repórter:

“Você me constrangiu (sic) aqui perante o aeroporto!” - E bateu em retirada

Isso é apenas uma mostra da caricatura generalizada e de extremo mau gosto que são essas quadrilhas sindicais, que arrecadam R$ 3,18 bilhões por ano só em “contribuições sindicais”, dividida entre os 8.500 “capos” que lá estão desde o primeiro desgoverno de Lula. Fora valores recebidos pelas mensalidades dos infelizes que a elas se associam e a outras contribuições.

E Lula ainda tem a cara de pau de dizer que “nós precisamos de sindicatos cada vez mais fortes para definitivamente erradicar a pobreza”. Bem verdade que ele não falou pobreza de quem... 

Braziu do PT - Pátria Educadora: 38% dos acadêmicos do país são analfabetos funcionais

Leônidas Villeneuve: 10 números que mostram como a educação no Brasil está pior do que você imagina

Se você está entendendo completamente o que está escrito aqui, já não se encaixa mais na categoria de analfabeto funcional – aquele que consegue ler as palavras, mas não compreende o sentido da frase. Sinta-se privilegiado: 38% dos acadêmicos do país são considerados analfabetos funcionais. Entre os alunos do último ano do Ensino Médio da rede pública, 78,5% não apresentaram proficiência mínima em leitura. Já na prova de Matemática, 95% apresentaram não demonstrar domínio sobre conhecimentos básicos esperados para sua idade.

São números alarmantes. Os problemas da nossa educação não atingem metade dos alunos, não atingem só a “turma do fundão”: ela se mostra na absoluta maioria dos alunos – e boa parte daqueles que se destacam sabem apenas o básico.

Estes índices, no entanto, são apenas a ponta do iceberg: os números da educação brasileira vão de mal a pior em praticamente todos os indicadores, apesar de investirmos proporcionalmente mais que países como a Espanha, Coreia do Sul, Alemanha, Canadá e Estados Unidos. Na lista abaixo você confere essas e outras estatísticas sobre a nossa “Pátria Educadora”.

1) TEMOS, PROPORCIONALMENTE, MENOS PESSOAS COM ENSINO SUPERIOR DO QUE O AZERBAIJÃO E A COLÔMBIA.
Em 2000, apenas 16,5% dos brasileiros possuíam diploma superior. A taxa era menor que a do México (20,7%), Azerbaijão (22,3%), Arábia Saudita (22,4%), Colômbia (23,3%), Cazaquistão (30,9%) e Bolívia (35,7%).

Dados mais recentes, coletados em 2011 pela OECD, mostravam uma piora do índice: somente 12,74% da população possuía diploma superior. Entre os 36 países analisados, ficamos no último lugar. Até o penúltimo colocado, a Turquia, dava uma lição ao Brasil: 18,87%.

2) 95% DOS ALUNOS SAEM DO ENSINO MÉDIO SEM CONHECIMENTOS BÁSICOS EM MATEMÁTICA.
matematica
A ONG Todos Pela Educação compilou em 2013 os resultados de exames realizados com alunos de todos os estados do país para determinar os níveis de aprendizado principalmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Os números são desanimadores. Apenas 4,9% dos alunos do 3º ano do Ensino Médio matriculados na rede pública atingiram a nota mínima para terem seus conhecimentos considerados adequados pelos examinadores – ou seja, menos de 5% dos alunos sabiam o que deveriam saber.

3) GASTAMOS MAIS PORCENTAGEM DO PIB COM EDUCAÇÃO DO QUE PAÍSES DESENVOLVIDOS…
O valor gasto pelo governo com educação no país representava 5,7% do PIB em 2012. A taxa, apesar de parecer pequena, é superior ao gasto com educação por países como Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Itália, Rússia, Alemanha, Canadá e Austrália no mesmo ano.

Mas não pense que essa é uma boa estatística: dado o nosso baixo desempenho em diversos rankings de educação (inclusive entre os realizados dentro do próprio país), é fácil entender como boa parte desse dinheiro é mal administrado.

E ainda tem outro problema: apesar do gasto em relação à economia estar num bom patamar, o valor que o governo gasta para manter cada aluno na escola está muito longe do ideal:

4) … MAS O GASTO POR ALUNO É UM DOS MAIS BAIXOS DO MUNDO.
A comparação do gasto com educação em relação ao PIB pode levar a um equívoco: apesar de gastarmos mais que diversos países, nosso PIB per capita ainda é muito baixo, consequência da baixa produtividade e da enorme burocracia do país.

