O milagre de São Januário, que se repete há 627 anos em uma
catedral de Nápoles, na Itália, este ano não aconteceu. O sangue do santo, que
é armazenado dentro de um frasco histórico, não se liquidificou, de acordo com
os jornais locais “La Stampa” e “Corriere Della Serra”.
São Januário foi um bispo de Nápoles que foi martirizado por
volta do ano 305 durante uma perseguição. Seu sangue é mantido em uma ampola de
vidro e é aberto em três datas por ano: 19 de setembro, 16 de dezembro e o
sábado antes do primeiro domingo de maio. Ele é registrado regularmente desde
1389.
A falha do milagre é uma previsão de tragédias. Ela é ligada
a momentos adversos da cidade: a chegada de uma epidemia de cólera em 1973; o
terremoto na região de Irpinia, em 1980; o começo da Segunda Guerra Mundial, em
1939; o ida da Itália à Guerra em 1940; e a ocupação do país pelos nazistas, em
1943.
Em 2015, o milagre se repetiu todas as vezes, inclusive
quando o Papa Francisco visitou a capela em março, data em que geralmente o
sangue não é aberto.
É inacreditável que ainda haja gente que acredite nessas
besteiras e mais inacreditável ainda que a igreja as incentive.
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