Em “A História da Humanidade”, de
Steve Olson, o autor faz um cálculo interessante sobre quantos homens modernos
existiram até hoje. Entenda-se como “homem moderno” aquele que surgiu na África
há 150 mil anos, descendente da “Eva Mitocondrial” - como o assunto do
surgimento do “homem moderno” é grande e complexo e não é o meu foco, vamos
apenas considerar esses 150 mil anos atrás como parâmetro.
Nos primeiros 140 mil anos de
existência do homem a taxa de crescimento da população foi lenta e constante.
Dos 20 mil existentes há 150 mil anos até a invenção da agricultura, há 10 mil
anos, nasceram cerca de 7 bilhões de pessoas.
Aí cabe uma constatação
interessante. Antes da agricultura as mulheres caçadoras-coletoras tinham duas
opções: limitar o número de filhos ou ver a maioria dos filhos morrer de fome
antes de se tornarem adultos. Em muitas populações as mulheres davam à luz
apenas de quatro em quatro anos. Melhor dizendo, como eram nômades, as crianças
precisavam aprender a andar antes que a mulher tivesse outro filho para carregar,
portanto elas só “aceitavam” os filhos nessas condições, recorrendo, para tal,
ao aborto (com plantas) ou mesmo ao infanticídio. Acrescente-se que o longo
tempo de amamentação da época também diminuiu a probabilidade das mulheres
engravidarem novamente.
Depois da invenção da agricultura
e da domesticação dos animais as coisas mudaram. Todos os membros da família
podiam ajudar no plantio e na colheita, as crianças eram desmamadas mais cedo,
trocando o leite materno pelo de cabra ou de vaca, e as mães podiam ter mais
filhos.
Em função disso o aumento da
população resultante foi grande. Dos cerca de 6 milhões de um pouco antes da invenção
da agricultura, ela foi para 250 milhões no ano 1 d.C., mas como o nosso caso é
de quantos homens “existiram”, nesse mesmo período nasceram 26 bilhões de
pessoas! De 1 d,C. até 1750, quando a Revolução Industrial provocou um novo
crescimento populacional nasceram 32 bilhões e, de lá para cá, existiram mais
16 bilhões.
Somando tudo, 81 bilhões de
pessoas já viveram - algumas ainda vivem... - na Terra. Para cada pessoa viva,
umas 12 já morreram.
Fico pensando - e foi o próprio
autor que fez a observação - se as pessoas realmente vão para o céu depois da
morte, o paraíso deve ser um lugar insuportável para se morar. Deve ser um
inferno!
(argento) ... bão, há controversias "paradisiacais"; ao paraiso cristão (tá ficando fora de moda) sucedeu um paraiso "mais humano" onde, segundo cada doutrinador (guru) particular de Islâmia, arbitra 72, ou 720, ou 7200 virgens para "apimentar" a vida do morto ...
ResponderExcluir(argento) ... esqueci-me do(s) Paraisos Fiscais; mas estes são reservados para alegrar, apenas, a vida de poucos "vivos" ...
ExcluirOs neandertais foram incluídos nessa conta? Eles também foram para o paraíso?
ResponderExcluirNão, sem neandertais, embora suspeite-se que eles, em determinada época, miscigenaram-se com os homens modernos.
ExcluirPara fundir a cuca dos seguidores de Hyppolite Rivail; onde enfiar tantas almas?
ResponderExcluirBom, Marc, esse aí é o "papa da reencarnação". Se fosse vivo até hoje diria que deus criou sete bilhões de almas, que é a população da Terra, mas certamente teria cometido várias pedaladas demográficas, já que a população quando ele morreu era de pouco mais de um bilhão de pessoas.
ExcluirLi certa vez que seriam 21 bilhões de almas, mas não lembro se isso foi dito por um kardecista ou outra linha de espiritismo.
ExcluirEntão existem 14 bilhões de almas penadas vagando por aí? Que meda!...
ExcluirAliás, me explica como foi que chegaram a esse número cabalístico.
Como essa gente chega às suas conclusões é mais misterioso que os próprios espíritos. Mas tem outra informação importantíssima para a sua pesquisa, parece que essa é usada também pela Ordem Rosa Cruz. Seriam 108 encarnações na existência terrestre do homem.
ExcluirAgora você pode calcular quantas encarnações podem existir, 21 bilhões multiplicado por 108, quantas já devem ter ocorrido e quantas faltam para fechar o parque de diversões.
(argento) ... volta e meia, alguém "extrapola" o materialismo vigente, e traz à tona tema relacionado à espiritualidade; faz parte, pra quebrar a monotonia do "stablishment"... onde foram parar os Beatnik, dos anos 50 e os Hippies dos 60?
ResponderExcluir(argento) ... BraZiu, o "paraiso infernal" dos contos de fada:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=SJRgfVRS6Vg