Desta forma, ainda que o gasto seja proporcionalmente alto, o valor que é investido em cada estudante está muito abaixo da média dos países da OECD, que todo ano gastam em torno de US$ 9,5 mil com cada discente. O Brasil investe menos de US$ 2,7 mil por ano em seus alunos. No ranking mundial, estamos ao lado de países como Colômbia, México e Indonésia.

Sem desenvolvimento econômico e diminuição da burocracia, nossa educação nunca sairá do lugar, por mais que rios de dinheiro sejam despejados no sistema.

5) QUASE 40% DOS UNIVERSITÁRIOS SÃO ANALFABETOS FUNCIONAIS.
Há hoje no país 9 milhões de pessoas que até conseguem ler, mas não conseguem interpretar o sentido da frase – são, por definição, analfabetos funcionais. Mas estes 9 milhões que me refiro não são compostos de alunos do Ensino Fundamental ou adultos que largaram os estudos antes de se graduarem: são todos estudantes ou graduados do nível superior, cerca de 38% da nossa massa acadêmica.

6) NÃO CONSEGUIMOS COMPLETAR 4 DAS 5 METAS PARA EDUCAÇÃO QUE NÓS MESMOS NOS PROPUSEMOS.
Durante a fundação da ONG Todos Pela Educação, em 2006, foram estipuladas 5 metas para melhorar a educação do país até 2022: toda criança e jovem entre 4 a 17 anos na escola, toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos, todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano, todo jovem concluindo o ensino médio até os 19 anos e ampliação do investimento na educação.

As metas definidas pela organização foram aceitas pelo MEC como um compromisso do Ministério para os próximos anos.

Para a conclusão das metas no prazo estipulado, a ONG organizou metas anuais, que aumentam de forma gradual, para que o sistema de ensino possa se adaptar. Mas, apesar dos esforços, das 4 metas, apenas a última vem sendo concluída como esperado.

Todas as outras estão falhando em quase todos os estados e, apesar de algumas Unidades da Federação se destacarem, nenhuma delas conseguiu concluir até o momento todas as metas anuais propostas.

7) 73% DOS BRASILEIROS NÃO SÃO PLENAMENTE ALFABETIZADOS.
adultos
Apenas 26% das pessoas que realizaram os testes do Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) tiraram nota suficiente para se enquadrarem como plenamente alfabetizadas na última avaliação, realizada em 2011.

Além de alarmante, o número de brasileiros plenamente alfabetizados só vem caindo: eram 28% em 2007, caíram para 27% em 2009 e no último teste desceram para 26%. Apesar do número de analfabetos cair desde 2000, o número de pessoas com alfabetização considerada Rudimentar ou Básica vem subindo, o que significa que a educação dada aos analfabetos não possui um padrão de qualidade.

8) 78,5% DOS ALUNOS SAEM DO ENSINO MÉDIO SEM CONHECIMENTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA ADEQUADOS PARA A IDADE.
Dados da ONG Todos pela Educação mostram que, entre os alunos da rede pública matriculados no terceiro ano do Ensino Médio em 2013, somente 21,5% apresentaram conhecimentos adequados para a idade em Língua Portuguesa. Nas regiões Norte e Nordeste, os números são ainda piores: 12,4 e 12,7%, respectivamente.

O resultado passou bem longe da meta estabelecida pela ONG para aquele ano, de 39%. Nesse ritmo, nunca alcançaremos a meta final de termos mais de 70% dos alunos se formando com conhecimentos adequados para a sua idade; pelo contrário: quase 80% deles estão se formando sem saberem o básico.

9) OS RESULTADOS SÓ PIORAM COM O PASSAR DOS ANOS.
Os números sobre a educação no tempo certo (Meta 3) do Todos Pela Educação mostram que o desempenho dos alunos tem piorado à medida que eles avançam pelo ensino.

No 5º ano do Ensino Fundamental, as notas dos alunos da rede pública não atingiram a meta estabelecida por menos de 5 pontos percentuais em Língua Portuguesa e por 7 pontos em Matemática na média geral. A pequena distância facilitou para que diversos estados atingissem e até ultrapassassem as metas.

