O Toma Mais Uma foi invadido por uma plêiade de crentes. Tenho
certeza que tal invasão se deveu ao simples fato de eu ter tido a
infeliz ideia de incluir a palavra “demônio” no título da minha postagem acerca
da homonímia entre a Lamia, a empresa aérea de um avião só, e a lamia, figura
diabólica que consta de várias mitologias. Não há coisa que mais lhes atraia que falar do capeta.
Evangélicos, ou neoevangélicos - e que me perdoem os que se
enquadram nessas classificações, mas não corroboram com a ideia dos “castigos
de deus” -, desandaram a praguejar supostas maldições e coisas do gênero.
O mais grave é que ninguém sequer lamentou a morte de tantas
pessoas, evidenciando a paranoia coletiva que caracteriza essa gente, que dá
mais importância às interpretações canhestras da Bíblia, que seus exploradores
lhes incutem, do que aos fatos.
Em sua maioria, não passam de infelizes criaturas carentes que,
abandonadas pelo Estado, não têm outro remédio senão procurar cura e conforto
em alguma outra coisa e, lamentavelmente, acabam caindo nas mãos de embusteiros
inescrupulosos que, aproveitando das suas fragilidades, incutem-lhes interpretações
completamente equivocadas da Bíblia, prometem o incumprível e extorquem seu
suado dinheirinho.
Lamento muito os governos ausentes e os salafrários que
exploram sem dó nem piedade essas pessoas, mas não há nada que eu possa fazer,
a não ser alertar essas pessoas sobre o engodo que estão sendo vítimas.
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