Deu no site Fort Russ
No dia 6 de janeiro, centenas de tanques, caminhões e outros
veículos militares dos EUA foram descarregados no porto alemão de Bremerhaven.
O navio de transporte “Resolve” entregou a carga como parte do descolamento do
grupo da 3ª Brigada Blindada de Combate, integrante da 4ª Divisão de
Infantaria, para a Europa Oriental. No dia 8 de janeiro, chegaram carregados à
costa alemã mais dois navios de transporte dos EUA, o “Freedom” e o
“Endurance”.
Em Bremerhaven, os veículos militares foram transferidos a
vagões e transferidos para seus locais de destino, atravessando Alemanha e
Polônia. Segundo as Forças Armadas Unificadas da Alemanha [Bundeswehr], o
transporte dessas forças militares exigiu 900 vagões, numa cadeia de 14 km de
comprimento total.
O Pentágono não informou sobre o destino de suas tropas em
território europeu, mas especula-se que os soldados norte-americanos foram
sendo levados primeiro a Romênia, Bulgária e Lituânia.
Os planos de Washington para instalar uma brigada blindada
na Europa Oriental foram divulgados em abril do ano passado. Segundo o
comandante do EUCOM (Comando Europeu das Forças Armadas/European Command of the
US Armed Forces), general Philip Breedlove, trata-se de uma reação contra as
políticas “agressivas” do Kremlin. No papel, o plano dos EUA parece
impressionante: devem ser deslocados para o leste da Europa 4.200 soldados, 250
tanques, howitzers e veículos militares, bem como 1.700 outros veículos de
transporte.
A decisão de deslocar essa 3ª brigada para a Europa custou
muito cara ao Pentágono. A Casa Branca anunciou que o deslocamento planejado de
mais armas e equipamentos para a Europa, para 2017, custaria mais de $3,4
bilhões. Esse número é quatro vezes mais alto que o previsto no orçamento de
2016.
A nova brigada será diferente das duas outras já
estacionadas pelo Exército dos EUA na Alemanha e na Itália. Não serão
construídos mais alojamentos na Polônia, Romênia, Bulgária ou nos países do
Báltico. O pessoal e o equipamento dessa brigada serão trocados a cada nove
meses e fracionados em unidades melhores que cobrirão, rotativamente diferentes
países. Assim fazendo, Washington insiste que não estaria agredindo a Lei
OTAN-Rússia de 1997, pela qual a aliança estaria impedida da instalar “forças
de combate substanciais” na Europa Ocidental.
Os planos do Pentágono provocaram forte reação do Kremlin. O
representante permanente da Rússia na OTAN, Alexander Grushko, declarou que
“estão cada vez mais complicando relações já muito difíceis” entre Rússia e
OTAN. O enviado da Rússia caracterizou as intenções dos líderes militares dos
EUA como “mais um passo na direção de reforçar a transição da OTAN na direção
de esquemas de segurança cada vez mais confrontacionais”.
Esses planos serão modificados quando Donald Trump assumir o
poder? Como a Rússia pode responder aos reforços para a OTAN na Europa
Oriental?
Pelo que eu sei, a presença de força militar da OTAN na Europa oriental está sendo pedida pela Polônia há meses. Não tento nem imaginar o que está por trás disso tudo, mas que não pode ser boa coisa, isso não pode.
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