Mas na avaliação do 9º ano do Ensino Fundamental, a distância entre as metas e a realidade aumentou muito e nenhum estado chegou a efetivamente cumpri-las. Na média do país, faltaram 19 pontos percentuais em Língua Portuguesa e 25 pontos em Matemática.

No Ensino Médio, como já mencionado acima, os números também são péssimos e nenhuma Unidade da Federação conseguiu entregar os objetivos propostos até agora para nenhuma das disciplinas. Apesar disso, a distância entre a realidade e os números exigidos pela ONG diminuiu levemente, passando para 17 e 23 pontos de diferença nas duas matérias. A baixa qualidade do ensino entre o 5º e o 9º ano, porém, contribuem para que os alunos continuem atrasados na educação durante a etapa final do Ensino Básico.

10) ESTAMOS EM QUEDA LIVRE NO RANKING DO PISA DESDE 2000.
No tão aclamado ranking Pisa, organizado pela OCDE para medir a educação em 65 países, o Brasil nunca foi destaque. O problema é que estamos caminhando no sentido contrário de uma evolução.

Apesar da nota do Brasil ter crescido nos últimos anos, como fez questão de destacar o então Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, em 2013, nossa posição nunca subiu em nenhum das 3 matérias avaliadas desde o primeiro exame.

Ou seja, mesmo que a nossa nota tenha subido nos últimos testes, ela está crescendo numa proporção muito menor que a atingida pelos outros países. Se continuarmos assim, estaremos confinados às últimas posições do índice por um bom tempo.


Começando bem a semana - Typewriter, de Leroy Anderson

sábado, 18 de julho de 2015

Pérolas de um professor universotário

Catado pelaí.

“Chineses vão instalar a linha de transmissão que trará energia de Belo Monte para o Sudeste, iniciando a integração da Bacia Amazônica ao sistema hidrelétrico brasileiro - projeto que poderosos interesses externos tentam sabotar há décadas.”
Ah, bom! Pensei que os chineses fizessem parte desses “poderosos interesses externos”. Tão bonzinhos eles, não?

“A questão não é bem o poder do Ministério Público; é a individualização dele.”
Claro! O MP tem que obedecer ordens do governo do PT, não é mesmo?

“Corremos o risco de ver os atletas de vôlei de praia, patrocinados pelo Correio, dar duas voltinhas na pista com cartas na mão, os promovidos pelo Banco do Brasil gritar ‘BB’ e os da Petrobrás, ‘Pré-sal’. Não basta a gente saber que são do Brasil?”
É verdade! É uma babaquice mesmo esse negócio de Forças Armadas! Correios, Banco do Brasil e Petrobrás são exatamente a mesma coisa que Exército, Marinha e Aeronáutica.

Pois é, amigos, este é parte do “pensamento” de Nilson Lage, um professor universotário da UFSC e da UFRJ, instituições federais de ensino. Coitados dos nossos estudantes...

Nelson Motta (quando não tem algumas recaídas) manda bem

Posso até acreditar que João Vaccari não ficou com um tostão dos pixulécos milionários que arrecadou para o PT na Petrobras. Mas isso não faz dele um guerreiro do povo brasileiro e nem é atenuante para seus crimes; é agravante.

Em países civilizados, de maior tradição jurídica do que o Brasil, como a Itália, a Alemanha e a Inglaterra, a motivação política é um agravante dos crimes, aumenta a pena. Porque o produto do roubo servirá para fraudar processos legais, para atentar contra as instituições democráticas, para prejudicar adversários políticos, e terá consequências na vida de todos os cidadãos que tiveram seus direitos lesados em favor de um plano de poder de um partido.

O ladrão em causa própria dá prejuízos pontuais a pessoas físicas ou jurídicas. O que usa o dinheiro sujo para fraudar o processo eleitoral e manipular a vontade popular, para corromper parlamentares e juízes, para impor o seu projeto político, causa irreparáveis prejuízos a todos porque desmoraliza a democracia, institucionaliza a impunidade e interfere — sejam lá quais forem as suas intenções — de forma decisiva e abusiva nos direitos e na vida dos cidadãos que sustentam o Estado.

Uma das mais nefastas heranças do PT no poder foi a institucionalização — e absolvição — do roubo com motivações políticas, com mensaleiros e tesoureiros corruptos ovacionados como guerreiros e heróis pela militância cega, surda e bem empregada. Por essa ética peculiar, em nome da “causa popular” vale tudo, extorsão, suborno, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, agir como uma máfia para destruir os adversários e se eternizar no poder. Em nome do povo, é claro…

A piada de mau gosto que é a Justiça brasileira

Um dia depois de comentar sobre o “centésimo” processo de cassação de Rosinha Garotinho e o “centésimo” recurso jurídico cabível, o Globo de hoje vem com uma reportagem de José Casado falando sobre o caos da nossa Justiça, principalmente sobre o excesso de recursos judiciais, a principal causa dos os tribunais estarem com um estoque de mais de 70 milhões de casos sem decisão, em meio a mais de 100 milhões ações pendentes. Dá uma para cada dois brasileiros.

O Judiciário brasileiro, com seus 17 mil juízes, produzindo em média quatro sentenças por dia cada um, não consegue resolver mais do que três em cada dez processos pendentes - sempre passíveis de recursos. Só nos últimos 12 meses foram 30 milhões de processos novos.


A imagem acima não me deixa mentir e ilustra bem a “extravagância jurídica” - para não dizer palhaçada - que ficou o Recurso Especial 0142548-2: “Embargos de declaração nos embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário nos embargos de declaração nos embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental no recurso especial.”

No sistema eletrônico do tribunal, onde cada ação é classificada por abreviaturas da respectiva categoria processual, o troço ficou registrado da seguinte forma: “EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no RE nos EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no Recurso Especial”.

Parece piada... e é!

E volto a dizer que enquanto não for feita uma reformulação geral nesse sistema judiciário propositalmente complicado, feito de maneira a encher os bolsos de advogados e postergar ad eternum as decisões contrárias aos poderosos, nem Executivo e nem Legislativo vão entrar nos eixos. Façam-se as reformas que fizerem nestes dois poderes, elas não vão passar de perfumaria se a Justiça não desentortar.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Dos 590 atletas do Brasil no Pan, 123 são militares, por isso a continência

Mayra Aguiar
“Bater continência e bater panela são sinônimos pra tribo sem noção.”
Declaração no Facebook de uma comunistinha babaca, daquelas que não toma Coca-Cola para boicotar produtos “estadunidenses”, embora use seu MacIntosh sem escrúpulos, que acha que as Forças Armadas existem para serem desrespeitadas.

Talvez esse tipo de manifestação infantil seja o que lhe resta, já que tudo em que ela acredita deu errado. “Cuando el diablo no tiene nada que hacer, con la cola espanta a las moscas”.

Além de tudo é ignorante (comunista ignorante é tautologia?...). Os rapazes e moças que ganharam ouro no Pan e bateram continência ao ser executado o Hino Nacional e hasteada a Bandeira, são todos das Forças Armadas que, em um programa realmente admirável, “adotaram” muitos atletas olímpicos, por isso a reverência. Eles se tornaram militares ao longo dos últimos anos. Foram aceitos pelas Forças Armadas para os Jogos Mundiais Militares, em 2011, no Rio de Janeiro. Atualmente, 610 pessoas fazem parte do quadro de esportistas, sendo 222 da Marinha, 200 do exército e 188 da Força Aérea Brasileira. Dos 590 atletas que representam o Brasil no Pan, 123 são militares.

Como comunista é burro em essência, antipatriota por pré-requisito e criminoso por índole, a moça não me surpreende, em absoluto. Eu apenas lamento que uma ex-amiga de infância, poliglota e extremamente preparada pelas melhores escolas e universidades ter criado rabo, orelhas grandes e caído de quatro.

A Ferrari de Collor


O “cofrão” com R$ 3,67 milhões não é do Collor, mas é como se fosse

A PF encontrou 3,67 milhões de reais em um “cofrão” – definição dos próprios agentes – no escritório da Áster Petróleo, de Carlos Alberto Santiago.

Para os investigadores, ele é suspeito de intermediar a propina do 1% que Fernando Collor recebeu de um contrato de 300 milhões da BR Distribuidora. No total, foram apreendidos 4,028 milhões de reais na Operação Politeia, além de jóias e veículos de luxo.

Quem vai abrir o loja?

Imaginem o quadro, bem possível, por sinal: Dilma e Temer cassados; Renan e Cunha impedidos de assumir a Presidência da República pelas fichas sujas; Lewandowski idem, por manipulação das contas do mensalão e da campanha de Dilma. “Qual instituição restou para que novas eleições sejam convocadas?” - perguntou Milton Valdameri, muito oportunamente.

Parodiando Jacó, “quem vai abrir o loja”?

Eu pensei num concurso no Faustão, do tipo que estão fazendo para escolher a nova bailarina do programa, ou, quem sabe o mais justo seja submeter os candidatos ao “Soletrando” do Luciano Huck, que pelo menos nos daria a certeza e o alívio de não ter nenhum petralha disputando a final.

É um caso a se pensar.

Assim como Lula, presidente do TCU também tem um filho “Ronaldinho”

Enriquecimento do filho do presidente do TCU é impressionante

Deu no Correio Braziliense

Alvo da Operação Politeia, o advogado Tiago Cedraz, de 33 anos, ergueu patrimônio milionário à frente de uma banca que atua no Tribunal de Contas da União (TCU), presidido pelo pai, Aroldo Cedraz. Em menos de três anos, Tiago fechou a compra de imóveis de quase R$ 13 milhões e, até abril, figurava como dono de um jato Cessna de dez assentos, conforme levantamento do jornal “O Estado de S. Paulo”. A maior parte dos bens foi adquirida por meio da Cedraz Administradora de Bens Próprios, criada em sociedade com a mãe, Eliana Leite Oliveira, mulher do ministro.

Formado em 2006, Tiago é influente no órgão dirigido pelo pai, embora não atue formalmente nos processos que seu escritório mantém na corte – outros advogados atuam nos autos. Conforme autoridades do TCU, Tiago circula por gabinetes discutindo processos e a montagem de equipes nomeadas pelo pai.

A atuação de Tiago está sob suspeita desde a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, na Operação Lava-Jato. Ele disse ter pago R$ 1 milhão ao advogado para que um processo da empreiteira fluísse conforme seus interesses. Segundo o Ministério Público Federal, há indícios não comprovados de que o dinheiro seria repassado ao relator do caso, ministro Raimundo Carreiro. Diante das suspeitas de tráfico de influência e corrupção, o STF autorizou buscas em imóveis de Tiago. Ambos negam as acusações.

A joia mais cara do patrimônio imobiliário do advogado é uma chácara de 10 mil m² no Lago Sul. Foi adquirida por R$ 7,2 milhões em 2013 e abrigava uma mansão de 1,5 mil m². A compra foi fechada com Sultan Rashed Sultan Alkaitoob, embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil, e o imóvel foi registrado em nome da Cedraz Administradora de Bens próprios. No mercado de Brasília, a aquisição é considerada um “negócio das arábias”, ante a possibilidade de que a área seja loteada para um condomínio. Conforme fonte que participou da negociação, o presidente do TCU foi pessoalmente à embaixada buscar as chaves. O imóvel, que chegou a ser posto à venda por R$ 12,5 milhões, não tem mais construção.

Na Asa Sul, desde 2013 Tiago fechou a compra de dois apartamentos de 250 m² num mesmo prédio, por quase R$ 6 milhões. Um deles foi comprado pelo próprio advogado, com financiamento de cinco anos, e outro pela empresa. A Cedraz Administradora tem capital de R$ 20 milhões e, até abril, figurava na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como dona de um Cessna, hoje em nome de outra empresa.

Tiago disse que os bens estão declarados e são “compatíveis com a atuação destacada do advogado, cujo escritório, com mais de 35 mil processos em todos os ramos do direito, é um dos mais procurados e respeitados de Brasília”. Ele afirma que a mãe tem R$ 1 mil em cotas da Cedraz Administradora e que só figura como proprietária pela imposição legal de haver no mínimo dois sócios em uma empresa limitada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Eu já vi cobertura vagabunda, mas essa do SporTV sobre o Pan bate recordes

Enquanto o couro come lá em Toronto, os três canais do SporTV estão transmitindo neste exato momento o jogo de volei feminino Russia e Brasil, o VT do fantástico clássico de futebol entre o Vasco e o América de Natal e o imperdível jogo pela Copa Europeia de Futebol Sub 19 entre Russia e Grécia.

E olha que o Brasil está em terceiro em medalhas!

Uma linda foto do Pan, para amenizar.

País podre! Lewandowski interferiu para salvar PT e Dilma

A manipulação que permitiu a aprovação das contas do mensalão e da campanha de Dilma Rousseff teria sido conduzida pessoalmente pelo então presidente do TSE, o ministro Ricardo Lewandowski.
Tá tudo dominado! Se o presidente do STF chega a esse ponto de canalhice, desfaçatez e desonestidade, o que não é novidade, imaginem o resto!

Rodrigo Rangel, da Veja

Em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal monopolizava as atenções do país quando alinhavava as últimas sentenças aos responsáveis pelo escândalo do mensalão. Naquele mesmo mês, só que em outra corte de Justiça e bem longe dos holofotes, um auditor prestava um surpreendente depoimento, que jogava luz sobre episódios ainda nebulosos que envolvem o maior caso de corrupção da história.

O depoente contou que, em 2010, às vésperas da eleição presidencial, foi destacado para analisar as contas do PT relativas a 2003 – o ano em que se acionou a superengrenagem de corrupção. Foi nessa época que Delúbio Soares, Marcos Valério, José Genoino e o restante da quadrilha comandada pelo ex-ministro José Dirceu passaram a subornar com dinheiro público parlamentares e partidos aliados.

Havia farto material que demonstrava que a contabilidade do partido era similar à de uma organização criminosa. Munido de documentos que atestavam as fraudes, o auditor elaborou seu parecer recomendando ao tribunal a rejeição das contas. O parecer, porém, sumiu – e as contas do mensalão foram aprovadas.

Menos de dois meses depois, ocorreu um caso semelhante, tão estranho quanto o dos mensaleiros, mas dessa vez envolvendo as contas da última campanha presidencial do PT. O mesmo auditor foi encarregado de analisar o processo. Ao conferir as planilhas de gastos, descobriu diversas irregularidades, algumas formais, outras nem tanto. Faltavam comprovantes para justificar despesas da campanha.

A recomendação do técnico: rejeitar as contas eleitorais, o que, na prática, significava impedir a diplomação da presidente Dilma Rousseff, como determina a lei. Ocorre que, de novo, o parecer nem sequer foi incluído no processo – e as contas de campanha foram aprovadas. As duas histórias foram narradas em detalhes pelo auditor do Tribunal Superior Eleitoral, Rodrigo Aranha Lacombe, em depoimento ao qual Veja teve acesso.

Ambas cristalizam a suspeita de que a Justiça Eleitoral manipula pareceres técnicos para atender a interesses políticos – o que já seria um escândalo. Mas há uma acusação ainda mais grave. A manipulação que permitiu a aprovação das contas do mensalão e da campanha de Dilma Rousseff teria sido conduzida pessoalmente pelo então presidente do TSE, o ministro Ricardo Lewandowski.


Absurdo: lei que pune preconceito de sexo não vale para “igrejas” porque bancada evangélica é contra

Pastores da  Igreja Cristã Contemporânea
Desde quando uma lei pode valer para todo mundo, menos para exatamente quem mais infringe o que ela determina?

A lei nº 7041, que estabelece a punição a agentes públicos e estabelecimentos comerciais por discriminação de preconceito de sexo ou orientação sexual, foi publicada nesta quinta-feira (6) no Diário Oficial. Aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no final de junho, o projeto foi sancionado pelo governador Luiz Fernando Pezão e pode significar multa de até R$ 60 mil aos condenados.

A discriminação, segundo o texto, pode ser entendida de várias maneiras. Hotéis ou motéis não poderão impedir acesso ou permanência de pessoas do mesmo sexo, assim como a administração pública não poderá dificultar o acesso de homossexuais a cargos ou vagas do ensino público. O agente que for flagrado cometendo discriminação sexual poderá ficar afastado do emprego por 60 dias e, depois, ser cassado. A responsabilidade será apurada em procedimento administrativo.

Como discriminação, segundo o texto, entende-se “recusar ou impedir o acesso ou a permanência ou negar atendimento”, impor tratamento diferenciado ou cobrar preço ou tarifa extra para ingresso ou permanência e negar oportunidades do trabalho devido à orientação sexual ou identidade de gênero de alguém. Em um dos incisos do projeto de lei, está a proibição da prática, indução e incitação “pelos meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza, a discriminação, preconceito ou prática de atos de violência ou coação contra qualquer pessoa em virtude de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero”.

A lei, no entanto, não se aplica às instituições religiosas. Desde outubro de 2013, o projeto estava parado na Alerj justamente por conta da resistência da bancada evangélica contra o projeto. Na ocasião, somente ela votou contra a lei.

Que sem-vergonhice é essa? Desde quando uma lei pode valer para todo mundo, menos para exatamente quem mais infringe o que ela determina?

É bom cortar as asas desses evangélicos enquanto é tempo, aplicando-lhes a lei - já que a maioria não passa de uma gangue que pratica aberta e impunemente toda a sorte de crimes, desde curandeirismo até extorsão mediante ameaça, passando pela sonegação de impostos - senão a coisa vai pro brejo, acabando por ser governados por fundamentalistas.

Encontrado espermatozoide de 50 milhões de anos - ô porra velha!

Especialistas descobriram um espermatozoide animal de 50 milhões de anos, o mais antigo já encontrado. A descoberta foi num casulo na Antártica. O espermatozoide pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas, segundo os pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional.

Fala sério! Tanta coisa mais fácil e útil para procurar e neguinho vai catar logo porra de minhoca velha na Antártica?

Pela centésima vez a Justiça cassou Rosinha e, pela centésima vez, cabe recurso...

Rosinha e Garotinho (é sério)
A Justiça Eleitoral cassou os mandatos da prefeita de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, Rosinha Garotinho, do PR, e de seu vice, Doutor Chicão, do PP, por abuso de poder político. No entanto, eles permanecem no cargo porque ainda podem recorrer.

Rosinha e Doutor Chicão são acusados de contratar mais de 1.100 servidores temporários para a Prefeitura de Campos às vésperas das eleições municipais de 2012, o que é proibido pela lei. Além de Rosinha e Chicão, oito secretários de Campos foram condenados na ação, que cassou os direitos políticos de todos pelo período de oito anos, contado a partir de 2012.

Fala sério! Não dá mais para acreditar em Justiça neste País. O histórico político-policial dessa quadrilha familiar que atazana e saqueia o Estado do Rio de Janeiro há mais de 20 anos é repleto de processos e cassações que nunca “vingaram”, graças a um sistema judiciário propositalmente complicado, feito de maneira a encher os bolsos de advogados e postergar ad eternum as decisões contrárias aos poderosos. Isso sem contar com uma penca de magistrados que são, ou coniventes, ou incompetentes ou venais - ou os três juntos.

Tem bem mais de vinte anos que eu falo sozinho que, se há uma reforma premente a ser feita no Brasil, é a do Judiciário. Sem ela os Garotinhos, Lulas, Dirceus e assemelhados vão continuar flanando e roubando pelaí.

O dedinho lindo e correto de Luize Altenhofen

Como Luize Altenhofen é uma gracinha e está certa ao mostrar seu maravilhoso dedinho para a situação do País ao embarcar para o exterior, eu até publico seu desabafo.

“Como não fazer esse gesto?! É difícil esperar que em um país como o nosso, medidas sejam tomadas e pessoas responsabilizadas. Enquanto a verba da educação é reduzida, pessoas são demitidas pela crise e hospitais estão precisando fechar as portas por falta de dinheiro pra comprar materiais básicos; a alta cúpula da política brasileira está abrindo contas em paraísos fiscais para guardar o seu, o meu, o nosso dinheiro. É para lá que vão nossos impostos... para o mensalão, para o petrolão, para o lava jato. Para isso que todo o ano, trabalhamos que nem uns condenados, para não receber absolutamente nada por cerca de três ou quatro meses, porque esses são os meses necessários pra quitar as dívidas com a Receita Federal. Enquanto políticos recebem salários astronômicos, professores recebem uma mixaria pra mover uma nação, trabalhando cerca de 60 horas semanais. E por pior que isso seja, é o que temos que fazer. Assim conseguiremos dar educação e saúde para os nossos filhos. Não com a ajuda do governo, mas com as nossas horas de trabalho, noites mal dormidas e abdicação de algum tempo com a família pra conseguir pagar as contas, os impostos, o plano de saúde, a escola e colocar comida na mesa. Saber que amanhã eu estarei em outro país e lá, falarão muito mal do meu Brasil é triste, mas é a realidade. Quem sabe na volta, eu traga na bagagem ainda mais vontade de lutar por um país melhor para os meus netos. Se o Brasil vai ter conserto eu não sei, a gente nunca sabe o amanhã.. Mas no final, não custa nada tentar. Que as máscaras continuem caindo e as pessoas continuem sendo condenadas, que nada seja deixado nas frestas e que o nosso país saia desse precipício no qual ele está caindo em queda livre e volte a crescer”